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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nuclear - Usina Angra 3 é retomada sem nova licitação


Com o canteiro de obras paralisado desde 1986 (23 anos), as obras da Usina Angra 3 serão retomadas sem que nenhuma licitação fosse aberta. A concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez em 1983, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi renovada.

A falta de recursos públicos fez com que a construção tivesse de ser suspensa em 1986. Hoje, porém, a obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e estima-se que seu custo tenha saltado de US$ 1,8 bilhão para cerca de US$ 3,3 bilhões. A alta se deve à variação cambial, segundo a Eletronuclear, estatal subsidiária da Eletrobrás, responsável por operar e construir as usinas termonucleares no país. O canteiro de obras de Angra 3 foi preservado ao custo de US$ 20 milhões por ano, pagos pelo governo à construtora. Nesta próxima semana, serão feitas a escavação e a preparação de edificações de apoio à obra.

Segundo a empresa, o governo brasileiro tem a obrigação legal de cumprir todos os acordos fechados para construir Angra 3, ainda que eles tenham sido assinados 26 anos atrás e estejam paralisados há décadas. Já a Andrade Gutierrez, que está entre os maiores doadores do PT, nega favorecimento, afirmando que o contrato é legal e que ao longo desse período, manteve suas instalações em funcionamento e atualizadas. A construtora Camargo Corrêa, uma das que tentaram reverter a decisão do governo, não quis comentar o assunto.

Canteiro de obras de Angra 3

Os equipamentos de instrumentação e controle serão fornecidos pela fabricante Areva, que herdou o acordo original da alemã Siemens KWU. A Areva é uma fusão da empresa alemã com a francesa Framatome.

No ano passado, o Tribunal de Contas da União não impediu as revalidações, mas fez ressalvas, destacando que Angra 3 apresentava indícios de irregularidade grave, que não recomendariam, todavia, a paralisação do empreendimento.

Angra 3 é a terceira usina nuclear brasileira e terá potência de 1,35 mil megawatts. Cerca de 60% do material necessário para a construção da usina foi adquirido junto com a compra dos materiais de Angra 2. Os equipamentos já comprados equivalem a US$ 750 milhões.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Licenciamento ambiental - MP que acaba com licença ambiental prévia para rodovias é aprovada na Câmara


Lula reclamou da burocracia na execução de obras e a Câmara aprovou na noite desta terça um afrouxamento das regras de licenciamento ambiental para intervenções de reparo, melhoria e duplicação em rodovias federais, inclusive as que cortam a Amazônia. Com o aval da Casa Civil e resistências do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a mudança foi incluída na medida provisória 452, que originalmente tratava apenas do Fundo Soberano e de ações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

O objetivo é fazer andar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Até o fim de 2010, o PAC prevê a modernização, a pavimentação e a duplicação de quase duas dezenas de estradas, ao custo de mais de R$ 8 bilhões (em investimentos públicos e privados). Entre as rodovias beneficiadas estão a BR-101, no Nordeste e no Sul, a BR-163, que liga Pará a Mato Grosso, e a BR-319, de Manaus a Porto Velho.

Com a emenda do relator, José Guimarães (PT-CE), a Licença Prévia não é mais necessária, desde que essas obras sejam feitas nas faixas de domínio fixadas no Plano Nacional de Viação. A faixa de domínio é a área destinada à construção da estrada, que sempre tem uma margem de segurança. Quando há obras de duplicação, por exemplo, utiliza-se parte dessa margem. Hoje, mesmo para uma obra de recuperação, é preciso Licença Prévia de órgãos ambientais.

Apesar das críticas da oposição e do PV, a Câmara aprovou a MP, e os governistas derrubaram dois destaques sobre o licenciamento. Ficou para esta quarta a votação de um último destaque sem relação com esses itens. Após concluída a votação, a MP 452 vai para o Senado.

