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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Árvore do mês - CARRAPETA (Guarea guidonia)


Ocorrência – da Costa Rica e Panamá até ao Paraguai e Argentina. Ocorre nas matas de quase todo o Brasil, sendo abundante na Amazônia, até ao Rio de Janeiro.
Outros nomes – marinheiro, camboatã, carrapeta-verdadeira, açafroa, bilreiro, canjerana miúda, cedrão, cedro branco, cedrorana, macuqueiro, jitó, guaré, jata[ubá, pau bala, jataúba branca, pau de sabão, taúva, peloteira.
Características – atinge de 25 a 30 m de altura e 1 m de diâmetro de tronco. Ramos jovens densamente ou esparsamente pubescentes, tornando-se glabros depois de velhos, casca de coloração acastanhada e lenticelas pálidas. A sua folhagem é densa. Folhas compostas, de 30 a 40 cm de comprimento, com 6 a 10 pares de folíolos, opostos, elípticos, oblongos ou lanceolados, ápice atenuado ou acuminado base aguda, cartáceos ou suboriáceos glabros. As flores são brancas, pequeninas, perfumadas, dispondo-se em panículas pilosas em forma de pirâmide. Os frutos são cápsulas globosas, amareladas, pequenas, com 2 a 4 lojas cada uma com uma semente avermelhada envolta por arilo da mesma coloração com sementes avermelhadas. Um Kg de sementes contém aproximadamente 2.600 unidades.
Habitat – matas de galeria
Propagação – sementes
Madeira – moderadamente pesada, dura, resistente, elástica, aromática, de grande durabilidade mesmo quando em contato com o solo e a umidade.
Utilidade – a casca é utilizada para fins medicinais, tendo propriedades vermífugas, febrífugas, laxantes e adstringentes, no tratamento de dores e tensão no globo ocular e conjuntivite. As cascas e raízes são usadas para provocarem vômitos, também possui ação sobre o útero e são utilizadas para estimular a menstruação. A sua madeira, branca, é muito valorizada. É própria para construção civil e naval, carpintaria, obras internas, para confecção de vagões e carrocerias, caixotaria, forros, caixilhos de portas e janelas, etc. A árvore além de ornamental proporciona ótima sombra, podendo ser empregada no paisagismo rural e urbano. Suas folhas são consideradas tóxicas para o gado. Os frutos são avidamente procurados por espécies da fauna, que também contribuem para a sua disseminação, tornando a planta útil para plantios mistos em áreas degradadas de preservação permanente.
Florescimento – dezembro a abril
Frutificação - junho a dezembro (Fonte: Vivaterra)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Árvore do mês - CASTANHEIRA DO PARÁ (Bertholletia excelsa)


