sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Meio ambiente – Pesquisa do IBGE mostra mais de 90% dos municípios com problemas ambientais


De acordo com o levantamento, queimadas, desmatamento e assoreamento de corpos d'água são os problemas mais comuns. O estudo mostra que as queimadas foram citadas por 54,2% dos gestores municipais. O desmatamento, por 53,5%. E os assoreamentos, por 53%. O assoreamento tem como causas o desnudamento dos solos, ocasionados, em geral, por queimadas e desmatamento.

A poluição da água é pred
ominante nos municípios das regiões mais urbanizadas e economicamente mais desenvolvidas: Sudeste (43,6% dos municípios) e Sul (43,2%). Já a escassez de água foi mais apontada pelos municípios do Sul (53,5%) e do Nordeste (52,3%).

A pesquisa revela também que apenas pouco mais de um terço (37,4%) dos municípios dispõe de recursos financeiros específicos para viabilizar ações na área ambiental e menos de uma em cada 5 prefeituras tem estrutura adequada para lidar com esse tipo de problema.

Cerca de 33% dos 5.564 municíp
ios brasileiros declarou presença de favelas, mocambos, palafitas ou assemelhados dentro de seu território e a incidência de favelas é maior nos municípios mais populosos. Dos 37 municípios com população acima de 500 mil habitantes, só Cuiabá informou a inexistência de favelas.

Na área de transportes, a pesquisa mostra que, no período de 2005 a 2008, foi registrado um crescimento no percentual de municípios que possuem transporte por barco (de 9% para 10,5%), metrô (de 0,2% para 0,3%), mototáxi (de 47,1% para 52,7%), táxi (de 76,7% pra 81,5%) e van (52,3% para 59,9%), enquanto o transporte coletivo por trem caiu de 1,9% para 1,5%. O metrô está presente em 15 municípios (todos com mais de 50 mil habitantes), sendo o maior percentual naqueles com mais de 500 mil habitantes (29,7%).

Esse é o retrato caótico do país. Não dá para se esperar muito de uma nação que cuida do meio ambiente dessa forma. Na pesquisa muito se fala sobre a contaminação do solo e dos recursos hídricos por agrotóxicos e adubos químicos, mas pouco ou nada se fala sobre a questão do tratamento de resíduos
sólidos, certamente o maior problema a ser enfrentado pela grande maioria dos municípios brasileiros. É muito difícil atualmente, encontrarmos um município que não sofra deste problema.

A origem de tudo está simplesmente na ausência de políticas eficazes de distribuição de renda e educação. Essa tal “crise” que os jornalistas continuam insistindo (aliás, eles ainda não enxergaram que já estão passando dos limites e fazendo um papel deplorável. Como são medíocres!) para desestabilizar governo, de quebra continuar tentando manipular a população e vender mais notícias, deveria servir para que a população (consumidor, contribuinte, empresário, etc.) e governantes começassem a refletir sobre um novo modelo econômico e formas mais racionais de consumo. Mas o que se vê é o contrário. Governantes fazendo de tudo para se aumentar o consumo a qualquer preço, liberando mundo a fora trilhões de dólares e de euros para salvar bancos e mega- indústrias, dentre outras medidas que não parecem vir de uma espécie que se diz racional. É a crise dos “barriga cheia”. Que crise é essa? Nunca se viu tanta mobilização para tentar se acabar com a miséria e a fome no mundo como estamos vendo para se resolver problemas econômicos da minoria de “barrigas cheias”. Com muito menos (pelo que se estima, U$ 120 bilhões), o problema da fome e da miséria no planeta estaria resolvido.