Além de suspender a licença prévia, o relator também fixou em 60 dias o prazo máximo para que o Ministério do Meio Ambiente conceda a Licença de Instalação, que permite o início efetivo das obras. Diante da pressão de ambientalistas, a única concessão do relator foi incluir no texto que, se em 60 dias a licença não sair, as obras podem ser iniciadas, mas com condicionantes.

O Ministro Carlos Minc foi à Câmara se queixar e tentar alterar o texto, mas não obteve sucesso. Minc tentou até o último momento, mudar a Medida Provisória 452, antes que fosse apreciada na Câmara. Em reunião com os líderes do governo na Casa, Minc informou ter sido alertado de manhã pelo ministro Antônio Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, se a MP fosse aprovada pelo Congresso, seria derrubada na Justiça, por ser inconstitucional. O ministro deixou o Congresso com a promessa de que o texto será modificado no Senado.

Minc afirmou que, semana passada, participou de reunião com o presidente Lula e os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Dilma Rousseff (Casa Civil) sobre estradas e ferrovias, quando ficou constatado que, em 95% dos casos, não há atraso nas obras causado por questões ambientais.

A oposição criticou. Para o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) rasgaram a lei ambiental.

Como as coisas andam, dá pra desconfiar até em mero jogo de cena. A sorte desse governo que, infelizmente, eu ajudei a eleger, é que essa oposição nunca foi oposição. Aliás, eles nunca fizeram oposição a nada, por isso não sabem fazer oposição agora nem nunca saberão. Todos foram pelegos da ditadura militar. Vivem que nem baratas tontas, indignados, transtornados por não continuarem no poder, mamando nas tetas do governo como sempre fizeram. E o cara, o "babilaca", vai fazendo o que bem entende.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Política - Pedro Porfírio falou

Brizola como biombo para o nosso muro da vergonha

Essa punição aos favelados acontece de forma tão requintada que conta com o amém dos herdeiros necessários e legatários do brizolismo, bem como das marcas de passado esquerdista, como PT, PC do B e PSB.

"No jogo sujo das mesquinhas disputas pelos podres poderes nada é o que parece. A divulgação de uma notícia requentada, independente do pretexto, visa outros alvos, quase sempre camuflados.

Inserida com a sutileza própria das técnicas mais sofisticadas da ciência da hipocrisia, essa informação plantada não encontra óbices para corporificar-se, espargir-se e contaminar o inconsciente coletivo. Isto por conta do enraizado predomínio da mediocridade, lençol da caudal de corrupção, roubalheiras e desvios de conduta determinantes do comportamento de uma sociedade entre confusa e degenerada.

Se é verdade que todo o agrupamento humano patina num pântano pré-falimentar, é mais certo que aqui neste país de falsos mocinhos o desenlace já acomete o organismo social atacado por uma incurável septicemia moral.

O vale tudo se faz norma pétrea e embasa as obscenas gangues de emergentes deslumbrados. A crônica dos nossos dias é a da extinção do escrúpulo e da decência. De tal insuficiência moral é o som ambiente que a própria exceção tem vergonha de mostrar-se.

A última safra do espírito público evaporou-se antes de florir. Não há mais referência respeitável. Com o mínimo de sem cerimônia, qualquer um empalma o poder e, a partir dele, sem qualquer mérito ou talento, assume a batuta, manipula as sensibilidades e produz a cortina de fumaça para encobrir o móvel dos seus crimes.

Os conflitos são eivados de baixeza pela absoluta predominância de ambições pessoais movidas a indignidades. Como o instinto crítico cedeu ao domínio midiático não é difícil mercadejarem gatos por lebres.

Ao disparo das aleivosias contra alguém, não faltará um canastrão empavonado para encenar um gesto de suposta contestação dentro script preparado para o consumo dos desavisados. O falso espadachim pode ser um herdeiro, um descendente, um legatário: pode ser e geralmente é.

