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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nuclear - Usina Angra 3 é retomada sem nova licitação


Com o canteiro de obras paralisado desde 1986 (23 anos), as obras da Usina Angra 3 serão retomadas sem que nenhuma licitação fosse aberta. A concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi renovada.

A falta de recursos públicos fez com que a construção tivesse de ser suspensa em 1986. Hoje, porém, a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e estima-se que seu custo tenha saltado de US$ 1,8 bilhão para cerca de US$ 3,3 bilhões. A alta se deve à variação cambial, segundo a Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobrás, responsável por operar e construir as usinas termonucleares no país. O canteiro de obras de Angra 3 foi preservado ao custo de US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo à construtora. Nesta próxima semana, serão feitas a escavação e a preparação de edificações de apoio à obra.

Segundo a empresa, o governo brasileiro tem a obrigação legal de cumprir todos os acordos fechados para construir Angra 3, ainda que eles tenham sido assinados 26 anos atrás e estejam paralisados há décadas. Já a Andrade Gutierrez, que está entre os maiores doadores do PT, nega favorecimento, afirmando que o contrato é legal e que ao longo desse período, manteve suas instalações em funcionamento e atualizadas. A construtora Camargo Corrêa, uma das que tentaram reverter a decisão do governo, não quis comentar o assunto.

Canteiro de obras de Angra 3

Os equipamentos de instrumentação e controle serão fornecidos pela fabricante Areva, que herdou o acordo original da alemã Siemens KWU. A Areva é uma fusão da empresa alemã com a francesa Framatome.

No ano passado, o Tribunal de Contas da União não impediu as revalidações, mas fez ressalvas, destacando que Angra 3 apresentava indícios de irregularidade grave, que não recomendariam, todavia, a paralisação do empreendimento.

Angra 3 é a terceira usina nuclear brasileira e terá potência de 1,35 mil megawatts. Cerca de 60% do material necessário para a construção da usina foi adquirido junto com a compra dos materiais de Angra 2. Os equipamentos já comprados equivalem a US$ 750 milhões.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Licenciamento ambiental - MP que acaba com licença ambiental prévia para rodovias é aprovada na Câmara


Lula reclamou da burocracia na execução de obras e a Câmara aprovou na noite desta terça um afrouxamento das regras de licenciamento ambiental para intervenções de reparo, melhoria e duplicação em rodovias federais, inclusive as que cortam a Amazônia. Com o aval da Casa Civil e resistências do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a mudança foi incluída na medida provisória 452, que originalmente tratava apenas do Fundo Soberano e de ações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

O objetivo é fazer andar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Até o fim de 2010, o PAC prevê a modernização, a pavimentação e a duplicação de quase duas dezenas de estradas, ao custo de mais de R$ 8 bilhões (em investimentos públicos e privados). Entre as rodovias beneficiadas estão a BR-101, no Nordeste e no Sul, a BR-163, que liga Pará a Mato Grosso, e a BR-319, de Manaus a Porto Velho.

Com a emenda do relator, José Guimarães (PT-CE), a Licença Prévia não é mais necessária, desde que essas obras sejam feitas nas faixas de domínio fixadas no Plano Nacional de Viação. A faixa de domínio é a área destinada à construção da estrada, que sempre tem uma margem de segurança. Quando há obras de duplicação, por exemplo, utiliza-se parte dessa margem. Hoje, mesmo para uma obra de recuperação, é preciso Licença Prévia de órgãos ambientais.

Apesar das críticas da oposição e do PV, a Câmara aprovou a MP, e os governistas derrubaram dois destaques sobre o licenciamento. Ficou para esta quarta a votação de um último destaque sem relação com esses itens. Após concluída a votação, a MP 452 vai para o Senado.

Além de suspender a licença prévia, o relator também fixou em 60 dias o prazo máximo para que o Ministério do Meio Ambiente conceda a Licença de Instalação, que permite o início efetivo das obras. Diante da pressão de ambientalistas, a única concessão do relator foi incluir no texto que, se em 60 dias a licença não sair, as obras podem ser iniciadas, mas com condicionantes.

O Ministro Carlos Minc foi à Câmara se queixar e tentar alterar o texto, mas não obteve sucesso. Minc tentou até o último momento, mudar a Medida Provisória 452, antes que fosse apreciada na Câmara. Em reunião com os líderes do governo na Casa, Minc informou ter sido alertado de manhã pelo ministro Antônio Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, se a MP fosse aprovada pelo Congresso, seria derrubada na Justiça, por ser inconstitucional. O ministro deixou o Congresso com a promessa de que o texto será modificado no Senado.

Minc afirmou que, semana passada, participou de reunião com o presidente Lula e os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Dilma Rousseff (Casa Civil) sobre estradas e ferrovias, quando ficou constatado que, em 95% dos casos, não há atraso nas obras causado por questões ambientais.

A oposição criticou. Para o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) rasgaram a lei ambiental.

Como as coisas andam, dá pra desconfiar até em mero jogo de cena. A sorte desse governo que, infelizmente, eu ajudei a eleger, é que essa oposição nunca foi oposição. Aliás, eles nunca fizeram oposição a nada, por isso não sabem fazer oposição agora nem nunca saberão. Todos foram pelegos da ditadura militar. Vivem que nem baratas tontas, indignados, transtornados por não continuarem no poder, mamando nas tetas do governo como sempre fizeram. E o cara, o "babilaca", vai fazendo o que bem entende.