quarta-feira, 30 de julho de 2008

Crime - E você pensava que não existia mais escravidão!


Somente no primeiro semestre desse ano, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 2.269 trabalhadores de condições análogas a de escravo, em 54 ações realizadas em todo país. Formado por auditores fiscais do trabalho, procuradores federais e policiais federais, o grupo visitou 96 propriedades de janeiro a junho. De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho, a fiscalização resultou no pagamento de R$ 3,5 milhões em indenizações trabalhistas.

O Pará é o estado com o maior número em denúncias e libertações de trabalhadores. No estado foram realizadas 15 operações no primeiro semestre, com 426 trabalhadores resgatados.

A exploração escrava moderna se caracteriza por fatores bem específicos, tendo o cerceamento da liberdade do trabalhador, seja por não oferecer condições
de locomoção ou mantê-lo sob vigia, obrigá-lo a trabalhar por dívida, submetê-lo a jornadas exaustivas ou a condições de trabalho degradantes, hipóteses que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo. O uso de mão-de-obra análoga a de escravo é proibida pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro.


As situações mais comuns encontradas pelos auditores são a falta de alojamentos adequados e sem a mínima higienização e conforto, a não utilização de equipamentos de segurança, a carga horária excessiva, e a cobrança no salário do trabalhador das despesas com comida, equipamentos de segurança, remédios, alojamentos e outras necessidades básicas que devem ser de re
sponsabilidade do empregador. A dívida do trabalhador com o empregador é a forma mais comum de servidão. Como ele acredita que deve ao patrão, trabalha para quitar essa dívida que nunca é saldada, pois a cada mês ele adquire mais despesas.

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terça-feira, 29 de julho de 2008

Meio ambiente - Ações mirabolantes, resultados desconsertantes II - Pela terceira vez


Pela terceira vez (ontém, 28/07) fracassa a tentativa do governo de leiloar o rebanho de 3.046 bovinos, os chamados bois piratas, apreendidos no fim do mês passado na estação ecológica Terra do Meio, no Pará.

Não houve nenhuma oferta de compra e o governo terá que administrar por pelo menos mais uma semana os animais. Não foi possível manter o deságio de 60% pretendido pelo governo, pois o corregedor geral da Justiça Federal da 1ª Região, Olindo Herculano de Menezes, entrou com agravo de instrumento contra a propos
ta do instituto de redução do lance original. Segundo ele, o gado estaria abaixo do preço de mercado.

A falta de informações e de divulgação regional sobre os detalhes do leilão são apontados por especialistas como alguns dos principais fatores para os seguidos fracassos do governo.

O dinheiro arrecadado seria doado ao programa Fome Zero.

Na próxima terça-feira (05/08) o ministério realizará o quarto e último leilão dos "bois piratas".

Enquanto o problema não é resolvido, o governo tem que gastar recursos para manter o rebanho apreendido (e lá se vai mais dinheiro público!). Se mais uma vez fracassar a tentativa, o que será feito dos "bois piratas"? Que situação!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Crime - Apreendidos pássaros e tartarugas em feira clandestina de São Gonçalo


A polícia apreendeu 370 pássaros em uma feira clandestina de animais em Alcântara, distrito de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Também foram apreendidas tartarugas na operação. Os animais foram levados para o zoológico de Niterói, onde receberão tratamento. Alguns são de uma espécie típica da Bahia. Segundo os veterinários, eles chegaram em gaiolas muito pequenas. Quase cem já morreram e muitos outros estão doentes. Os animais que sobreviverem serão libertados em uma reserva florestal na quarta-feira. As tartarugas apreendidas também estão no zoológico.


Na operação, três pessoas foram detidas. Elas prestaram depoimento e vão responder ao processo em liberdade. A pena para comércio ilegal de animais silvestres é de seis meses a um ano de cadeia, mais multa estipulada pela Justiça.

Feiras clandestinas estão espalhadas por toda parte, mas esses crimes continuam acontecendo nas barbas das autoridades em feiras tradicionais e legalizadas como a Feira de Caxias, no municiípio de Duque de Caxias, há mais de 50 anos. Esse é o maior centro de comércio ilegal de animais silvestres e deve receber atuação constante e efetiva dos órgãos de fiscalização ambiental. Repressão total já! Chega de conivência! Chega de impunidade!

Denúncia - Uma única face do etanol brasileiro


Essa é apenas uma face do tão defendido etanol brasileiro. Essa situação também não é restrita ao etanol. É típica da área rural brasileira. Não bastasse a exploração da mão-de-obra, típica de um país escravagista, o transporte de trabalhadores rurais é vergonhoso, desumano.

Esta semana, o Jornal Nacional mostrou reportagem sobre o assunto e nós veiculamos o vídeo aqui no blog. Trabalhadores sendo tranportados sem qualquer segurança, em verdadeiras sucatas, dignas de ferro-velho. Como um sistema de produção nessa situação pode ser considerado ecológico?


Não é possível aceitar esse tipo de coisa em um país que pretende se tornar uma potencia energética e exemplo para o mundo no setor.

Que conseito de desenvolvimento sustentável passa pela cabeça desses que divulgam aos quatro ventos a cultura da cana de açúcar no Brasil para produção de combustível? Será que eles estão realmente no Brasil? Nos gabinetes, nos jatinhos, nas recepções, realmente não dá para ver o que acontece nos rincões. E há muito tempo! Não é de hoje. Que políticos e empresários são esses?

Política - Depois de reportagem, Superintendente do IBAMA em Rondônia é afastado por irregularidades



Somente após à divulgação na imprensa de que o Superintendente do IBAMA em Rondônia, Oswaldo Luiz Pittaluga, cometeu irregularidades constatadas em auditoria interna do órgão, é que o ministro Minc (neste domingo) decidiu afastá-lo do cargo. O próprio ministro declarou que já sabia do resultado da auditoria, e que só decidiu exonerar Pittaluga do cargo depois da divulgação de reportagem sobre o assunto.

De acordo com a investigação, Pittaluga doou madeira ilegal apreendida e equipamentos - como tratores e motosserras - beneficiando movimentos sociais. O que mais chamou à atenção dos auditores foi a doação de 36 motosserras, duas serrarias e geradores para o Movimento Camponês Corumbiara (MCC), instalado dentro de um as
sentamento florestal. O MCC é uma dissidência do MST e foi o responsável pela ocupação da fazenda Santa Elina, em agosto de 1995, em Corumbiara, que resultou num massacre e mortes de sem-terras. A auditoria concluiu que Pittaluga favoreceu o movimento e descumpriu uma série de critérios de doação de bens apreendidos.