É provável que sua réplica ganhe o relevo de verossimilhança e convença meia dúzia de abestados. Estabelece-se então a farsa bufa com os ingredientes da mentira e do cinismo. Ao suposto oponente interessa essa pose, com a qual sacia iludidos e bajuladores.

Enquanto os brincalhões exploram os conflitos cosméticos de superfície, cingindo-se às aparências salientes, o autor da pantomima comemora e faz a festa.

Como na terra de cego quem tem um olho é rei e como, em meio ao entorpecimento em escala, os mais rápidos no gatilho perderam todo recato, para vale o escrito para todos os efeitos.

O silêncio das prebendas

Faço todo esse preâmbulo fatigante para acentuar o amálgama que liga as matérias requentadas e repisadas pelo jornal O GLOBO expondo o governo de Leonel Brizola à decisão da dupla Cabral/Eduardo Paes de levantar muralhas para ce rcar favelas da Zona Sul do Rio de Janeiro, sob pretextos preservativos, que oferecem a uma população amedrontada a falsa idéia de que algo estão fazendo para garantir-lhe a sensação de segurança e autoridade.


E se o submeti a tal prefácio tão presunçoso é porque me vejo no limiar da síncope intelectual. A farsa me parece tão visível e palpável que já não sei de que valem minhas palavras. A sensação é de um grande espetáculo em que as arquibancadas urram numa torcida sem causa e sem bandeira, indiferente à possibilidade do circo pegar fogo.

É mais patética ainda: até os bons, os de boa fé, enveredam pelos descaminhos da falsa controvérsia. E caem inocentes na mesma armadilha do conflito engendrado de escopo diversionista.

No caso das reportagens do GLOBO, reveladoras do arbitrário patrulhamento que os bolsões recalcitrantes da ditadura exerciam sobre um governador eleito, minha primeira leitura foi totalmente diferente. Elas reproduzem apócrifos papeluchos oriundos daqueles supostos pós-idos, mostrando que os fanáticos da intolerância jamais engoliram Brizola, preocupação que não está documentada em relação ao metalúrgico que hoje cumpre com festejado desempenho o papel de O CARA do sistema, como a emenda que saiu melhor do que o soneto.

É isso que os herdeiros necessários e os bastardos não admitem comentar, porque a esta altura dos acontecimentos estão todos comprometidos até a medula com a farsa, interessados tão somente na meia dúzia de sinecuras e nas carteirinhas que lhes garantem algumas raspas na farta e continuada pilhagem do erário.

Na engenharia social do governador, dado a viagens e alucinações de toda espécie, primeiro caíram os muros da decência e da dignidade. Todos os próceres desta província, ínfimas exceções à parte, curvaram-se à impostura que faz o velho caudilho remover-se a sete palmos.

Uma penca de prebendas imobilizou os sucedâneos dos sonhadores e fez deles sicários despudorados de uma legenda inconformista. Atingido pela deserção fisiológica, o velho idealista que se expôs na busca da justiça e da soberania nacional tornou-se jurássico. Hoje, está claro: mesmo os de sua cepa abominam tudo o que não ofereça vantagem à primeira vista, numa acintosa agressão ao finado.

Só para humilhar

Daí os empolados deste novo século não estão nem aí para o exercício das antigas lições. Sérgio Cabral vive nas nuvens, não vai ao trabalho, não governa, mas reina. Sob seu império, a contravenção e o suborno praticado por concessionários, de que acusam Brizola, nunca foram tão ostensivos.

Mau das pernas pela concorrência lotérica e recorrendo a derivativos da pesada, os bicheiros estão aí, à luz do dia, desmoralizando Deus e o mundo, sem serem incomodados pela mesma redação que viu conivência criminosa no tempo de Brizola.

Provavelmente a contravenção de hoje aumentou seu gibi, garantindo a omissão de todas autoridades pagas para reprimir a ilegalidade. Não há moral mínima em acusar governos pretéritos pelo que hoje se faz sem constrangimento de espécie alguma.