Ocorrência – região Amazônica
Outros nomes – castanha, castanha do brasil, amendoeira da América, castanha mansa
Características – árvore de grande porte (talvez a maior do Brasil), podendo atingir 60 m, sendo 30 a 50 m a altura mais comum. Semidecídua, perdendo parcialmente as folhas durante o período seco. É planta social, ocorrendo em determinados locais em grande freqüência e formando os chamados “castanhais”, porém sempre em associação com outras espécies de grande porte. Tronco retilíneo e perfeitamente cilíndrico, de 100 a 180 cm de diâmetro, revestido por uma casca grossa e sulcada longitudinalmente. Folhas simples, coriáceas, de margens onduladas, de 25 a 35 cm de comprimento. Flores perfumadas, grandes, de cor amarela, reunidas em racemos paniculados terminais. Os frutos são cápsulas globosas, lenhosas e totalmente fechadas, de cerca de 10 cm de diâmetro e pesando de 0,5 a 1,5 kg e recebe o nome de “ouriço”. Contém em seu interior 15-24 sementes, que são as famosas “castanhas do Pará”. Sua casca é muito resistente e requer grande esforço para ser extraída manualmente. Um kg de sementes contém cerca de 70 unidades. As sementes são de forma angulosa, com tegumento córneo tendo no seu interior a amêndoa, de grande utilidade e alto valor econômico.
Habitat – Floresta Amazônica, mata alta de terra firme onde o solo é geralmente pedregoso e bem drenado.
Propagação – sementes
Madeira – madeira moderadamente pesada (densidade 0,75 g/cm3), de boa resistência ao ataque de organismos xilófagos.
Utilidade – fruto com alto teor calórico e protéico, além disso contém o elemento selênio que combate os radicais livres. A castanha com casca é altamente consumida pela população local in natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. As castanhas são muito apreciadas para consumo em todo o mundo e constituem um dos principais produtos de exportação da Amazônia. Seu valor biológico é grande para fins alimentícios, pois a amêndoa desidratada possui em torno de 17% de proteína – cerca de cinco vezes o conteúdo protéico do leite bovino in natura. Fator importante, também, é que a proteína da castanha possui os aminoácidos essenciais ao ser humano. O teor de gordura da amêndoa desidratada é extremamente alto, em torno de 67%. Os “ouriços” são utilizados como combustível ou na confecção de objetos. Da amêndoa extrai-se também o óleo e do resíduo da extração do óleo obtém-se torta ou farelo usada como misturas em farinhas ou rações. O “leite” de castanha, é de grande valor na culinária regional. Atualmente já é cultivada em outras regiões, contudo sua grande produção no país provém do extrativismo. Sua madeira foi muito usada em construção civil interna leve, tábuas par assoalho e paredes, painéis decorativos, forros e lambris, para confecção de compensados e embalagens. Os principais consumidores de castanha-do-brasil estão nos Estados Unidos e Europa-Reino Unido, Alemanha e Itália, principalmente. O mercado doméstico é um percentual muito pequeno do mercado consumidor total influenciado pelos preços internacionais e níveis de renda local. No que se refere à produção de frutos, a castanha-do-brasil tem importância social muito grande na região amazônica, já que a quase totalidade da produção é exportada, principalmente para Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. A castanha-do-brasil é excelente opção para o reflorestamento de áreas degradadas de pastagens ou de cultivos anuais, ao lado de outras espécies florestais.
Florescimento – novembro a fevereiro
Frutificação – dezembro a março
Ameaças - hoje em dia, a exploração de exemplares nativos é proibida pelo Decreto n° 1282, de 19/10/1994 que não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento (plantios puros e sistemas consorciados). (Fonte: Vivaterra)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Política e Meio ambiente - A destruição do país continua a passos largos


Sem postar desde 19 de janeiro por motivo de saúde, finalmente estou de volta. Nesse tempo afastado, constato mais uma vez que eles continuaram e continuam a discutir, a procurar definir quem é ambientalista, quem é ruralista. Continuam discursando, lançando “projetos” que não saem do papel, preocupados em ocupar cada vez mais espaço nos meios de comunicação, na tentativa de garantir seus cargos e ludibriando o povo. Enquanto discutem e fazem politicagem, os recursos naturais do país vão sendo dilapidados. Enquanto articulam manobras no Congresso para ocuparem presidências, mesas diretoras e comissões, garantindo-os poder e benesses, a bandidagem toma conta do país. A roubalheira é generalizada. No Executivo Federal, no Judiciário, no Legislativo, nas Assembléias e Governos Estaduais, nas Câmaras e Prefeituras, nas polícias, os bandidos vêm dominando. Há muito tempo estamos sendo governados por bandidos. Basta ver o que se divulga pelos meios de comunicação diariamente. Na realidade, nenhuma novidade. A política, que deveria ser exercida e representada por pessoas preparadas, nos últimos tempos se transformou em abrigo para marginais e despreparados. Os poucos que restaram com instrução, capacidade de raciocinar, algum preparo e eloquência, na sua maioria atua para defender interesses próprios e muitas vezes escusos. Os realmente sérios podem ser contados nos dedos, sendo tão raros quanto o mico leão dourado. Quem não deu certo em outras áreas, opta pela vida pública. Aliás, está sendo cada vez mais difícil o sucesso em outras áreas. As escolas e faculdades não conseguem mais formar nossos jovens. Tornaram-se fábricas de ignorantes, alienados, despreparados que mal sabem ler e escrever (como é que vão saber votar? Fica difícil cobrar alguma coisa desse pessoal). Muitas parecem botecos e até verdadeiros shoppings. O estudante passa mais tempo fora da sala de aula bebendo, batendo papo, se drogando, do que aprendendo. Outras, ninguém acredita que se trata de uma escola (foto). Está difícil aprender alguma coisa nesse país. Enquanto a bandidagem, a corrupção, as falcatruas, a ganância se espalham como pragas pelos corredores dos poderes e do setor privado (não podemos nos esquecer dessa fatia da sociedade representada pelos poucos abastados, tradicionais exploradores da massa trabalhadora e destruidores das riquezas naturais do país. A elite conservadora fantasiada de progressista, desenvolvimentista, sempre mancomunada com os representantes mais perversos da classe política), a nação vai se exaurindo, nas barbas de um povo apático, enfraquecido, manipulado, muitas vezes parecendo complacente com tudo isso. Um povo que ainda garante a permanência de bandidos nos diversos níveis de governo do país. Nessa situação, vale aquele velho ditado: “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Continua tudo da mesma forma, como esses cínicos e debochados gostam. Continuam manobrando a imensa quantidade de ineptos, isolando e massacrando a minoria que ainda consegue pensar.