Ligado ao PT, Pittaluga estava no cargo desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O superintendente negou que tenha cometido irregularidades, admitindo que pode ter sido induzido a erro pela comissão de doação, formada por servidores de carreira do órgão.

Mais uma para comprovar que o ministro é mesmo movido à mídia.

Meio ambiente - Geógrafa italiana afirma que Protocolo de Kyoto só atende o sistema financeiro


Depois de décadas debruçada sobre as relações internacionais que envolvem o meio ambiente, a geógrafa italiana Teresa Isenburg, professora do Departamento de Estudos Internacionais da Universidade de Milão, afirma que o Protocolo de Kyoto é inócuo para deter o aquecimento global. Para ela, o documento, assinado em 1997 na cidade japonesa, acabou atendendo somente os interesses do mercado financeiro, o que pode ser percebido na União Européia, onde os impactos do tratado deveriam ser mais sentidos.

Segundo a cientista, a Eco 92, conferência da Orga
nização das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro, trouxe esperanças de mudanças reais de atitudes que não se concretizaram cinco anos depois, em Kyoto. O panorama histórico explicaria isso. Em 1992, os Estados Unidos estavam envolvidos e distraídos com a primeira guerra do Golfo. Cinco anos depois, eles já se apresentavam como a única potência mundial. Esse unilateralismo norte-americano enfraqueceu o multilateralismo “periférico” vigente até então. Além dos Estados Unidos, outros interesses também determinariam o destino da reunião de Kyoto.

Com medo da criação de uma taxação para conter emissões de gases causadores do efeito estufa, a iniciativa privada teria se adiantado e apresentado a proposta do mercado mundial de carbono, conforme conta a
geógrafa.

Mercado de carbono foi criado para mascarar problema

A vontade do empresariado teria prevalecido e gerado as bolsas de carbono, em que são negociados créditos referentes a esse gás. Ca
da tonelada de dióxido de carbono não emitida ou seqüestrada da atmosfera em países não-desenvolvidos gera um crédito de carbono, comprado por empresas dos países desenvolvidos para compensar suas próprias emissões e, com isso, cumprir a meta exigida pelo protocolo: reduzir as emissões desses gases de modo que em 2012 elas sejam 5% menor que a quantidade registrada em 1990.

A Itália, por exemplo, começou a investir em projetos na China e no Marrocos, porque não conseguiu diminuir as próprias emissões. Pelo contrário, elas aumentaram. Ainda de acordo com a pesquisadora, o mercado de carbono se tornou um “jeito barato de mascarar o problema sem resolvê-lo”. Se a Itália fosse reduzir as emissões em seu próprio solo, gastaria 80 euros por tonelada de dióxido de carbono, na China esse valor é de 3 euros e a Itália não precisa parar de poluir.

Participação da sociedade

A professora da Universidade de Milão também criticou a ausência nas negociações de Kyoto de propostas que previssem taxação sobre o petróleo.

Segundo ela, seria muito simples. O recolhimento das taxas formaria um fundo internacional que financiaria as mudanças para fontes mais limpas de energia. Outro ponto negligenciado no protocolo foram os países produtores de petróleo que mantêm uma economia dependente do produto e não assumiram compromissos de mudança.

Como solução, a pesquisadora aposta na participação da sociedade civil, que até agora teria se mantido à margem das discussões. No caso de Kyoto, a resposta ao problema ambiental do aquecimento foi entregue ao sistema financeiro que, segundo ela, não resolve o problema e ainda procura ganhar dinheiro com isso. A sociedade civil tem que se levantar e retomar elementos importantes que estão sendo desapropriados, como água, ar e as diversas formas de vida.

Mais uma vez os interesses financeiros de grandes potências e meia dúzia de empresários se sobrepõem aos interesses da comunidade global, da grande maioria composta de desfavorecidos e eternamente explorados. Quantas lâmpadas fluorescentes e automóveis terão que ser produzidos, quanto petróleo terá que ser queimado, quantas palestras milionárias serão dadas mundo a fora, quantos milhões de equipamentos de informática serão descartados de forma criminosa diariamente, quanto dinheiro será depositado nas contas desse cartel de políticos e empresários inescrupulosos, até quando todo tipo de picaretagem em “prol do meio ambiente” continuará a existir, para que a sociedade abra o olho em relação ao consumo, aos problemas ambientais que afetam o planeta e as tramóias dessa gente que se utiliza desses problemas com o mero intuito de continuar enriquecendo e gerando fome na maior parte do mundo? Até quando?

domingo, 27 de julho de 2008

Árvore do mês - IPÊ AMARELO (Tabebuia vellosoi)



Ocorrência – Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.
Outros nomes – ipê tab
aco, cavatã, ipê cascudo, ipê preto, ipê uma, pau d'arco, ipê amarelo de casca lisa, ipê comum, piúva, quiarapaíba.
Características – árvore que pode chegar a 25 m de altura. Tronco de 40 a 70 cm de diâmetro. Casca externa rugosa, pardacenta, grossa, fendida quando velha. Folhas palmadas, membranáceas ou cariáceas, 3 a 5 folioladas. Folíolos pusbescente-estrelados na face superior e densamente flocoso na face inferior, de 8 a 16 cm de comprimento
por 3 a 6 cm de largura. Flores amarelo-ouro, grandes, reunidas em panícula terminal, multiflora. Na floração, o ipê amarelo perde suas folhas, resultando num belíssimo espetáculo de intensa cor amarela, onde ramos e galhos praticamente desaparecem. Quanto mais frio e seco o clima, mais intensa a florada, transformando o inverno em pré-estréia da primavera. Fruto cápsula linear-cilíndrica, coriácea, densamente pubescente. Sementes aladas, membranáceas, hialinas. Em 1961, Jânio Quadros declara a flor do ipê-amarelo “flor nacional”. Então, veja só: a árvore símbolo deste país chamado Brasil não é o pau-brasil, mas o ipê.
Habitat – floresta pluvial
Propagação – sementes
Madeira – pesada, muito dura, de grande durabilidade mesmo em condições adversas. É imune à maioria das pragas e às inundações.
Utilidade – melífera, suas flores atraem inúmeras espécies de abelhas. A madeira é ótima par usos externos, como vigas de pontes, postes e moirões, tacos de assoalhos, para confecção de artefatos torneados, bengalas, carrocerias, tonéis e construção naval. A árvore é extremamente ornamental, muito florífera e reconhecida como a "árvore símbolo do país" através de decreto federal. É ótima para o paisagismo em geral, porém é a menos cultivada dentre as outras espécies de ipê. Pela característica de porte elevado, esta espécie é mais apropriada arborização de parques e praças. A casca é adstringente, por isso utilizada no tratamento da sífilis.
Florescimento – julho a setembro
Frutificação – outubro a novembro

