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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Nuclear - A mais nova piada


Foi manchete no jornal O GLOBO de ontém (22-10-2009)

"Em caso de acidente, evacuação de Angra seria pelo mar"

Esses sujeitos fazem o povo de palhaço mesmo. E o pior de tudo é que a massa aceita e se cala!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Meio ambiente – Mais um acidente na Baía de Sepetiba


Há tempos que não postamos nada no blog, principalmente por estarmos cansados de repetir notícias divulgadas na maioria dos meios de comunicação. Principalmente nos últimos meses, quando a roubalheira vem sendo a principal manchete, acompanhada da incompetência e omissão generalizada do Poder Público no país.

Na verdade, estamos reavaliando a eficiência dessa divulgação na mídia, principalmente, no nosso caso. Tudo é denunciado e nada é resolvido. Os bandidos continuam soltos atuando de forma descarada e cínica, roubando o povo e destruindo o meio ambiente. Aliás, o povo continua assistindo e se deixando explorar por essa corja!!! Esse é o povo que todo político safado gosta. Eles podem fazer o que bem entendem com a certeza de que nada acontecerá! O povo ainda bate palme e reelege o vagabundo.


Como praticamente nada foi divulgado sobre o caso do último acidente envolvendo navio de grande porte na Baía de Sepetiba, resolvemos ajudar na divulgação, finalmente blogando após tanto tempo e simplesmente transcrevento a matéria. Aí vai:

Deu no jornal O DIA:
“Uma esteira operada pela empresa Vale S.A, usada para carregar minério em navios que chegam a Mangaratiba, foi parcialmente destruída no último sábado por uma embarcação. O equipamento danificado foi fotografado pelo leitor Sebastião Muniz, que estava pescando com o irmão, quando avistou a estrutura arriada na Ilha Guaíba, como é conhecido o local. O navio envolvido no acidente estaria ancorado próximo ao local. O Conexão Leitor entrou em contato com a Delegacia de Itacuruçá, que informou que a esteira permanece em manutenção e que um inquérito foi instaurado para apurar as causas do acidente. Segundo o comandante Alex Queiroz, não houve danos ao meio ambiente nem feridos.”

O que sempre se previu começa a se confirmar. O número de navios é cada vez maior na baía, consequentemente, o risco de sérios acidentes aumenta a cada dia que passa. Atualmente é normal observarmos verdadeiras filas de navios de grande porte ancorados pela baía esperando a oportunidade para atracação nos portos. Nos últimos meses, os acidentes vêm sendo constantes. Será que não houve danos ambientais realmente? Se não fosse o leitor a fotografar e comunicar ao jornal, nada saberíamos sobre o assunto. Em Mangaratiba, muito pouca gente sabe do acidente. Algum órgão de defesa ambiental esteve no local para comprovar a existência ou não de dano ambiental? Parece que jogar minério de ferro no mar não é mais considerado dano ambiental. No município, o assunto do dia é a cassação do Prefeito. Quase que conseguem abafar o caso do navio!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nuclear - Paraty-Cunha interditada preocupa em caso de acidente nuclear


Motoristas enfrentam dificuldades para chegar a Paraty, no sul fluminense. A região é muito procurada por turistas, mas um dos acessos está interditado: a Estrada Paraty-Cunha. A estrada fechada atrapalha os turistas e a população, não apenas os de São Paulo, que poderiam usar a estrada para chegar a Paraty, mas, principalmente, os pequenos produtores rurais da região.

A estimativa é de que o prejuízo seja de R$ 10 milhões. O mais alarmante é que a Estrada Paraty-Cunha, assim como a Rio-Santos, é rota de fuga em caso de acidente nas usinas nucleares de Angra dos Reis. A situação das duas rodovias foi tema de uma Audiência Pública no município na semana passada. O encontro discutiu a importância das estradas e a Prefeitura de Paraty pretende levar esta discussão ao Ministério Público, estadual e federal, com o objetivo de condicionar o início da construção de Angra 3, à recuperação das duas estradas.

Vários políticos da região participaram da Audiência Pública para reforçar a importância das obras. Para eles, as más condições do trecho da Rio-Santos que passa pela cidade histórica e a Paraty-Cunha, que está interditada desde o dia 10 de janeiro, quando o município foi atingido por uma tromba d’água, atrapalham as cidades vizinhas. O funcionamento da estrada é um sonho antigo dos moradores de ambos os municípios, na esperança de viabilização do desenvolvimento econômico da região.


A Paraty-Cunha é o acesso mais curto entre São Paulo e Paraty. A beleza natural é um dos atrativos da estrada, que faz parte da lista de roteiros mais procurados por turistas, por reunir também sobrados coloniais, pousadas, bons restaurantes, cachoeiras para banho e ateliês de arte. Pelos 47 km que ligam Cunha a Paraty há um trecho de 10 km de terra que passa por dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Pela Rodovia Presidente Dutra, quem usa a saída de São José dos Campos sentido Caraguatatuba/Ubatuba roda 310 Km. Quem usa a saída Taubaté/Ubatuba faz 290 Km e quem escolhe ir por Guaratinguetá/Cunha percorre 265 Km até chegar em Paraty.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Crime ambiental - Balão causa morte e destruição em Vila Valqueire


Pedaços de um balão caíram sobre um prédio em Vila Valqueire, na Zona Oeste, neste domingo. Resultado: dois apartamentos incendiados e uma pessoa morta. Para quem perdeu tudo, para a família do rapaz que morreu, ficam apenas a revolta e a indignação.

Segundo os moradores do condomínio, um homem tentou apagar o incêndio no alto do prédio, mas acabou caindo de uma altura de 3 andares, pois as telhas de fibra não resistiram ao calor. Hilbert da Silva Faria, de 28 anos, teve traumatismo craniano e morreu no hospital.