Vangloriam-se dos números, das estatísticas. Números que traduzem única e exclusivamente quantidade e não qualidade. Números beneficiados pela razoável (na realidade insustentável) conjuntura mundial recentemente abalada por uma “crise” construída por especuladores e pelo passado de administrações desastrosas (governos que atolaram o país na miséria). O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país continua estacionado, medíocre. Não passa de um índice digno de compaixão. Não houve qualquer melhora significante nos últimos anos. A grande massa continua miserável, fazendo mágica para sobreviver. Continuamos na velha ladainha: ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres. Em todo o país verificamos o caos na saúde, as escolas em péssimas condições, o ensino de baixíssima qualidade, profissionais de diversas áreas sendo explorados com salários infames, mão de obra despreparada e escravizada, habitações e sistemas de transportes desumanos, falta de saneamento básico, violência crescente, empresários e banqueiros (sempre combinados com a classe política) ultimamente se aproveitando de uma falsa crise cada vez mais difícil de ser sustentada pela mídia reacionária a qual transparece querer desestabilizar um governo fraco e já desestabilizado (está ficando cada vez mais feio! Abram os olhos comentaristas, especialistas e jornalistas! Chega de enganação!). Descobriram um caminho fácil para tirar dinheiro dos governos (com a conivência dos governos – vê-se que é um fenômeno mundial, não se restringindo somente ao Brasil) e, consequentemente, explorar cada vez mais o povo (pois o dinheiro é do povo). Nunca antes na história desse país (acho que copiei alguém!), os banqueiros ganharam tanto dinheiro.

O governo, que se apresentava como uma esperança de mudança para uma nação que sofre de crise econômica e social permanente (Isso sim é crise. A crise de não ter dinheiro para comer, para educar os filhos, para ter o mínimo de saúde, etc.), fez o serviço direitinho, agradando os poderosos (como eles mesmos gostam de falar: “fez o dever de casa”. Os professores estão batendo palmas!). Hoje é apresentado como exemplo para o mundo. As nações ricas adulam o “grande estadista”. É um fenômeno mundial. O pagamento da dívida (principal e juros aviltantes) está garantido. Os credores internacionais, os verdadeiros exploradores dos povos subdesenvolvidos e destruidores dos recursos naturais, estão tendo os seus lucros garantidos em detrimento da fome, da miséria, da desigualdade que afligem essas populações! “Consumo” é a palavra do momento. O sistema insustentável tem de ser mantido a todo custo. Enquanto isso, bandidos de todos os tipos continuam soltos, bandidos que causaram a tal “crise”, bandidos que continuam discursando, que continuam sendo votados e exaltados pela grande massa país a fora. Roubo, roubo e mais roubo. O tal programa de aceleração é simplesmente vergonhoso, com muitas obras apresentando irregularidades. De acelerado não tem nada. O governo é tão ruim quanto aqueles que por aqui passaram. Difícil hoje encontrarmos um estado ou município sem irregularidades na administração pública. Escândalos são constantes.