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Meio ambiente - Livre o mar do nuclear, o slogan que o ministro esqueceu


Cariocas e fluminenses, principalmente aqueles que vivem na Costa Verde (Paraty, Angra e Mangaratiba), lembram-se disso?

Pois é. O que está acontecendo com Carlos Minc, que durante sua vida toda de deputado militante criou e encabeçou a campanha acima, mobilizando as comunidades em manifestações contra a energia nuclear? Pelo que está acontecendo, podemos pensar que Minc usou a comunidade esse tempo todo para se promover e se sustentar num mandato quase que perpétuo na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e depois prestar o papelão de liberar a licença para Angra III, abaixando a cabeça para os interesses meramente econômicos (dentre outros que existem por trás de tanta dinheirama que certamente irá movimentar o projeto e encher o bolso de muita gente) desse desgoverno que aí está.

Manifestação contra a construção de Angra I,
no canteiro de obras, em 1989


As ações mirabolantes de Minc eram até esperadas por quem está acostumado a ver sua atuação aqui no Rio, suas constantes aparições na mídia (ponto forte do deputado onde mostra grande competência) mas, diante de tal importante questão, por sua história, tenho certeza que os ambientalistas e demais membros das comunidades que participam e participaram de tantas ações junto com o deputado, não esperavam por tanta passividade e obediência. Isso não é próprio de um legítimo ativista ambiental.


O pior de tudo é que Minc justifica usando termos totalmente vazios como "brutais exigências" as condições para licenciar a usina. O que ele e seu pessoal estão achando disso tudo? Acham que conseguem enganar mais alguém? São exigências medíocres, e no caso da energia nuclear, quaisquer exigências que se queira impor para promovê-la serão ridículas, pois nenhuma garantirá a segurança de um projeto desse tipo. Nenhuma exigência que se possa conceber diminuirá o risco de acidentes nucleares, que quando acontecem, causam as maiores catástrofes que podem ser imaginadas. A história é testemunha. Será que eles ainda não entenderam isso?

É inadmissível, num país como o Brasil, onde diversas alternativas de geração de energia são possíveis, que alguns loucos continuem a promever a expansão das termonucleares! Isso que está acontecendo é o maior crime ambiental que poderia ocorrer no país. Os responsáveis por isso tudo deveriam ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais. Todos deveriam estar presos. Mas estão aí, soltos, decidindo o destino do povo, o qual continua apático e indolente, não sei até quando, se é que algum dia terá coragem para mudar tal situação.

Mais uma vez se lixaram para o povo que, tenho certeza, na grande maioria continua contra tal barbaridade.

Hoje, quem defende a expansão das termonucleares no país está somente pensando em ganhar dinheiro. Não está comprometido com a preservação e conservação do meio ambiente. Não está comprometido com o desenvolvimento sustentável.

Minc, não dá mais para acreditar.

Eu não acredito mais na existência de políticos realmente preocupados com o meio ambiente. Eu não acredito mais em político. Eu não voto mais.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Meio ambiente - Ministro do Meio Ambiente anuncia licença para Angra 3 com "exigências brutais"


O ministro do Meio Ambiente, "declaradamente contrário" à energia nuclear, informou que a Licença de Instalação da terceira usina nuclear brasileira, Angra 3, no Rio de Janeiro, será liberada nesta quarta-feira (23).

A licença será expedida com “exigências brutais", disse o ministro. A Eletronuclear, responsável pela construção da unidade, terá
que encontrar uma solução definitiva para o lixo nuclear, contratar um monitoramento independente dos níveis da radiação, resolver o problema de saneamento em Angra dos Reis e na cidade vizinha Paraty e adotar o Parque Nacional da Serra da Boicana. Essas condições terão que ser cumpridas para que a empresa obtenha a Licença de Operação, segundo Minc.

De acordo com especialistas, apenas encontrar uma solução definitiva para o lixo nuclear já é algo difícil.

Angra 3 terá a mesma capacidade de Angra 2, ou 1,3 mil megawatts, e a previsão é de que comece a operar em 2013.

Apesar de o Ministro do Meio Ambiente ter anunciado que a licença prévia para a usina de Angra 3 exigirá, entre outras coisas, a solução definitiva para a destinação do lixo nuclear, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que tal solução ainda não foi encontrada no mundo inteiro. Ele informou que, a exemplo de Angra 1 e 2, o lixo nuclear de Angra 3 será armazenado até que os cientistas encontrem uma solução para os resíduos.

Lobão afirmou que isso é suficiente, pois o meio ambiente não pode pedir uma solução que não existe ainda. Afirmou aind
a, que uma solução definitiva é não jogar o lixo no meio do rio e sim guardá-lo adequadamente, que é o que se está fazendo com Angra 1 e Angra 2 e o Brasil não está fazendo nada inferior ou superior ao que se faz com as 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo.

Ainda segundo Lobão, a França está desenvol
vendo uma tecnologia que possibilitará a reutilização do lixo nuclear, o que poderá ser seguido pelo resto do mundo. Todos os países que têm usinas nucleares guardam o lixo provisoriamente na expectativa de amanhã vir a utilizar esse lixo. O ministro disse ainda que o governador da Bahia, Jaques Wagner, pediu que uma ou duas usinas nucleares sejam construídas em seu Estado, pedido que será levado em boa conta pelo governo, cujo plano é construir outras quatro térmicas nucleares e, em seguida, uma térmica a cada ano até um total de 60 mil MW em 50 anos.

