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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nuclear - A mais nova piada


Foi manchete no jornal O GLOBO de ontém (22-10-2009)

"Em caso de acidente, evacuação de Angra seria pelo mar"

Esses sujeitos fazem o povo de palhaço mesmo. E o pior de tudo é que a massa aceita e se cala!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Nuclear - Energia nuclear representa riscos, afirma ElBaradei


Durante uma conferência internacional sobre energia nuclear em Pequim, o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, afirmou nesta segunda-feira que a energia nuclear, em pleno desenvolvimento, representa riscos em termos de segurança tecnológica e da luta contra a proliferação de armas.

Segundo ele, a crise de recursos energéticos e a luta contra o aquecimento climático, além das emissões poluentes provocadas pelo uso de energias fósseis, estimularam a atividade nuclear, porém, em alguns países observa-se uma combinação perturbadora de reatores antigos, operações mal administradas e financiamento insuficiente, advertindo ainda, que o tema deve receber uma atenção imediata.

ElBaradei ressaltou o risco da proliferação atômica, quando um país está dotado de recursos nucleares civis e de algumas tecnologias. Para ele, alguns países podem ter a intenção de fabricar armas nucleares, mas mudar rapidamente se também mudar a percepção que têm dos riscos sobre a segurança nacional, e essa percepção sobre a segurança pode evoluir muito rapidamente.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Nuclear - 54% das instalações radioativas brasileiras não têm controle


A auditoria dos técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), após 4 meses, resultou num relatório sobre a segurança do programa nuclear brasileiro que aponta falhas preocupantes. Segundo os técnicos, 54% das instalações que contêm equipamentos radioativos, como hospitais e fábricas, funcionam de forma irregular, sem autorização para operar. Resumindo: sem qualquer controle.

Dos equipamentos usados em radioterapia de pacientes com câncer, 14% estão sem licença e 45% das unidades não são fiscalizadas. O documento faz críticas ao plano de emergência das usinas de Angra dos Reis e acusa a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia que comanda o programa nuclear, de permitir que mais da metade das instalações radioativas do país funcione de forma irregular.

Após a divulgação do relatório, a Câmara dos Deputados se manifestou, informando que a Comissão de Meio Ambiente irá investigar as falhas de segurança no programa nuclear brasileiro apontadas pela auditoria do TCU.

O presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, e os dirigentes da Eletronuclear, empresa que opera as usinas de Angra dos Reis, serão convocados para explicar problemas como a falta de licenças para o funcionamento de 54% das instalações radioativas em atividade em fábricas e hospitais espalhados pelo país. Segundo o Deputado Federal Fernando Gabeira, o relatório mostra que o Brasil não está imune a um novo acidente como o do césio-137, que matou quatro pessoas em Goiânia, em 1987.

Além da baderna que se instalou no país pela inoperância e irresponsabilidade do Poder Público, deixando funcionar esses estabelecimentos clandestinos, não devemos nos esquecer que o próprio relatório critica o plano de emergência das usinas de Angra dos Reis, alerta constante de ambientalistas e matéria corriqueira aqui no blog. O Brasil não está imune somente a acidentes como o de Goiânia. Está sujeito a todo tipo de acidente nuclear, inclusive e principalmente, os que podem ocorrer nas termonucleares de Angra dos Reis. É irresponsabilidade por toda parte nesse país. E eles já decidiram construir Angra 3 e mais 50 usinas atômicas espalhadas pelo país. E todos continuam soltos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Meio ambiente - Angra 3 é bomba




A usina nuclear Angra 3 continua a receber críticas. Agora foi a vez do físico e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Goldemberg que reforçou na terça-feira (15) as críticas mais recentes da comunidade científica à construção da usina, durante sua participação na 60a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A retomada da construção da usina, prevista para setembro, foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, no último dia 7 e Goldemberg afirmou que a retomada do programa nuclear “não faz sentido” diante das alternativas possíveis para suprir a demanda energética do país, como a utilização do potencial eólico e o fomento à produção de eletricidade a partir da cana-de-açúcar.

Segundo ele, na grande maioria dos países que adotaram a energia nuclear, esta foi uma solução de desespero, como última solução. É uma espécie de sinfonia inacabada, e, no fim, todo mundo já está cansado de Angra 3 que o melhor é acabar mesmo.

O professor da USP criticou ainda o custo da opção pela usina. Segundo ele, o megawatt-hora de Angra 3 deverá custar R$ 170, quase 2,5 vezes mais que o valor licitado recentemente para a Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), de cerca de R$ 70 o megawatt-hora.

Goldemberg está certo. Num país tão rico em recursos naturais como o Brasil, possibilitando a utilização de inúmeras formas limpas de geração de energia, é inadmissível continuar pensando em termonucleares. Angra dos Reis, a Costa Verde Fluminense e o país ganhariam muito mais se tivessem optado pelo desenvolvimento do ecoturismo, vocação natural da região, ao invés de projetos megalômanos como uma usina atômica, dentre outros absurdos existentes na região. Quem paga é a população que vive hoje acuada e com medo de um acidente nuclear, além de financiar a barbárie. Problemas nunca faltaram: plano de escoamento totalmente falho e fora da realidade local, depósito de lixo atômico sem qualquer previsão de destino adequado, problemas estruturais e operacionais das usinas, rodovias em péssimo estado de conservação, estruturas urbanas regionais sem qualquer condição para assistir a população em situações normais imaginem num momento de urgência, poluição visual, dentre outros. Uma verdadeira agressão a um paraíso natural que congrega uma das maiores biodiversidades do planeta (ecossistemas marinhos integrados ao ecossistema Mata Atlântica). Uma região única há muito esquecida do Poder Público, a não ser para espoliá-la com a ajuda da iniciativa privada.

Tanto interesse em continuar o projeto, certamente se explica pelo movimento de recursos a serem empregados. No país da corrupção, muita gente vai continuar lucrando com esse impropério
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