Para aqueles que ainda enxergam e pensam, está servindo para mostrar e confirmar que todos são farinha do mesmo saco. De direita, de centro ou de esquerda, as práticas e os vícios são os mesmos, em todos os níveis da administração. Nada muda. O descaramento é generalizado e vergonhoso. Não existe mais respeito por nada. Valores importantes foram totalmente esquecidos pelos que governam e pela maioria dos que são governados. O país está entregue aos “espertalhões”.

O pior de tudo é que não conseguimos ver uma luz no fim do túnel. Não temos uma nova opção de mudança real. Nada. Todos os que se apresentam são os mesmos. Todos os que ocupam os cargos são os mesmos. Passam a vida se revezando, garantindo a todo o custo o poder e beneficiando os oligarcas da sociedade brasileira (os quais garantem as gigantescas verbas de campanhas – o velho ciclo vicioso). Infelizmente, passei mais de 40 dias na cama tentando recuperar a minha saúde e nada de bom ou novo aconteceu. Enquanto não pararem de roubar e enganar, a nação vai sendo destruída. Adeus florestas, rios, mares, fauna, flora, minerais. Adeus brasileiros. Adeus espécie humana. Só nos resta uma saída: suplicarmos para que PAREM DE ROUBAR!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Árvore do mês - OITI (Licania tomentosa)


Ocorrência – do Piauí ao norte do Espírito Santo e vale do Rio Doce em Minas Gerais
Outros nomes – oiti da praia, guaili, oiti cagão, oiti mirim, oitizeiro
Características – espécie que atinge altura máxima de 15 m , com tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. Copa frondosa e as raízes não são agressivas. As folhas são simples, alternas, elípticas, alongadas, de 7 a 14 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, pilosas em ambos os lados e de cor verde-clara, quando novas, tornado-se glabras, a pilosidade se destaca quando esfregamos a folha. Quando completamente formadas possuem bordas lisas, superfície lisa e brilhante, cor verde-escura e persistente durante o ano todo. As flores são pequenas e brancas, produzidas em inflorescências (cachos) e resultam na formação de grande quantidade de frutos por planta. Os frutos, quando maduros, apresentam coloração amarela. A planta produz grande quantidade de frutos de tamanho médio, polpa fina, forma ovalada, com cerca de 5 cm de comprimento e a maior parte tomada por um grande caroço bem resistente, que é a semente, envolta em massa amarela, pegajosa e fibrosa, aroma agradável e saborosa. Um Kg de sementes contém aproximadamente 84 unidades.
Habitat – floresta pluvial atlântica
Propagação – sementes
Madeira – pesada, dura, resistente, de longa durabilidade.
Utilidade – fornece ótima sombra, devido à sua copa frondosa, sendo por isso perfeita para plantio em praças, jardins, ruas e avenidas, principalmente em regiões litorâneas. Frutos comestíveis, com amêndoas ricas em óleo e muito procurados pela fauna. A madeira é usada para postes, estacas, dormentes e construções civis. Indicada para reflorestamentos mistos de áreas degradadas.
Florescimento – junho a agosto
Frutificação - janeiro a março
(Fonte: Vivaterra)

sábado, 13 de dezembro de 2008

Árvore do mês - GUAPURUVU (Schizolobium parahyba)