Já não bastasse o pesadelo das usinas de Angra, imagina o que vem pela frente com esse pessoal planejando a matriz energética do país. Mais bomba! E quem diria, heim? Aquele deputado que era terminantemente contra qualquer ampliação de termonucleares, que mobilizava a população para interditar a Rio Santos em Angra dos Reis com faixas, cartazes e megafones, agora, se dizendo “terminantemente contra”, emite a licença para o desenvolvimento do projeto! Pelo que vemos não vale nada a opinião do ministro, a decisão muito menos, caso decidisse alguma coisa. Ainda vem com essa de “exigências brutais”! Estão querendo enganar quem com esse discurso? Quando essas “exigências brutais” nos livrarão da possibilidade de catástrofes atômicas em nosso país? Que conversa é essa?

Meio ambiente - Queimar lixo, além de crime, é falta de vergonha



É inacreditável o que ainda ocorre nas cidades brasileiras com relação ao lixo. Não bastasse a falta de saneamento em muitos centros urbanos do país, muitos insistem em continuar contribuindo para o aumento da poluição através da queima de "lixo". Apesar de toda a informação hoje disponível pela televisão, por todos os meios de comunicação e pela internet, apesar do tema meio ambiente ser corriqueiro no dia-a-dia do urbanóide, alguns insistem em continuar destruindo o meio ambiente e contribuindo para piorar a qualidade de vida nas cidades. Como vemos, não é por falta de informação. Fica claro que é por falta de cidadania. É por falta de respeito ao próximo. Usando um termo mais chulo, por falta de vergonha na cara. Esses preferem passar a vida sem dar pelota para as pessoas que vivem ao seu redor. É o mesmo tipo de sujeito que joga lixo na praia, nas ruas, fuma em locais fechados, desrespeitam o trânsito e os pedestres, dirigem embreagados, corrompem e são corrompíveis, etc. Preferem se divertir vendo novelas, programas sem qualquer conteúdo, encher a cara em botecos, discutir os "problemas" do futebol, dar muito valor às popozudas, adoram adotar a lei do mínimo esforço. Vieram à vida para se divertir e o resto que se dane. Só pode ser isso. Vieram para não deixar nada e sim para usufruir sem se preocupar com o resultado de suas ações.


Pois bem, para esses que pouco se lixam para o próximo, que continuam a ignorar o problema e insistem no hábito de eliminar “lixo” ou se livrar de folhas de árvores no quintal de casa, rua ou terreno baldio através de queimadas, alertamos que queimar “lixo” nas cidades é crime ambiental, podendo render ao infrator multa de R$ 500 a R$ 50 milhões. O que diz a Lei de Crimes Ambientais (9.605 de 13 de fevereiro de 1998) em seu artigo 54: causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana… Causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população: pena de reclusão, de um a cinco anos.

Além de ser um ato totalmente desnecessário (levando em consideração que na maioria das cidades existe a coleta de lixo domiciliar), representa risco ambiental e à saúde. Esse tipo de atitude também é previsto nos Códigos de Posturas da maioria dos municípios brasileiros. Como a maioria da população não sabe nem o que é Código de Posturas, haja visto as barbaridades que vêm ocorrendo nas áreas urbanas do país, nas barbas das “autoridades”, não dá para esperar muita coisa.


Aqui no Rio de Janeiro, um dos maiores centros urbanos do país, a cena é corriqueira. A quantidade de boçais que pratica tal ato é enorme. Isso fica comprovado com o número de ligações recebidas pelo Corpo de Bombeiros, denunciando pessoas cometendo esse tipo de infração. Não é raro ver tropas do Corpo de Bombeiros apagando incêndios em terrenos baldios, em benfeitorias atingidas por tal imbecilidade, dentre outras conseqüências com a mesma origem.

Queimam de tudo, de folhas secas até borracha. Tem dias que só saindo de casa para bem longe do centro urbano para poder respirar. A fumaça produzida pela queima de resíduos invade residências, hospitais, estabelecimentos comerciais, deixando o ar irrespirável e provocando a ira de alguns moradores, principalmente donas de casa. É normal todo o serviço de lavagem de roupas ir literalmente por água a baixo, pois ao acabar de colocar a roupa no varal é preciso correr para retirar as peças, antes que fiquem tomadas pela fumaça. Essa fumaça, formada por gás carbônico e outros gases tóxicos, contribui para o aumento do efeito estufa, além de trazer problemas para a saúde humana, como alergias, câncer, doenças respiratórias e dermatológicas. No inverno, época mais seca do ano, esses problemas se agravam.


Vale lembrar a esses inconsequentes, que lixo não é lixo, que folha seca não é lixo. A grande maioria dos resíduos produzidos pelo ser humano é totalmente reciclável, não precisando ser queimada. As folhas secas podem ser amontoadas e, num processo de compostagem, originar um excelente adubo para fertilização de jardins, hortas domésticas e escolares, pomares e arborização urbana. Em suma: todo "lixo" produzido pode ser reutilizado, reaproveitado.

Tem gente que ainda diz que isso é um problema cultural! Que cultura de quem diz e de quem pratica!

Contribuindo para esse estado de coisas, temos a incompetência das autoridades que, coniventes e/ou despreparadas, continuam a permitir tais atrocidades, não tomando qualquer providência para acabar com o problema. Preferem ficar em seus gabinetes, pois devem achar que os que promovem a queima de resíduos contribuem diretamente para aumentar a vida útil de seus lixões e diminuir o serviço de coleta urbana. Só pode ser isso o que eles pensam! Se é que pensam (a grande maioria é despreparada para pensar). Até hoje, mesmo depois de várias denúncias aos órgãos municipais de fiscalização, não vimos qualquer providência (autuação, multa, etc.) por parte do Poder Público para coibir tal ação aqui no Rio de Janeiro. Principalmente nesses últimos tempos em que a cidade está largada às traças. Aliás, ainda existe prefeito nessa cidade?

Resumindo: queimar lixo, além de crime, é falta de vergonha de quem queima e das autoridades.

