sábado, 28 de junho de 2008

Ecoturismo - Turismo de observação de cetáceos cresce a olhos vistos na América Latina


Os últimos dados sobre turismo de observação confirmam que a indústria latino-americana de observação de baleias cresce a olhos vistos, registrando um aumento de até quatro vezes em seu faturamento nos últimos 15 anos. A indústria de observação de baleias vendeu pacotes a um valor equivalente a 80 milhões de dólares em 2006, na América Latina, e o gasto total desses turistas chegou a quase 280 milhões de dólares.

O negócio de observação de baleias fatura cerca de 1 bilhão de dólares por ano em cerca de 90 países. Trata-se de um setor sustentável que beneficia as comunidades costeiras sócio-economicamente, educacionalmente e ambientalmente.

Os turistas envolvidos na atividade na região devem ultrapassar a faixa de 1 milhão neste ano. Vários países latino-americanos, entre os quais o Chile, defendem que a observação desses animais é uma forma de evitar a caça, conforme desejam países como o Japão, a Noruega e a Islândia. Nas águas latino-americanas vivem 64 espécies de baleias, golfinhos e toninhas, o que representa cerca de 75% das 86 espécies de cetáceos conhecidas.

Aqui no Brasil, o turismo de observação de cetáceo
s está concentrado no nordeste (Abrolhos – baleias jubarte) e em Santa Catarina (Praia do Rosa – baleias francas), porém no litoral brasileiro vivem várias espécies de cetáceos que podem ser observadas pelos grupos de ecoturistas.


Estamos aqui falando só do turismo de observação de cetáceos. Imagine o potencial de crescimento existente para o restante do setor de turismo de observação aqui no Brasil. Quanto ainda podemos desenvolver o turismo de observação de aves, de mamíferos, de quelônios, o turismo de observação subaquática? O potencial é simplesmente fantástico e, certamente, o setor é um dos que mais contribui e continuará contribuindo para a conservação das espécies e dos ecossistemas, garantindo o sustento das muitas comunidades envolvidas. Ótimo exemplo para os países que ainda insistem em abater baleias. As nossas armas têm de ser outras: a câmera fotográfica e o binóculo.