Os abastados não querem deixar de continuar ganhando, pois perder eles nunca o fazem, não pode acontecer isso. Ganhar, ganhar e ganhar. Espoliar, espoliar e espoliar. Esse é o lema desses que estão fazendo de tudo para “resolver” a “crise internacional”. Isso nada mais é do que falta de vergonha na cara, é descaramento, é cinismo, é brincar com a vida humana. Falta de humanidade, de consciência. É inadmissível o que ocorre no mundo e, particularmente no Brasil, no que diz respeito à distribuição de renda. É inconcebível poucos, muito poucos, continuarem acumulando bilhões em suas contas bancárias e a grande massa viver sem as mínimas condições. É inadmissível continuarmos vendo o crescimento da pobreza e não o de uma classe média como querem nos empurrar goela abaixo. Está surgindo sim, uma “classe média” de miseráveis, sem educação, sem consciência, que contribuirá em muito para aumentar o contingente de pobres no planeta e aumentar cada vez mais o fosso entre a miséria e a riqueza. É impressionante a quantidade de empresários e banqueiros que sempre viveram às custas da exploração do próximo, com rendimentos, salários e lucros estrondosos, virem à frente da televisão para se aproveitarem da oportunidade de tirar cada vez mais dinheiro dos governos (dos governos não, dos contribuintes – a grande massa), cujos dirigentes, em sua maioria estão comprometidos uns com os outros. Essa é a “crise dos amigos abastados”. O pensamento central é: “temos de ajudar nossos amigos agiotas, exploradores, inescrupulosos, pois senão deixaremos de continuar ganhando, de termos nossas comissões, de termos financiamento para nossas campanhas políticas. Temos que continuar ganhando, explorando, espoliando, senão entraremos em recessão, em depressão!”. Querem comparar ainda, o momento que vivemos, com a crise de 1929, quando milhares de pessoas deram fim a suas vidas com um tiro na cabeça. Crise é aquele momento em que está faltando comida, combustível, dinheiro, emprego, a ponto de desestruturar toda uma nação, região ou seja la o que for. É aquele momento que o povo tem de entrar na fila para conseguir um litro de leite, de água, um pedaço de pão ou um quilo de arroz. É um pós-guerra, por exemplo. Isso é crise! Alguns podem dizer que crise é o que está passando os famintos da África, da Ásia e da América Latina. Não senhores, isso também não é crise. Isso não é um momento. Isso é uma eternidade. Essa gente vem sofrendo há séculos em decorrência da ganância dos povos mais ricos. O que vêm passando os povos miseráveis desse planeta não é mais crise. Não um momento, uma fase de dificuldades. É uma vida. É desumanidade, falta de escrúpulos, por parte daqueles que só pensam e sabem acumular e consumir desenfreadamente. Puro egoísmo.

Esses jornalistas e especialistas (tão especialistas que não conseguiram prever a quebra desses bancos, o problema que as tais hipotecas poderiam causar, além do tamanho da tal "crise") descarados, continuam tentando incutir na mente da população que o nível de consumo neste Natal será um dos piores dos últimos tempos, mas o que vemos na realidade é outra coisa totalmente diferente do que eles dizem! Semanas atrás, americanos se mataram para consumir em frente ás portas de lojas de departamentos. Aqui no Brasil, os empresários do comércio estão prevendo crescimento de 40% do consumo em relação ao ano passado. É o verdadeiro caos! Ninguém sabe de mais nada. Essa semana tivemos contado com um corretor imobiliário que atua no bairro da cidade do Rio de Janeiro com maior número de lançamentos. Ele nos disse que nunca vendeu tanto na vida. Lançamentos são feitos e comercializados quase que totalmente no primeiro dia. Os feirões de automóveis estão lotados. Onde está a falta de crédito? Continuam financiando tudo a perder de vista. Continuamos a fazer a pergunta que não quer calar. Onde está essa tal "crise"?

Sem distribuição de renda justa, não teremos nunca educação suficiente para respeitarmos a natureza da qual fazemos parte. Sem distribuição de renda e educação, nunca teremos saúde, habitação, transportes dignos, alimentação saudável, segurança, meio ambiente equilibrado e, principalmente, empresários, banqueiros, políticos e governantes honestos, realmente comprometidos com os interesses comuns e equilíbrio das nações.