Denuncie os casos de queima de lixo. Não desista. Talvez eles se conscientizem e as autoridades responsáveis (se é que existem) comecem a tomar providências.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Crime - A corrupção chega mais longe do que se imagina


Aqui no blog estamos constantemente divulgando os casos de corrupção que são mostrados na mídia e vamos continuar divulgando, pois a corrupção é, atualmente, o maior agente destruidor do meio ambiente e da qualidade de vida do povo brasileiro. Bilhões, trilhões em dinheiro que deveriam se investidos na melhoria da qualidade de vida do cidadão e na preservação do meio ambiente, são desviados para os bolsos de meia dúzia de criminosos de todos os tipos, de todas as áreas, como políticos, empresários, advogados, dentre outros. Veja o caso Daniel Dantas, que vai dar muito o que falar ainda e, por estranho que pareça, não vem tendo a cobertura merecida por parte da mídia televisiva e jornalística. Porque será? Será que tem muita gente da mídia envolvida nessa vergonha e não estão querendo cutucar o vespeiro? Será que muitos jornalistas “sérios” foram beneficiados pelas propinas desse sujeito? O que está havendo? Onde estão aqueles jornalistas contundentes que adoram bater, comentar com cara de certinhos e corretos, julgar, desvendar, que nós vemos todos os dias nos telejornais? Nós não vamos deixar cair no esquecimento. Vamos lá.

A Polícia Federal rastreia investimentos feitos pelo banqueiro Daniel Dantas em áreas de mineração no Pará, localizadas em terras de preservação ambiental e em reservas indígenas. O relatório do delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, levanta suspeita sobre a "idoneidade dos projetos de exploração de minérios" e faz referência à "grande quantidade de áreas de preservação indígena ou ambiental". Os investimentos do grupo constituem um dos principais focos do inquérito da PF. Todos que foram presos já estão soltos, com exceção de dois colaboradores de Dantas. A análise dos investimentos já provocou o indiciamento de Dantas, sob as acusações de formação de quadrilha e gestão fraudulenta.

O Grupo Opportunity admite que possui áreas de mineração na Reserva Biológica de Tapirapé e em áreas indígenas do Estado. Mas também reconhece que não tem autorização para explorá-las e por isso não desenvolve nenhuma atividade nesses territórios.

No caso da reserva biológica, é necessário obter autorização das instituições da área ambiental; e no caso da terra indígena, a legislação veda a exploração do subsolo. Isso pode mudar, no entanto, com a aprovação de um projeto que tramita no Congresso, regulamentando a exploração de minérios em terras indígenas.

Durante as investigações da Satiagraha, ficou claro, segundo Protógenes, que a empreitada mineral seria comandada por Dantas, por meio da GME4 (Global Miner Exploration), empresa recém-criada e presidida por Paulo Rogério Campos Magalhães. O Opportunity teria 62% das ações da empresa.

Caberia ao ex-cunhado do banqueiro, Carlos Bernardo Torres Rodenburg, "manter contato com pessoas interessadas na venda de imóveis rurais nos Estados do Pará e Piauí". Em gravação, Rodenburg trata da aquisição de 1.800 alqueires "integrantes da Floresta Nacional do Itacaiúnas", no Pará.

O Opportunity informou ter duas fazendas no Pará, mas desconhece a floresta nacional. Segundo o governo do Pará, "a Floresta Nacional de Itacaiúnas fica ao lado da Flora Carajás"


Quanta gente foi e “seria” (ou será?) corrompida para encobrir as atividades criminosas desse grupo em unidades de conservação e áreas de preservação permanente? Quanta gente deve estar envolvida nessas falcatruas? O sujeito já se mostrou “todo poderoso”. Já conseguiu tirar o delegado responsável pelas investigações, já conseguiu a liberdade com o aval do Supremo, imagina o que vem por aí!

Com relação à apatia "muito estranha" da mídia, seria importante levantar se e quais jornalistas foram prestadores de serviço dessa quadrilha e de outras na grande mídia brasileira. Quem são eles? Como foram pagos? Que tipo de favores prestaram e receberam? Sabemos que é difícil, pois os jornalistas se protegem como se fossem integrantes de uma máfia. Mas é importante mostrar quem é quem nessa mídia que fala o que bem entende, promove o que quer e destrói o que não lhe é útil. É hora da Polícia Federal agir e colocar na cadeia os jornalistas e/ou comentaristas quadrilheiros.

Leia também:

Daniel Dantas Manda no País

Daniel Dantas, o Símbolo da Privataria

Legislação Ambiental - Regulamentada Lei de Crimes Ambientais


A partir desta terça-feira, quem cometer crimes contra o meio ambiente estará sujeito a penas mais rígidas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina, nesta terça-feira (22), às 15 horas, na Floresta Nacional de Brasília, o decreto de regulamentação da Lei de Crimes Ambientais, instituindo multas mais severas aos infratores. Atenção especial foi dada a pessoas ou empresas que tentarem impedir a fiscalização do poder público. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o decreto dará efetividade à Lei, uma vez que agiliza sua aplicação e reduz as possibilidades de recursos por parte dos infratores. Antes, mesmo após à sentença, a empresa ou a pessoa autuada conseguia adiar o cumprimento da pena em até cinco anos. Agora, a expectativa é de que o prazo final para o pagamento de multas não passe de quatro meses.

Na mesma oportunidade, o Presidente instituirá o Programa Nacional de Segurança Ambiental e criará o Corpo de Guarda-Parques e a Guarda Nacional Ambiental.

Os atos presidenciais serão assinados durante a solen
idade de inauguração do Cetas da Floresta Nacional de Brasília (Centro de Triagem de Animais Silvestres), localizado no entroncamento das rodovias BR-070 e DF-001 e construído com recursos de compensação ambiental. O Centro é dotado de sala de triagem para o recebimento de animais apreendidos, quarentena para acomodação e recuperação e viveiros de reabilitação. Além de oferecer local e condições adequadas para a recuperação e a destinação desses animais. O Cetas possibilitará o desenvolvimento de pesquisas e o aperfeiçoamento técnico por meio de parcerias com as universidades.

Os fiscais do IBAMA apreendem, em média, 45.000 animais silvestres por ano em todo território brasileiro. As aves representam a maior parte dos animais traficados. Em segundo lugar vêm os répteis, seguidos pelos mamíferos.

Nos últimos dez anos, menos de 1% das multas ambientais emitidas pelos órgãos de fiscalização do estado do Rio tinha sido paga. No plano federal, a União conseguiu receber apenas 10% do valor das multas do IBAMA no Rio. Minc afirmou ainda que trabalhará para alterar no Congresso os artigos criminais da lei, considerada por ele excessivamente branda. Entre as mudanças propostas, está a criação da figura do traficante de fauna e de flora.