Ocorrência – do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul.
Outros nomes – ficheira, tento, guapurubu, bacurubu, guapiruvu, garapivu, guarapuvu, pataqueira, pau de vintém, bacuruva, birosca, bandarra, faveira.
Características – árvore decídua de 10 a 30 m de altura. Tronco sem ramificação, coroa de folhas no ápice, casca lisa, acinzentada, com cicatrizes da queda das folhas, sendo que quando jovem a casca é verde e lisa; o ápice dos ramos têm pêlos glândulosos (pegajosos). Emite ramificações e grande altura para formar a copa, o que lhe confere um porte majestoso. A copa densa, com galhos regulares, forma uma abóboda perfeita. Folhas alternas, compostas bipinadas, com até 1 m de comprimento; folíolos opostos, elípticos, com estípulas que caem com o tempo. Flores amarelas, pilosas, em inflorescências densas. Fruto tipo legume, obovado, coriáceo, pardo-escuro, de 10 a 15 cm de comprimento, com uma semente, forma elíptica, brilhante e muito dura, protegida por endocarpo papiráceo. Perde totalmente suas folhas no inverno e cobre-se de flores amarelas na primavera. Só após a florada é que inicia a brotação de novas folhas. Sementes ovaladas com 10 cm de comprimento, com invólucro alado, facil de se retirar, porém extremamente dura. Outra característica é ser uma árvore de duração conhecida. Sua morte ocorre após cerca de 40 a 50 anos. Antes disto, é muito comum a queda de galhos, porque sua madeira é muito fraca. A dispersão de seus frutos e sementes ocorre pelo vento e, principalmente, pela gravidade. Um Kg de sementes contém aproximadamente 500 unidades.
Habitat - formações florestais do complexo atlântico e nas florestas estacionais semideciduais, capoeiras e roçados, raramente ocorre em áreas sujeiras a inundações.
Propagação – sementes
Madeira – branco-amarelada, com tonalidade róseo-pálida, lisa, leve, macia e de baixa densidade e durabilidade.
Utilidade – madeira usada para confecção de papeis, portas, compensados, embalagens leves, forros, palitos, canoas, brinquedos, etc. Indicada para plantios em áres degradadas devido ao seu rápido crescimento. A espécie é muito ornamental mas, pela quebra fácil da madeira, não é própria para arborização de parques e jardins com grande circulação de pessoas e veículos, nem próxima de benfeitorias. A copa produz uma sombra muito leve, o que permite o plantio da espécie em gramados ou próxima a canteiros sem prejudicar a insolação sobre as outras plantas. Indicada para plantios em áreas degradadas em razão do seu rápido crescimento e restauração de mata ciliar em locais livres de inundação. A casca do tronco tem propriedade terapêutica adstringente, sendo usada na medicina popular. Também pelo fato de possuir muito tanino, é bastante utilizado em curtumes. Suas flores fornecem pólen e néctar, com 29% de açúcar e mel fluído e perfumado. Seus galhos são preferidos para a nidificação do pássaro joão-de-barro.
Florescimento – agosto a dezembro
Frutificação - março a junho
(Fonte: Vivaterra)

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Árvore do mês - CUTIEIRA (Joannesia princeps)