E mais: todo mundo sabe das propinas locais, distribuídas mensalmente em todos os poderes, mas ninguém dá um pio. Ou por medo, ou por falta de provas, ou por secretos desejos, ou por já estarem na partilha ou por acharem ser da natureza dos ofícios preferem o silêncio obsequioso.

Essas muralhas de alvenaria construídas em onze comunidades da Zona Sul são dinheiro jogado fora, a menos que haja rubrica no orçamento para a humilhação dos pobres. Pois é de todo sabido que atravessá-las por uma fenda é questão de algumas marretadas e alguns minutos.

O amém das esquerdas

Pegaram R$ 40 milhões para inibir expansões populacionais insignificantes, nos morros litorâneos, mais visíveis aos olhos da elite, e esqueceram a expansão real, comandada por milícias que desfrutam do estatuto da intocabilidade pelas públicas alianças que municiaram votos para os mocinhos do chamado choque da ordem.

Os números falam mais alto. A julgar pelo informe do Instituto Pereira Passos, órgão oficial da Prefeitura, os 11 mil metros de muralhas terão o condão de chover no molhado. Nas favelas criminalizadas, se há, a expansão é vertical. Já na Zona Oeste das milícias o avanço de 11,5% ao ano terá o beneplácito da vista grossa.


São muros erguidos para a platéia, a que saciam com a entronização da doutrina dos guetos murados como política de governo, com a chancela de um deputado petista na Secretaria de Habitação.

Vai daí que as reportagens que responsabilizam Brizola pelo crescimento das favelas no Rio e, por indução, no resto do país, servem para reforçar os desejos de uma classe dominante insone pelo sentimento de culpa. Essa punição aos favelados acontece de forma tão requintada que conta com o amém dos herdeiros necessários e legatários do brizolismo, bem como das marcas de passado esquerdista, como PT, PC do B e PSB.

De onde alvejam também outro coelho: os brizolistas e os esquerdistas que foram seduzidos pelas sinecuras dos podres poderes locais estão sendo pegos com as calças na mão pelo lastro que oferecem aos que hoje se dedicam à peremptória criminalização da ralé majoritária.

Talvez pela associação tão insustentável e inconveniente, vão acabar prestando serviço à história. Como sempre digo, um dia a casa cai. E todos os farsantes poderão ter o castigo da mesma vala, tenham sobrenome ou sejam apenas insolentes espertos de olhos maiores do que a barriga.

Pedro Porfírio.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Política – Vamos à bandalheira de hoje!


Mais denúncias de funcionários fantasmas no Senado vieram à tona esta semana. Dois senadores teriam assessores que não trabalham na Casa.

É o caso de Amélia Pizato, sogra de um assessor do senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Amélia é lotada no gabinete de Renan e, segundo vizinhos, ela não trabalha fora de casa.


Já no caso de Mirocelis Barbosa da Silva, que é lotado no gabinete de Adelmir Santana (DEM-DF), comprovou-se que ele presta serviço no escritório político do atual vice-governador do Distrito Federal e ex-senador Paulo Octávio (DEM). Mirocelis foi nomeado em 2003 para o gabinete de Paulo Octávio, que renunciou ao cargo quando se elegeu vice. Mirocelis acompanha o vice-governador para todos os lados. Imagens obtidas pela TV Globo mostram ele e Paulo Octávio na festa de aniversário de um pastor. Em conversa telefônica gravada, ele confirma que trabalha com o vice.

“Eu faço trabalho político com os parlamentares ‘evangélico’ e representando o Paulo Octávio em eventos ‘evangélico’ que ele não pode ir”, disse (Que desenvoltura e que português maravilhoso!). Pessoalmente, ele tentou desmentir o que havia dito. “Eu? Eu venho aqui (no Senado), sempre eu ‘tô’ aqui, principalmente terça, quarta e quinta”, afirmou. O vice-governador disse que Mirocelis trabalha para o senador Santana.

