segunda-feira, 9 de março de 2009

Política e Meio ambiente - A destruição do país continua a passos largos


Sem postar desde 19 de janeiro por motivo de saúde, finalmente estou de volta. Nesse tempo afastado, constato mais uma vez que eles continuaram e continuam a discutir, a procurar definir quem é ambientalista, quem é ruralista. Continuam discursando, lançando “projetos” que não saem do papel, preocupados em ocupar cada vez mais espaço nos meios de comunicação, na tentativa de garantir seus cargos e ludibriando o povo. Enquanto discutem e fazem politicagem, os recursos naturais do país vão sendo dilapidados. Enquanto articulam manobras no Congresso para ocuparem presidências, mesas diretoras e comissões, garantindo-os poder e benesses, a bandidagem toma conta do país. A roubalheira é generalizada. No Executivo Federal, no Judiciário, no Legislativo, nas Assembléias e Governos Estaduais, nas Câmaras e Prefeituras, nas polícias, os bandidos vêm dominando. Há muito tempo estamos sendo governados por bandidos. Basta ver o que se divulga pelos meios de comunicação diariamente. Na realidade, nenhuma novidade. A política, que deveria ser exercida e representada por pessoas preparadas, nos últimos tempos se transformou em abrigo para marginais e despreparados. Os poucos que restaram com instrução, capacidade de raciocinar, algum preparo e eloquência, na sua maioria atua para defender interesses próprios e muitas vezes escusos. Os realmente sérios podem ser contados nos dedos, sendo tão raros quanto o mico leão dourado. Quem não deu certo em outras áreas, opta pela vida pública. Aliás, está sendo cada vez mais difícil o sucesso em outras áreas. As escolas e faculdades não conseguem mais formar nossos jovens. Tornaram-se fábricas de ignorantes, alienados, despreparados que mal sabem ler e escrever (como é que vão saber votar? Fica difícil cobrar alguma coisa desse pessoal). Muitas parecem botecos e até verdadeiros shoppings. O estudante passa mais tempo fora da sala de aula bebendo, batendo papo, se drogando, do que aprendendo. Outras, ninguém acredita que se trata de uma escola (foto). Está difícil aprender alguma coisa nesse país. Enquanto a bandidagem, a corrupção, as falcatruas, a ganância se espalham como pragas pelos corredores dos poderes e do setor privado (não podemos nos esquecer dessa fatia da sociedade representada pelos poucos abastados, tradicionais exploradores da massa trabalhadora e destruidores das riquezas naturais do país. A elite conservadora fantasiada de progressista, desenvolvimentista, sempre mancomunada com os representantes mais perversos da classe política), a nação vai se exaurindo, nas barbas de um povo apático, enfraquecido, manipulado, muitas vezes parecendo complacente com tudo isso. Um povo que ainda garante a permanência de bandidos nos diversos níveis de governo do país. Nessa situação, vale aquele velho ditado: “Em terra de cego quem tem um olho é rei”. Continua tudo da mesma forma, como esses cínicos e debochados gostam. Continuam manobrando a imensa quantidade de ineptos, isolando e massacrando a minoria que ainda consegue pensar.

Vangloriam-se dos números, das estatísticas. Números que traduzem única e exclusivamente quantidade e não qualidade. Números beneficiados pela razoável (na realidade insustentável) conjuntura mundial recentemente abalada por uma “crise” construída por especuladores e pelo passado de administrações desastrosas (governos que atolaram o país na miséria). O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país continua estacionado, medíocre. Não passa de um índice digno de compaixão. Não houve qualquer melhora significante nos últimos anos. A grande massa continua miserável, fazendo mágica para sobreviver. Continuamos na velha ladainha: ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres. Em todo o país verificamos o caos na saúde, as escolas em péssimas condições, o ensino de baixíssima qualidade, profissionais de diversas áreas sendo explorados com salários infames, mão de obra despreparada e escravizada, habitações e sistemas de transportes desumanos, falta de saneamento básico, violência crescente, empresários e banqueiros (sempre combinados com a classe política) ultimamente se aproveitando de uma falsa crise cada vez mais difícil de ser sustentada pela mídia reacionária a qual transparece querer desestabilizar um governo fraco e já desestabilizado (está ficando cada vez mais feio! Abram os olhos comentaristas, especialistas e jornalistas! Chega de enganação!). Descobriram um caminho fácil para tirar dinheiro dos governos (com a conivência dos governos – vê-se que é um fenômeno mundial, não se restringindo somente ao Brasil) e, consequentemente, explorar cada vez mais o povo (pois o dinheiro é do povo). Nunca antes na história desse país (acho que copiei alguém!), os banqueiros ganharam tanto dinheiro.

O governo, que se apresentava como uma esperança de mudança para uma nação que sofre de crise econômica e social permanente (Isso sim é crise. A crise de não ter dinheiro para comer, para educar os filhos, para ter o mínimo de saúde, etc.), fez o serviço direitinho, agradando os poderosos (como eles mesmos gostam de falar: “fez o dever de casa”. Os professores estão batendo palmas!). Hoje é apresentado como exemplo para o mundo. As nações ricas adulam o “grande estadista”. É um fenômeno mundial. O pagamento da dívida (principal e juros aviltantes) está garantido. Os credores internacionais, os verdadeiros exploradores dos povos subdesenvolvidos e destruidores dos recursos naturais, estão tendo os seus lucros garantidos em detrimento da fome, da miséria, da desigualdade que afligem essas populações! “Consumo” é a palavra do momento. O sistema insustentável tem de ser mantido a todo custo. Enquanto isso, bandidos de todos os tipos continuam soltos, bandidos que causaram a tal “crise”, bandidos que continuam discursando, que continuam sendo votados e exaltados pela grande massa país a fora. Roubo, roubo e mais roubo. O tal programa de aceleração é simplesmente vergonhoso, com muitas obras apresentando irregularidades. De acelerado não tem nada. O governo é tão ruim quanto aqueles que por aqui passaram. Difícil hoje encontrarmos um estado ou município sem irregularidades na administração pública. Escândalos são constantes.

Para aqueles que ainda enxergam e pensam, está servindo para mostrar e confirmar que todos são farinha do mesmo saco. De direita, de centro ou de esquerda, as práticas e os vícios são os mesmos, em todos os níveis da administração. Nada muda. O descaramento é generalizado e vergonhoso. Não existe mais respeito por nada. Valores importantes foram totalmente esquecidos pelos que governam e pela maioria dos que são governados. O país está entregue aos “espertalhões”.

O pior de tudo é que não conseguimos ver uma luz no fim do túnel. Não temos uma nova opção de mudança real. Nada. Todos os que se apresentam são os mesmos. Todos os que ocupam os cargos são os mesmos. Passam a vida se revezando, garantindo a todo o custo o poder e beneficiando os oligarcas da sociedade brasileira (os quais garantem as gigantescas verbas de campanhas – o velho ciclo vicioso). Infelizmente, passei mais de 40 dias na cama tentando recuperar a minha saúde e nada de bom ou novo aconteceu. Enquanto não pararem de roubar e enganar, a nação vai sendo destruída. Adeus florestas, rios, mares, fauna, flora, minerais. Adeus brasileiros. Adeus espécie humana. Só nos resta uma saída: suplicarmos para que PAREM DE ROUBAR!