Ocorrência – do estado do Pará até São Paulo
Outros nomes – anda-assu, indaiaçu, boleira, fruta de arara, fruta de cotia, purga de cavalo, puga dos paulistas
Características – espécie decídua de grande porte com 15 a 20 m de altura, casca cinzenta, ramos jovens com pelos. Folhas alternas, digitadas, de 3 a 5 folíolos, ovados a elíptico, glabros, pecíolos de 6 a 15 cm de comprimento. Flores brancas ou arroxeadas, de 2 a 3 mm. Fruto drupáceo, globoso, de até 20 cm de comprimento. A existência dessa árvore, a forma de disseminação de suas sementes é uma verdadeira aula de ecologia, se não, uma verdadeira poesia para quem aprecia os fenômenos que permitem a continuação da vida. A perpetuação da espécie depende de um pequeno roedor que não passa de 4 kg. Esse roedor é a cutia (Dasyprocta agouti) daí o nome popular dado à árvore. É claro que outros animais muito menores que a cutia, promovem a fertilização através da polinização e se isso não acontecesse grande parte dos vegetais não poderiam se reproduzir na natureza, mas o interessante do trabalho da cutia é a engenhosidade da natureza em promover o seu equilíbrio. O fruto é um coquinho e contém em seu interior entre 1 e 3 castanhas, que para os humanos tem forte efeito laxante se ingeridos. Esse fruto cai da árvore e fica no solo até apodrecer ou ser comido por algum animal. Se o coquinho apodrecer, as castanhas também apodrecerão e não serão capazes de germinar. Se o animal que comer o coquinho for uma paca ou um ouriço caixeiro, por exemplo, o coquinho será comido inteiro ou destruído e não haverá nenhuma chance de germinação. Porém, se o animal for uma cutia o destino será diferente. A cutia, com toda a paciência abre o coquinho e come 1 ou 2 sementes e enterra o que não comeu. Dizem que ela enterra o que não comeu para guardar e comer mais tarde, porém ela esquece aonde foi que enterrou as sementes e então, brota a árvore.
Habitat – floresta pluvial atlântica
Propagação – sementes
Madeira – branco-amarelada, mole, leve, textura grosseira e brilho acetinado.
Utilidade – madeira usada na marcenaria, caixotaria e indústria de palitos, obras internas, tabuado em geral, artefatos de madeira, tamancos, forros, brinquedos, canoas, jangada e peças navais, miolo de painéis, de portas e ainda para chapas de partículas. O óleo das sementes possui emprego medicinal como purgante e energético e, industrialmente substitui o óleo de linhaça para pintura. A árvore é útil para sombreamento em pastagens, porém não para arborização de ruas em virtude do tamanho e peso dos frutos, além da facilidade com que o vento pode quebrar seus galhos.
Florescimento – julho a novembro
Frutificação – março a maio
(Fonte: Vivaterra)

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Árvore do mês - SAPUCAIA (Lecythis pisonis)


Ocorrência – do Ceará ao Rio de Janeiro, com predominância nos estados do Espírito Santo e Bahia.
Outros nomes – castanha sapucaia, cumbuca de macaco, sapucaia vermelha (ES), marmita de macaco, caçamba do mato
Características – planta semidecídua com altura de 20 a 30 m com copa densa e ampla, tronco reto, casca espessa, dura e pardo-escura, com fissuras, com 50 a 90 cm de diâmetro. Folhas membranáceas, ovado-oblongas, margem serreada, nervação bem nítida na face superior glabras, parcialmente renovadas na seca. As folhas novas de cor rosa-avermelhada, juntamente com as flores de cor lilás, conferindo à sua copa beleza indescritível. Este espetáculo dura algumas semanas, atingindo o seu auge no final de outubro e passando lentamente para a cor verde normal. Somente árvores adultas (com mais de 8 anos) exibem esta característica. Flores grandes e de coloração branco-arroxeadas, bastante atraentes devido a uma estrutura cobrindo os órgãos reprodutivos. Uma das principais curiosidades desta árvore é a forma de seu fruto, denominada botanicamente "pixídio" e popularmente conhecida como "cumbuca". Trata-se de uma cápsula lenhosa de forma globosa de 2 a 4 kg e até 25 cm de diâmetro, dotada de uma tampa na extremidade oposta ao cabinho de fixação que se descola e cai quando o fruto está maduro para permitir a liberação das sementes. As sementes ou "castanhas" são comestíveis e muito deliciosas. Seu sabor rivaliza com a "castanha-do-pará", contudo não é comercial porque a produção é muito baixa e muito perseguida pelos macacos e outros animais selvagens. Geralmente uma cumbuca média contém 6 a 12 castanhas elípticas, oleaginosas, com 6 cm de comprimento, as quais contém, afixadas em sua base, um arilo branco-amarelado de sabor adocicado e muito procurado pelos morcegos. Estes recolhem as castanhas com o arilo e as levam para árvores de copa densa para saborearem, deixando cair as castanhas após a remoção do arilo, constituindo-se assim nos disseminadores naturais desta espécie. Portanto, o melhor lugar para procurar as castanhas desta árvore não é sob a sua copa, mas sob as árvores próximas de copa densa e escura. O maior consumidor de suas castanhas, contudo, não é o homem, mas sim o macaco-sauá, que faz verdadeiras loucuras para consegui-las. Quando ainda fechadas, os macacos torcem as cumbucas como se fossem arrancá-las para acelerar a maturação. Quando parcialmente abertas, chegam a bater um fruto contra o outro na tentativa de forçar a liberação das castanhas e, segundo a lenda, dificilmente enfiam a mão dentro da cumbuca (pelo menos os mais experientes), porque isto pode prender sua mão ao contraí-la para apanhar as castanhas. Daí a expressão "macaco velho não põe a mão em cumbuca". Geralmente ficam afixadas na árvore mesmo após a queda das castanhas por vários meses. Um kg de sementes contém aproximadamente 180 unidades.
Habitat - Mata Atlântica
Propagação – sementes
Madeira – moderadamente pesada, dura, resistente, de grande durabilidade quando não enterrada.
Utilidade – a madeira era usada principalmente para vigamentos de construções rurais em geral, esteios, postes, estacas, tábuas para assoalhos, pontes, etc. As cumbucas são usadas na zona rural como utensílio para fins diversos, principalmente para vasos de plantas ou como adorno doméstico. As castanhas são comestíveis e muito apreciadas pela fauna.
Florescimento – setembro a outubro
Frutificação – agosto a setembro
Ameaças - sua freqüência natural na floresta nunca foi muito alta e, hoje, já pode ser considerada rara no habitat. Isto se deve a pequena produção de sementes e a intensa perseguição dos macacos que consomem avidamente suas castanhas.
(Fonte: Vivaterra)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Árvore do mês - JACARANDÁ (Dalbergia nigra)