Apesar de todas as denúncias, Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro secretário da Casa, disse que não trata dessas questões e que cada senador é responsável pelo seu gabinete.
Mas para conter o vazamento de informações sobre supostas irregularidades, eles são rápidos para tomar providências. Por conta de um vazamento, mais um diretor perdeu o cargo: Carlos Muniz, da Secretaria de Telecomunicações. Ele tinha acesso a informações sigilosas de senadores.

A direção da Casa também vai abrir sindicância para apurar quem vazou informações sobre o senador Tião Viana (PT-AC). A conta do celular que ele emprestou para a filha viajar teria custado R$ 14.700.

Provavelmente, isso de contratar funcionário fantasma deve ser normal no Congresso, não sendo assunto para preocupar os já muito atarefados políticos brasileiros. Eles estão mais preocupados em camuflar suas maracutaias, suas falcatruas. Enquanto eles enchem os seus bolsos de dinheiro do povo, esse mesmo povo recebe péssimos serviços de saúde, educação, transportes, saneamento, segurança, quando recebem.

Vamos ver qual será a bandalheira de amanhã.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Política - A bandalheira continua rolando


Está nos principais jornais do país hoje: Mais um deputado paga doméstica com verba da Câmara. O Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) pagou com dinheiro da Câmara a empregada doméstica Maria Helena de Jesus nos últimos dois anos e meio. Maria Helena recebia um salário de R$ 1.608,10 como secretária parlamentar, mas prestava serviços no apartamento de Jardim no bloco A da Quadra 311 sul em Brasília.

No último dia 3 de março, Maria Helena de Jesus ajudou a organizar um jantar de lançamento da Frente Parlamentar Anticorrupção no apartamento do deputado. A frente surgiu como uma tentativa de resposta às acusações lançadas pelo Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) em entrevista à imprensa. Jardim disse que não vê conflito ético no fato de a empregada ser paga com dinheiro público. O único problema existente, segundo ele, é do ponto de vista regimental. Em seu entendimento, o cargo podia ser usado como apoio ao mandato parlamentar. O deputado declarou que a empregada presta esporadicamente serviços em seu gabinete, servindo café. Jardim afirmou que fez um acordo com Maria Helena e a saída dela do cargo será oficializada na próxima semana.

Há uns dias atrás, outra doméstica que recebia como funcionária do gabinete do deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF) foi exonerada. Lembra desse? Aquele que fazia de tudo para aparecer na televisão durante a CPI dos Correios e tantas outras. Hoje Secretário de Transportes do Distrito Federal e Deputado Federal licenciado, Alberto Fraga (DEM-DF), pagava como secretária de seu gabinete Izolda da Silva Lima, que trabalhava em sua nababesca residência como empregada doméstica. Quando a bom ba explodiu, Fraga solicitou ao seu suplente, o Deputado Osório Adriano (DEM-DF), que exonerasse a secretária parlamentar. Segundo ele, a decisão foi tomada após tomar conhecimento do ato da Mesa Diretora da Câmara de 1997 que diz que os cargos de comissão de secretário parlamentar são para prestação de serviço direto e exclusivo dos gabinetes. Assim que tomou conhecimento deste ato entrou em contato com o Deputado Osório Adriano, afirmando que em sua vida pública sempre cumpriu a lei e continuará cumprindo e que Izolda nunca trabalhou em sua residência como doméstica. Quanta inocência!!!

Outra farra recente foi a que promoveu o Senador Tião Viana (PT-AC), que emprestou a sua filha o telefone celular do Senado em viagem de férias ao México. A conta telefônica foi simplesmente de R$ 14.758,07. No dia 18 de março, depois que o caso veio à tona, o senador depositou a quantia na conta da administração do Senado, tomando o cuidado de não divulgar o valor da conta na época.