Meio Ambiente - Ações mirabolantes, resultados desconcertantes I



Fracassou novamente a tentativa do IBAMA de leiloar animais apreendidos no Pará, os chamados "bois piratas", numa operação para reprimir a pecuária em unidades de conservação. Nenhum dos lotes ofertados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) teve proposta de compra, e os 3.046 animais ainda não foram vendidos.

Na semana passada, tanto a Conab quanto o IBAMA justificaram que o fracasso da primeira tentativa era "
normal", por se tratar da primeira operação com esse tipo de produto. Os técnicos das duas entidades disseram que fariam ajustes para o remate desta segunda-feira (21) mas as alterações não surtiram o efeito desejado. Uma das mudanças foi a redução de 3.500 para as 3.046 cabeças. Além disso, o valor total dos quatro lotes ofertados recuou de R$ 3,9 milhões para R$ 3,15 milhões.

De acordo com avalização do Ministério do Meio Ambiente e do IBAMA, três fatores contribuíram para a não comercialização do gado nesse segundo pregão: o preço, o custo do transporte do rebanho devido à localização e o anúncio, feito por políticos da região, de qua a retirada do gado não seria pacífica.

O leilão foi organizado dentro do sistema eletrônico de comercialização da Conab, que opera em conjunto com as bolsas de mercadorias. Os animais estão divididos em seis lotes, com separação de touros, vacas, novilhos e bezerros.

Boi pirata

Na última semana, houve visita ao local de confinamento por negociadores, depois de agendamento feito pelo IBAMA, que está encarregado de fiscalizar o rebanho.

Analistas disseram que as informações presentes no edital não foram suficientes para atrair possíveis compradores. Além disso, os preços mínimos estabelecidos pelo governo estão acima das médias do mercado. Na oferta desta segunda, por exemplo, o valor de um touro era de R$ 3.150. O valor médio das vacas foi de R$ 78,82 por arroba, bem acima da média de R$ 70 pago pela arroba de fêmeas no Pará.

Ainda segundo os analistas, a forma com que o governo está querendo vender esses animais não é a mais adequada. Para eles, o governo terá de filmar os animais, fotografar, dar um peso médio, a idade dos animais e conceder informações mínimas para despertar o mínimo de interesse.

Diante do fracasso, a Conab marcou para o dia 28 de julho um novo leilão. Será a terceira tentativa de comercializar os animais. O IBAMA garantirá a segurança necessária à retirada dos animais pelo ganhador do leilão. O gado continua confinado na área de preservação ambiental onde foi apreendido.
O governo acredita que em torno de 40 mil cabeças de gado são criados em áreas de unidades de conservação na Amazônia.

Crime - Operação autua 15 por cativeiro de aves silvestres



Fiscais do Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ) participaram de uma operação conjunta em Petrópolis que resultou na apreensão de 65 aves silvestres e na autuação de 15 pessoas por cativeiro de animais silvestres, além da destruição de três ranchos de caça. A ação que contou com 20 agentes do IEF/RJ e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), começou na quinta-feira (17/07) e terminou no sábado (19/07), no Parque Nacional da Serra dos Órgãos e na Área de Proteção Ambiental de Petrópolis.

Os agentes fiscalizaram uma trilha entre as localidades do Bonfim e do Caxambu Pequeno, no entorno e dentro dos limites do parque, e também estiveram na localidade do Meio da Serra, na APA Petrópolis. Além da autuação dos infratores que mantém pássaros silvestres em cativeiro, os fiscais também notificaram donos de construções irregulares na área da antiga Fábrica de Tecidos Cometa, um imóvel tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

As 15 pessoas autuadas por manter aves silvestres em cativeiro serão multadas. Os valores variam de acordo com o grau de risco de extinção do animal apreendido.

As operações conjuntas vão continuar, dentro da estratégia elaborada pelos dirigentes das unidades de conservação do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense. O mosaico abrange uma área com cerca de 233.710 hectares de 13 municípios, com um total de 22 unidades de conservação federais, estaduais e municipais. O objetivo dos mosaicos é o de estabelecer estratégias comuns de gestão ambiental das unidades de conservação situadas numa determinada região.

Apesar de ser muito difícil para órgãos falidos com o IEF-RJ, o IBAMA e mesmo o novo Chico Mendes (já nasceu falido), operações desse tipo devem continuar, porém se agissem de forma conjunta, maciça e constante na Feira de Caxias, o tráfico e comércio ilegal de animais silvestres diminuiria consideravelmente no Rio de Janeiro, o maior pólo de contrabando de animais do país, porta de saída para o exterior. É vergonhoso o que ocorre há décadas (mais de 50 anos) no Município de Duque de Caxias com a conivência das autoridades municipais e nas barbas dos órgãos de fiscalização ambiental. Deve ter muito coelho nessa cartola! Onde estão os verdes de Duque de Caxias? Onde está o Partido Verde de Duque de Caxias? Onde estão as autoridades muito preocupadas com meio ambiente de Duque de Caxias?

Abaixo os principais municípios fornecedores de animais silvestres para os contrabandistas do eixo Rio-São Paulo:


sábado, 19 de julho de 2008

Política - CUT pede impeachment de Gilmar Mendes



Deu na Tribuna

A Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) protocolou ontem na Secretaria Geral do Senado o pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Assinado pelo secretário de Comunicação da entidade, Cícero Batista Rola, o pedido afirma que o ministro tomou decisões "de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções, ao agir de forma não esperada por um magistrado".


Para a CUT, as decisões do ministro Gilmar Mendes violaram a independência do exercício da magistratura ao determinar a instauração de inquérito contra o juiz Fausto De Sanctis (6ª Vara Federal-SP), que mandou prender o banqueiro Daniel Dantas e outros denunciados na Operação Satiagraha, da Polícia Federal.


A central avalia que, ao intimidar o magistrado e liberar os envolvidos no suposto esquema criminoso do Opportunity, Gilmar criou dificuldades para o prosseguimento da operação policial, embora, na opinião dos sindicalistas, existisse "fundamento suficiente" para a decretação da prisão preventiva dos denunciados.