Ocorrência – do sul da Bahia até São Paulo
Outros nomes - jacarandá da bahia, jacarandá preto, caviúna, cabiúna, cabiúna rajada, cabiúna do mato, graúna, caviúno, jacarandá cabiúna, jacarandá caviúna, jacarandá una, pau preto, jacarandazinho.
Características – espécie decídua, com 12 a 25 m de altura. Tronco com 40 a 80 cm de diâmetro, casca fina, pardo-acinzentada, que se descama em placas longitudinais, aparecendo a madeira avermelhada-escura. Folhas compostas, imparipinadas, folíolos oblongos, pilosos quando novos e depois tornam-se glabros. Flores pequenas, violáceas e perfumadas. Fruto sâmara, oblongo, com pedicelo longo, glabro, com venação reticulada, indeiscente, com sementes achatadas, negras e lisas. Um kg de frutos (vagens) contém até 10.000 unidades.
Habitat - formações florestais do complexo atlântico
Propagação – sementes
Madeira – madeira de coloração parda-escura-arroxeada com listras pretas, superfície lisa ao tato, irregularmente lustrosa, pesada, dura, resistente e de longa durabilidade em ambiente natural.
Utilidade – madeira muito usada no passado, na confecção de móveis de luxo, objetos decorativos e instrumentos musicais. Foi a mais valiosa das madeiras nacionais, mundialmente conhecida na fabricação de pianos, estando hoje quase extinta devido a exploração sem limites. Pela sua raridade é utilizada atualmente no paisagismo.
Florescimento – setembro a novembro
Frutificação – agosto a setembro
(Fonte: Vivaterra)

domingo, 27 de julho de 2008

Árvore do mês - IPÊ AMARELO (Tabebuia vellosoi)