O aparelho foi usado durante 20 dias. O senador disse que entregou o celular para a filha por medo de não conseguir falar com ela durante a viagem. Ele disse ainda ter recomendado que ela só recebesse ligações. Os celulares disponibilizados pelo Senado não têm limite de gasto. O diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, afirmou que o caso de Viana é menos grave em comparação com outros em exame pela administração, pelo valor e por ter sido a única vez em que Viana cometeu o desvio.

E assim vai. A farra continua descaradamente. É roubo de toda forma e em tudo quanto é canto. Independentemente de partido. Cinismo e falta de vergonha generalizados.

Dinheiro do povo que deveria estar sendo aplicado em meio ambiente, saúde, saneamento, transportes, habitação, educação, mas está indo para os bolsos dessa gente que não se dá o respeito. Até quando o povo continuará aguentando essa situação humilhante, revoltante?

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pesca - Comissão vota amanhã projeto que cria Ministério da Pesca


A comissão especial que analisa o Projeto de Lei 3960/08, se reúne e pode votar esta semana o parecer do Deputado José Airton Cirilo (PT-CE). A proposta cria o Ministério da Pesca e Aquicultura, que hoje é uma secretaria vinculada à Presidência da República, e amplia as funções da SEDH - Secretaria Especial dos Direitos Humanos, entre outros assuntos. Há um acordo para que a proposta seja votada por consenso.

Se for aprovada, ela poderá ser remetida diretamente ao Senado, pois tramita em caráter conclusivo. A versão enviada pelo governo continha, além da criação do novo ministério e da ampliação das funções da SEDH, autorizações para criação de cargos e funções em órgãos públicos e a instituição de uma taxa de fiscalização a ser cobrada pela ANA - Agência Nacional de Águas. Toda essa parte foi retirada e deverá ser transformada em um projeto à parte. A reunião está marcada para as 14h30 desta terça-feira (24/03).

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Política - Política ambiental do governo é criticada pelo PT


A política ambiental do governo foi criticada pela Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT. Medidas tomadas pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, filiado ao partido, e que nesta quinta completa 100 dias no cargo também foram contestadas. O PT condena ações recentes de Minc, como a concessão da licença ambiental prévia para a Usina Nuclear Angra 3 e a abertura de possibilidade de recuperação de áreas de floresta degradadas com espécies exóticas e não com plantas nativas. Também critica a Lei 11.763, assinada em agosto pelo presidente Lula, que aumentou de 500 para 1.500 hectares o limite para regularização fundiária na Amazônia sem licitação.

Segundo o partido, há uma série de questões que não devem ser passíveis de revisão ou de negociação, como a redução da reserva legal na Amazônia de 80% para 50%. Entre as reivindicações do PT, está a transferência da coordenação do Plano Amazônia Sustentável (PAS) - atualmente sob o comando do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger - para a Casa Civil ou a Secretaria Geral da Presidência da República e a construção do Plano de Aceleração da Sustentabilidade, o PAC da Sustentabilidade, para se contrapor aos danos ao meio ambiente que uma economia em crescimento traz.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Política - Esquerda faz “desmanche social” para manter poder


Uma realidade bem diferente da imagem politicamente correta que se conhece do Acre, dominado por três governos consecutivos do PT de Chico Mendes, Marina Silva e dos irmãos Jorge e Tião Viana, começa a emergir formalmente de uma análise sobre participação da sociedade e da governança de espaços de definição de políticas públicas do Estado.

Financiado pelas organizações Rede Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), com apoio da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e WWF-Brasil, o estudo foi conduzido pelo agrônomo Luis Meneses, 39, ex-coordenador do Programa Amazônia do WWF, que atualmente é consultor em governança institucional e gestão de programas ambientais.

A análise, suficientemente ácida para ferir o brio do “governo da floresta”, expõe o desmanche social promovido pelos partidos de esquerda, sobretudo o PT, para tentar se perpetuar no poder político do Acre. Expõe da mesma maneira a relação incestuosa à qual se submeteram diversas lideranças do movimento social.