O pedido deverá ficar engavetado até agosto, quando então será submetido aos integrantes da Mesa Diretora do Senado. Se eles rejeitarem os argumentos do impeachment, o documento será arquivado. Caso contrário, será submetido aos senadores no plenário, onde só será aceito se apoiado por pelo menos 54 votos, o que equivale a dois terços da Casa.

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) já antecipou serem mínimas as chances de o pedido ser aceito. Segundo ele, há contra o ministro discordância com relação a sentenças judiciais e não dados sobre a ocorrência de crimes de responsabilidade, como prevê a Lei de 1.950, que trata da cassação do mandato de autoridades.

AMB critica


O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares, divulgou nota ontem em que critica o pedido de impeachment do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Na nota, Valadares afirma que o pedido de impeachment deve ser feito de "maneira responsável e fundamentada" e não pode ser usado para atacar decisões judiciais. "A independência dos seus ministros e o teor das suas decisões judiciais não podem ser alvos de qualquer tipo de censura ou represália, muito menos objeto de pedido de impeachment', disse o presidente da AMB na nota. A independência dos magistrados, afirmou Mozart Valadares, é fundamental para o estado democrático de Direito.

Abaixo assinado na internet

Está em curso na internet o abaixo assinado pela saída de Gilamr Mendes. Para participar clique no banner abaixo:

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Meio ambiente - Baía de Sepetiba agoniza




Com características ímpares, o maior criadouro de fauna marinha do estado do Rio de Janeiro, a Baía de Sepetiba, no litoral sul do estado já teve a sua morte decretada há algum tempo. Abrangendo os municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Mangaratiba, a baía vem sofrendo com todo tipo de agressão, vê sua fauna diminuindo drasticamente e o pescador artesanal uma espécie em extinção.

Pescar, atividade tradicional na baía, está praticamente impossível. São muito poucos os pescadores que resistem às dificuldades. A pesca embarcada e a manutenção dos barcos dependem diretamente da boa vontade das marés para se ter acesso à lâmina d’água. O assoreamento das margens é uma constante. O maior causador de agressões à baía é a poluição hídrica, proveniente de esgotos domésticos e de efluentes industriais sem qualquer tratamento. Para complicar a vida dos pequenos pescadores, é constante a pesca industrial criminosa na baía (predatória). Sem qualquer fiscalização dos órgãos ambientais, os barcos pesqueiros não se intimidam praticando a pesca de arrasto, altamente prejudicial a todas as formas de vida existentes na baía.

A população já cansou de esperar as promessas dos políticos sobre os projetos de despoluição, de saneamento, dentre outras, nunca concretizadas. O que se vê são grandes projetos industriais que também prometem muitos benefícios às comunidades de entorno e nada trazem, a não ser benefícios para seus controladores e acionistas. Os projetos se instalam fundamentados em Estudos de Impactos Ambientais muito questionáveis, e sob o aval dos órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental, muitos deles destruindo áreas de manguezais (áreas de preservação permanente), realizando dragagens mal avaliadas, dentre outros enormes disparates. A única ação concreta ocorrida nos últimos anos em prol da baía e das populações de entorno, foi o início do processo de descontaminação do terreno da falida Mercantil Industrial Ingá, muito esperado pelas comunidades e ambientalistas da região. Apesar de iniciado pela administração da massa falida da empresa e agora sob a responsabilidade da Usiminas que arrematou o terreno para instalação de mais um gigantesco terminal de minério, a população só vai acreditar quando terminar o processo. Os pescadores agora querem ver para crer, pois estão cansados de serem enganados pelas autoridades.


Nada vem sendo feito de prático e benéfico para as comunidades existentes na área. Não se vê projetos de saneamento, de melhoria urbanística, de educação ambiental, de geração de emprego e renda, de capacitação profissional, de fomento à pesca e outras atividades que empreguem a mão-de-obra local. O que se vê são os pescadores tentando arrumar emprego em outras atividades, muitos deles se marginalizando por não terem capacitação adequada para tais oportunidades. Os que conseguem alguma coisa têm que se contentarem com sub-empregos. A mão-de-obra mais capacitada (com melhores salários) para atender aos projetos instalados na região vem de outros municípios ou regiões.

A área mais preservada da baía é a área do clube particular da marinha e do Presidente da República, a Marambaia, sob a guarda das Forças Armadas.

Infelizmente, o que se vê até o momen
to é a destruição dos manguezais, o assoreamento intenso, poluição das águas por lixo e esgotos domésticos e industriais (metais pesados), ocupações desordenadas em suas margens, pesca predatória (industrial), dragagens indiscriminadas, poluição atmosférica causada por efluentes gasosos e partículas minerais (minério de ferro principalmente de gigantescos pátios de estocagem), lançamento descontrolado de águas de lastro de navios atracados nos portos, tráfego intenso de cargueiros de grande porte, rodovias em péssimo estado de conservação, áreas urbanas desestruturadas incapazes de suprir as necessidades básicas das comunidades que crescem indiscriminadamente às margens da baía e o turismo e o comércio local prejudicados por toda essa situação. Aquelas praias que os banhistas lotavam para se cobrir com areias monazíticas medicinais há algumas décadas atrás, estão totalmente assoreadas e poluídas. Ninguém se atreve a reviver a experiência. Os que têm contato com esse material normalmente apresentam doenças de pele, infecções intestinais, dentre outros males. Esse é o quadro dramático que assola a Baía de Sepetiba.

E a preocupação dos pescadores e ambientalistas não para por aí. A perspectiva de instalação de novos mega projetos é muito grande. A continuar o ritmo de falta de planejamento e devastação, a baía morrerá em curtíssimo espaço de tempo. Com ela vai o pescador artesanal e sua cultura (artes de pesca, apetrechos, culinária, etc.), sua fauna, o turismo, e todas as comunidades ribeirinhas, pois, nessas condições, vai ser impossível viver próximo à baía. A continuar a promiscuidade e a conivência dos órgãos ambientais em relação a implantação desses projetos, prevê-se a destruição dos últimos resquícios de manguezais, a poluição generalizada das praias e o aumento da poluição industrial, o que aumentaria consideravelmente a ocorrência de chuvas ácidas, já comuns na região.

