sábado, 15 de novembro de 2008

Meio Ambiente – A nuvem que mata


Algumas das piores previsões sobre os efeitos da poluição se concretizaram na Ásia sob a forma de uma nuvem gigante. Ela é marrom e se estende da Península Arábica à costa do Pacífico e tem cerca de três quilômetros de espessura. Um relatório das Nações Unidas apresentado na quinta-feira alertou que a nuvem mudou o clima local, causa perdas à agricultura e escurece o céu de muitas cidades. Pequim, Bangcoc, Cairo, Nova Délhi, Seul e Teerã são considerados pontos críticos. Estima-se que 340 mil pessoas morrem prematuramente a cada ano somente na Índia e China devido a doenças respiratórias, cardiovasculares e cânceres associados à péssima qualidade do ar.

A nuvem é um coquetel de fuligem, substâncias químicas tóxicas, ozônio e outros gases expelidos por indústrias, usinas a carvão, um número crescente de veículos e na queima de florestas e campos agrícolas. O uso intensivo de fornos à lenha em muitos países asiáticos também contribui para a formação da nuvem.

Paradoxalmente, a nuvem tem enfraquecido os efeitos do aquecimento global na região. Ela contém partículas que refletem os raios solares, diminuindo a capacidade da superfície em reter calor. Se a nuvem se dispersar, a temperatura global poderia subir 2º C.

E eles querem continuar fazendo a economia crescer a cada ano, e preocupados com a possível recessão, agora estão estimulando o consumo. Será que ainda não conseguiram perceber que o crescimento nesses moldes é planetariamente impossível?