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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Clima - Buraco da camada de ozônio pode se fechar em 2065


Em entrevista coletiva em Viena, onde será realizado o congresso anual da União Européia de Geociência, o climatólogo americano David J. Hofmann, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (NOAA), afirmou que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida estabilizou-se desde 2000, mas ainda demorará décadas a se regenerar e a se fechar, o que, no mais breve, ocorrerá em 2065.

Ainda segundo o cientista, apesar da estabilização, ainda não há sinais de uma recuperação sobre o pólo sul, porém, caso continue a tendência atual, o buraco poderia começar a se fechar a partir do ano 2030.


Dr. David J. Hofmann e equipe preparando-se
para lançar um balão meteorológico


Os testes com balões mostram que o buraco na camada de ozônio tem estabilizado, o que faz Hofmann acreditar que “o paciente não está mais doente”. As emissões de gases que têm um efeito destruidor sobre a camada de ozônio na estratosfera atingiu o auge em 2000, mas a concentração destas substâncias vêm diminuindo lentamente numa média de 1% ao ano.


Para ele não está claro se a atmosfera voltará a ser como era antes do surgimento deste fenômeno, negando que o buraco tinha qualquer impacto sobre as alterações climáticas. Cerca de 9.000 cientistas de todo o mundo estarão reunidos no congresso em Viena a partir desta sexta-feira.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Meio ambiente - Poluição mata mais que Aids e trânsito juntos


A poluição já mata mais do que a Aids e o trânsito juntos na cidade de São Paulo. Uma única medida, a redução da liberação de enxofre pelo óleo diesel usado pelos veículos, pode evitar 150 mortes por ano - pouco menos que o número total de vítimas de Aids na cidade de São Paulo, que chegaram a 232 em 2007, por exemplo.

As doenças provocadas pela poluição, que vão de problemas respiratórios a enfartos, causam cerca de 9 mortes por dia na capital paulista. Por ano, são cerca de 3,5 mil óbitos. Na capital, o trânsito causou em todo o ano de 2007, 1.352 mortes de acordo com dados da secretaria municipal de Saúde. Somados, no ano passado, a Aids e o trânsito mataram 1.624 pessoas na cidade.

A região metropolitana de São Paulo gasta por ano US$ 1,5 bilhão para tratar as doenças causadas pela poluição do ar. Os gastos levam em conta custos de internação e tratamento por doenças causadas ou agravadas pela poluição e também a redução de cerca de um ano e meio da expectativa de vida da população economicamente ativa.

A poluição que mais preocupa na capital paulista é a produzida pela frota de mais de 6 milhões de veículos. O Parque do Ibirapuera, por exemplo, um dos poucos lugares destinados ao lazer, é campeão na concentração de ozônio, que faz mal à saúde e ocorre em dias de sol e pouco vento. O ozônio é responsável por problemas respiratórios e ainda por degradar tecidos e danificar plantas. Como outros poluentes, ele se forma a partir de gases liberados pelo escapamento dos carros.

Os veículos a diesel, que representam apenas 10% da frota nacional, são responsáveis por 62% das emissões de material particulado. Boa parte de toda essa sujeira circula pela cidade, já que caminhões pesados de todo o país cruzam São Paulo pelas Marginais Pinheiros e Tietê para chegar ao Porto de Santos ou alcançar rodovias. A cidade ainda não dispõe do Rodoanel completo - anel viário que interligará as estradas e evitará que veículos de carga transitem dentro da cidade. Os veículos a diesel, por estarem sempre em circulação, consomem 50% do total de combustíveis vendidos no país.

O material particulado é um dos mais prejudiciais para a saúde, já que acaba depositado nos alvéolos, a parte do pulmão responsável pelas trocas gasosas, provocando inflamações e outros distúrbios.