Os únicos beneficiários desse processo todo são os grandes grupos empreserais instalados, os quais não têm a menor preocupação com as comunidades e o meio ambiente do entorno. Os políticos, certamente, se beneficiam com esse processo todo sustentando seus discursos em prol do “desenvolvimento sustentável” (a maioria nem sabe do que se trata) e garantindo suas futuras campanhas com o apoio dessas empresas. O povo e o meio ambiente que se lixe.

Crime - Centenas de acordos irregulares do governo Rosinha com ongs podem totalizar R$ 700 milhões




Lá vai mais um caso de corrupção que contribuiu diretamente para piorar as condições de vida do povo brasileiro. Dinheiro público que poderia e deveria ser aplicado em ações de saúde, foi desviado para o bolso de meia dúzia de corruptos.


O desvio de recursos públicos oriundos de acordos com ONGs no governo do estado a partir de 2003 e que resultou na prisão de 12 pessoas durante a Operação Pecado Capital e no bloqueio de bens dos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha pode ser muito maior que o imaginado. Até agora, R$ 234 milhões estão sob investigação, mas inquéritos do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostram que centenas de acordos com outras organizaçãoes, no valor de R$ 466 milhões, estão sob suspeita, podendo elevar as cifras para R$ 700 milhões.

A Operação Pecado Capital investigou apenas um destes contratos, firmado entre a Secretaria estadual de Saúde (SES) e a Fundação Pro-Cefet. Os promotores apuraram que, dos mais de R$ 234 milhões repassados à Pro-Cefet para o programa Saúde em Movimento, pelo menos R$ 70 milhões foram desviados. Está sendo investigado ainda o destino da outra parte do dinheiro, usada supostamente para pagar trabalhadores que prestavam serviços para a secretaria. Este foi o maior contrato entre o governo e ONGs no período de 2003 a 2006.

Entenda o Esquema - Clique na foto para ampliar

No entanto, há mais de cem contratos realizados por grande parte das secretarias estaduais com pelo menos outras 15 ONGs. Todos feitos com dispensa de licitação. O TCE também investiga cada um destes procedimentos e já declarou que praticamente todos foram ilegais.

Enquanto muitas ongs sérias passam por dificuldades, por não se sujeitarem a apadrinhamentos, a negociatas, a vinculaões políticas, outras tantas recebem montes de dinheiro ou são usadas para desvio de outros montes de dinheiro para o benefício de poucos corruptos. A maioria das ongs luta com dificuldades para desenvolverem seus projetos, seus objetivos. Infelizmente os corruptos encontraram o caminho das pedras para utilizarem o terceiro setor de forma criminosa, prejudicando as instituições que querem trabalhar com seriedade. Técnicos, pessoas, vários profissionais sérios estão sendo prejudicados com a imagem negativa que está sendo formada das ongs devido a esses casos criminosos. Muitos desses políticos corruptos pleiteiam cargos públicos nas próximas eleições para perpetuarem esse estado de coisas. Chega de encoubri-los, chega beneficiá-los.

Veja a lista de ongs - Clique na foto para ampliar

Todos os dias atos de corrupção fazem parte das manchetes dos jornais e telejornais do país. Isso não é de hoje. Esses fatos serão sempre divulgados aqui no Blog VERDEfato, na tentiva de não deixar cair no esquecimento, pois a corrupção hoje é o principal agente de destruição do meio ambiente, da qualidade de vida e de formação do cidadão. Bilhões de reais são desviados diariamente para o bolso de “meia dúzia” de corruptos, recursos esses que são deixados de ser aplicados em saúde, educação, transporte, saneamento, segurança, habitações, conservação da natureza, etc. Estaremos sempre atentos. Não vamos deixar passar.

Crime - Empresa de Eike Batista é multada em R$ 25 milhões




Vamos a mais um crime ambiental. O Ibama de Mato Grosso do Sul multou a MMX, do empresário Eike Batista, em R$ 25 milhões: R$ 15 milhões pela compra das cargas de carvão ilegal e de R$ 10 milhões por agir em desacordo com sua licença de operação pela terceira vez. O órgão ambiental rastreou os fornecedores de carvão vegetal da siderúrgica e concluiu que 90% deles operam na ilegalidade.

De acordo com o Ibama, foram transportados desde o ano passado pelos fornecedores da MMX 30 mil metros de carvão vegetal a mais do que o constante nos DOF (Documentos de Origem Florestal), o que causa impacto direto a 1.500 hectares de floresta nativa.

Em maio, a MMX também foi penalizada em R$ 250 mil - multa que se soma a outras duas, de R$ 3 milhões, em fevereiro, por adquirir carvão produzido a partir de desmatamento recente na região do Pantanal, e de R$ 1 milhão, em novembro do ano passado, por comprar o produto de uma carvoaria que operava de maneira ilegal em terra indígena, de acordo com o Ibama. Pelo visto, a empresa é especializada em descumprir a legislação ambiental e colecionar multas.

Os 66 fornecedores também foram multados - o valor chega perto de R$ 15 milhões. Todos trabalham na ilegalidade de uma ou outra forma. Há o que não tem licença, há o que produz e transporta o carvão sem documento, há o que pratica crime de falsidade de informação, há o que frauda o sistema eletrônico do Ibama.

O governo de Mato Grosso do Sul descarta risco ambiental e a MMX, também. A empresa afirma que todo o carvão adquirido pela empresa está coberto por um DOF (Documento de Origem Florestal) e pela nota fiscal. Sobre o excesso de cargas, diz que é natural que haja uma certa imprecisão na carroceria de um caminhão, mas que todas as cargas recebidas com diferença entre o DOF e o volume real foram comunicadas ao órgão ambiental. Segundo representantes da empresa, o próprio DOF já atesta a origem do carvão e não cabe à MMX fiscalizar cada vendedor. A empresa alega que se há alguma espécie de irregularidade na propriedade do fornecedor, ela não diz respeito às cargas que são vendidas.

Um dos diretores afirma que a MMX está plantando florestas próprias e que já realizou reuniões com os carvoeiros para alertá-los sobre os cuidados exigidos.

Não foi à toa que Eike Batista se tornou um dos homens mais ricos do mundo. Ao que parece, utilizando-se das práticas tradicionais de amealhar riqueza, garante um futuro negro para o povo depredando os recursos naturais do país. O importante é o bolso.