Segundo a análise, as organizações de base reconhecem que o crescimento político do movimento de esquerda no Acre fez aumentar a ingerência de políticos junto ao movimento sindical. A situação tem reforçado um paternalismo onde sindicatos sentem-se subordinados ao governo e aos políticos e não podem se manifestar contra nada em função do estabelecimento de convênios e outros benefícios próprios de quem controla os cofres públicos.

No final dos anos 80, sendo a maior expressão do movimento social acreano, Chico Mendes forçou o Banco Mundial a financiar um plano de mitigação dos impactos socioambientais decorrentes do asfaltamento do trecho da BR-364 entre Porto Velho (RO) e Rio Branco. Atualmente, seus antigos aliados constroem rodovias sem respeito às leis ambientais e defendem ou calam diante dos impactos gerados por diversas obras de infraestrutura na região.

O “governo da floresta”, que começou em 1999 com o engenheiro florestal Jorge Viana, poderá ter continuidade com o senador Tião Viana, a partir de 2011, como “governo do petróleo”. Existem até pretensos ambientalistas que aderiram à atividade agropecuária que tanto criticavam e se tornaram destacados articuladores e defensores do plantio de cana-de-açuçar para produção de etanol na região.

O marasmo do movimento social é crescente, não existe mais articulação, e isso resulta no arrefecimento do papel contestador e aguerrido dos anos 70 e 80, quando foi capaz de impulsionar uma ruptura na política local com a eleição de lideranças que hoje são respeitadas dentro e fora do país. Além disso, a cultura do cargo público comissionado tem enfraquecido a atuação do movimento e gerado confusão de papéis na interlocução com a sociedade.

- Isso é constatado pelas organizações entrevistadas e também foi observado em relação à ascensão do PT ao Governo Federal. Esses quadros, que representam as melhores cabeças do movimento, quando no governo, tendem a compreender que participação das organizações do movimento podem ser substituídas pelo histórico pessoal e político dessas pessoas - afirma Meneses.

Na semana passada, ao tomar conhecimento da existência da análise, o governador do Acre, Binho Marques (PT), conversou rapidamente com Luis Meneses e manifestou intenção de instituir no Estado um mecanismo de certificação de organizações não-governamentais.

Leia na íntegra a entrevista com Luis Meneses no BLOG DA AMAZÔNIA.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Política - Depois de reportagem, Superintendente do IBAMA em Rondônia é afastado por irregularidades



Somente após à divulgação na imprensa de que o Superintendente do IBAMA em Rondônia, Oswaldo Luiz Pittaluga, cometeu irregularidades constatadas em auditoria interna do órgão, é que o ministro Minc (neste domingo) decidiu afastá-lo do cargo. O próprio ministro declarou que já sabia do resultado da auditoria, e que só decidiu exonerar Pittaluga do cargo depois da divulgação de reportagem sobre o assunto.

De acordo com a investigação, Pittaluga doou madeira ilegal apreendida e equipamentos - como tratores e motosserras - beneficiando movimentos sociais. O que mais chamou à atenção dos auditores foi a doação de 36 motosserras, duas serrarias e geradores para o Movimento Camponês Corumbiara (MCC), instalado dentro de um as
sentamento florestal. O MCC é uma dissidência do MST e foi o responsável pela ocupação da fazenda Santa Elina, em agosto de 1995, em Corumbiara, que resultou num massacre e mortes de sem-terras. A auditoria concluiu que Pittaluga favoreceu o movimento e descumpriu uma série de critérios de doação de bens apreendidos.

Ligado ao PT, Pittaluga estava no cargo desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O superintendente negou que tenha cometido irregularidades, admitindo que pode ter sido induzido a erro pela comissão de doação, formada por servidores de carreira do órgão.

Mais uma para comprovar que o ministro é mesmo movido à mídia.