Ocorrência – Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.
Outros nomes – ipê tab
aco, cavatã, ipê cascudo, ipê preto, ipê uma, pau d'arco, ipê amarelo de casca lisa, ipê comum, piúva, quiarapaíba.
Características – árvore que pode chegar a 25 m de altura. Tronco de 40 a 70 cm de diâmetro. Casca externa rugosa, pardacenta, grossa, fendida quando velha. Folhas palmadas, membranáceas ou cariáceas, 3 a 5 folioladas. Folíolos pusbescente-estrelados na face superior e densamente flocoso na face inferior, de 8 a 16 cm de comprimento
por 3 a 6 cm de largura. Flores amarelo-ouro, grandes, reunidas em panícula terminal, multiflora. Na floração, o ipê amarelo perde suas folhas, resultando num belíssimo espetáculo de intensa cor amarela, onde ramos e galhos praticamente desaparecem. Quanto mais frio e seco o clima, mais intensa a florada, transformando o inverno em pré-estréia da primavera. Fruto cápsula linear-cilíndrica, coriácea, densamente pubescente. Sementes aladas, membranáceas, hialinas. Em 1961, Jânio Quadros declara a flor do ipê-amarelo “flor nacional”. Então, veja só: a árvore símbolo deste país chamado Brasil não é o pau-brasil, mas o ipê.
Habitat – floresta pluvial
Propagação – sementes
Madeira – pesada, muito dura, de grande durabilidade mesmo em condições adversas. É imune à maioria das pragas e às inundações.
Utilidade – melífera, suas flores atraem inúmeras espécies de abelhas. A madeira é ótima par usos externos, como vigas de pontes, postes e moirões, tacos de assoalhos, para confecção de artefatos torneados, bengalas, carrocerias, tonéis e construção naval. A árvore é extremamente ornamental, muito florífera e reconhecida como a "árvore símbolo do país" através de decreto federal. É ótima para o paisagismo em geral, porém é a menos cultivada dentre as outras espécies de ipê. Pela característica de porte elevado, esta espécie é mais apropriada arborização de parques e praças. A casca é adstringente, por isso utilizada no tratamento da sífilis.
Florescimento – julho a setembro
Frutificação – outubro a novembro

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Árvore do mês - PAU BRASIL (Caesalpinia echinata)


Ocorrência – do Ceará ao Rio de Janeiro. Atualmente sua presença pode ser notada apenas nos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Outros nomes -
ibirapitanga, orabutã, arabutá, brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, pau-rosado, pau-pernambuco.

Características – espécie semidecídua com 8 a 12 m de altura. Consta ter existido no passado exemplares de até 30 m de altura e diâmetro de 50-70 cm. Um exemplar antigo cultivado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro possui 25 m de altura e 60 cm de diâmetro. Seus ramos terminais, folhas e frutos são providos de pequenos espinhos. Folhas compostas duplamente pinadas (bipinadas) com 5 a 6 pares de pinas, cada uma com 6 a 10 pares de folíolos, com 1 a 2 cm de comprimento. Seu tronco é áspero e descamante através de placas de forma irregular, deixando mostrar por baixo uma superfície vermelho-alaranjada que contrasta com o restante da casca de cor cinza. Flores muito perfumadas, de cor amarela, que permanecem na planta por menos de uma semana. Frutos são vagens totalmente recobertas por espinhos que se formam logo após a floração e amadurecem deixando cair espontaneamente as sementes em menos de 50 dias. Um kg de sementes de pau brasil contém aproximadamente 3.600 unidades.
Habitat - floresta pluvial atlântica
Propagação – sementes
Madeira – muito dura, pesada, compacta, de grande resistência mecânica e praticamente incorruptível.
Utilidade – nos tempos coloniais a madeira era muito utilizada na construção civil e naval e para trabalhos de torno, pela coloração vermelho-laranja-vivo. Era também exportada em grande quantidade para extração de um princípio colorante denominado "brasileína" muito usado para tingir tecidos e fabricar tintas de escrever, representando a primeira grande atividade econômica do país. Sua exploração intensa gerou muitas riquezas para o reino e caracterizou um período econômico de nossa história, que estimulou a adoção do nome "Brasil" ao nosso país. Sua madeira, já muito escassa, é empregada atualmente apenas para a confecção de arcos de violino, sendo exportada para vários países exclusivamente para este fim. A árvore, de qualidades ornamentais notáveis e de grande importância histórica para o país, é amplamente cultivada em todo o país com fins paisagísticos.
Florescimento –
setembro a outubro
Frutificação – novembro a janeiro
Fonte: Vivaterra