A falta de respeito e educação é generalizada. Não bastam as constantes campanhas sobre o problema. Esses marginais continuam desrespeitando a lei e causando verdadeiras tragédias. Se divertem pondo em risco não só florestas e matas, mas a vida humana. São grupos inteiros, clubes de baloeiros que simplesmente ignoram a lei. Formam verdadeiras gangs armadas, usando motos e veículos sem placas, invadem casas, prédios, condomínios sem a menor preocupação para recuperarem um balão.


Há pouco tempo atrás, um programa de televisão exibiu imagens de uma reunião de baloeiros num desses clubes. Os dirigentes e muitos dos sócios presentes eram militares. Falta de vergonha na cara dessa gente toda. O pior de tudo é que a polícia sabe onde ficam esses clubes, onde essa cambada se reúne, sabe quem é quem nessa patifaria toda e nada faz.

Em Piabetá, na Baixada Fluminense, policiais do Batalhão Florestal apreenderam na madrugada de domingo mais de 50 balões, além de fogos e bandeiras que seriam usados em um festival. Alguns balões com até 15 metros. Aproximadamente mil pessoas participavam de um festival de balão. Nove pessoas foram presas, autuadas em flagrante e responderão processo. A pena é de um a três anos e multa.

Vocês acham mesmo que vai acontecer alguma coisa com essa gente?

Nuclear - Angra está sem uma das sirenes de alerta nuclear


A população de Angra dos Reis está há quase dois anos sem uma das oito sirenes que compõem o sistema de alerta de acidentes das usinas nucleares instaladas no município. As sirenes foram instaladas numa área habitada dentro de um raio de cinco quilômetros ao redor da central de usinas nucleares. O equipamento, avaliado em R$ 200 mil pela Defesa Civil Nacional, foi roubado em 15 de junho de 2007.

Há um inquérito aberto na Polícia Federal para investigar o crime. Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, a falta de uma das sirenes não compromete a segurança dos moradores do município, já que o sistema de alarmes foi dimensionado para cobrir a eventual ausência de um dos equipamentos.

O órgão informou ainda que está fazendo, neste momento, uma licitação para adquirir as peças de reposição e, na compra, aproveitará para obter um sistema reserva de sirenes. O prazo para a reposição das peças, no entanto, não foi informado. Também está sendo licitada a reforma de todas as torres de sirene e a atualização dos dispositivos de segurança, violados durante o furto.

O equipamento roubado fica numa região chamada Ponta do Coibá. Há ainda sirenes no Pingo d'Água, no Condomínio do Frade, no Iate Clube, no Morro da Constância, no Sertãozinho, na Praia Vermelha e no Barlavento.

Não tem sirene, não existem estradas em razoável estado de conservação, o Plano de Emergência Nuclear não é eficiente, quer dizer, se porventura houver algum acidente nuclear, não vai ser a sirene roubada que vai fazer falta. Num caso deste, falta simplesmente tudo. A população da Costa Verde está ao "Deus dará".

quinta-feira, 26 de março de 2009

Nuclear – Não adianta esconder. Os desastres são calamitosos e o risco, por menor que seja, sempre vai existir


A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) informa que existem hoje em operação 439 usinas nucleares, distribuídas em 30 países, gerando cerca de 14% do total da energia elétrica do mundo. Considerada por muitos cientistas como “energia limpa” e “segura”, a agência estima sua ampliação nos próximos anos, mas especialistas afirmam que o fantasma de Chernobyl não deve se afastar completamente.

Segundo o Professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), “o risco de um acidente sempre existirá e como em qualquer tecnologia, existe sempre o risco. Um avião sempre pode cair. Mas existe uma diferença: um acidente nuclear tem capacidade para atingir uma população numerosa, pode ter consequências sérias".

Foi o caso do acidente da usina nuclear de Chernobyl, acontecido na Ucrânia em 26 de abril de 1986. A contaminação radioativa espalhou-se por 150.000 km2, pela Bielorússia, Ucrânia e Rússia. As nuvens e o vento depositaram a radiação, a milhares de quilômetros de distância. Centenas de milhares de pessoas foram evacuadas e milhões continuaram a viver em áreas pe
rigosas para a sua saúde e vida. O mapa abaixo mostra o deslocamento da nuvem radioativa formada pelo acidente, composta por elementos como o Césio 137, com radioatividade equivalente a 200 vezes a das bombas de Hiroshima e Nagasaki combinadas.

Seis dias após a explosão, helicópteros militares lançaram no local toneladas de areia, chumbo, boro e outros materiais, para apagar o incêndio. Em seguida, foi construída uma cobertura de concreto sobre a usina para tentar limitar a contínua emissão radioativa. O reator número 4 de Chernobyl foi selado inúmeras vezes. Foi construído um sarcófago especial para evitar a fuga da radiação. Com isso tudo, o reator ardeu durante 10 anos. Os bombeiros, os militares, os técnicos e trabalhadores que ajudaram a controlar a maior fuga da radioatividade ocorrida no planeta até os dias de hoje, morreram por intensa exposição à radiação depois de trabalharem no local nos dias seguintes ao acidente. Além dessas baixas, a região registra até hoje um aumento na incidência de câncer.

A verdade é que 22 anos após o maior acidente nuclear civil da história, os estudos científicos mostram que as consequências totais do desastre podem chegar a 100.000 casos de câncer fatais, nos próximos 10 anos, entre 7 e 15 vezes mais que o estimado pela da Organização Mundial da Saúde (OMS), que limita esse número a 9.000. Vinte e dois anos após a catástrofe, 40% do solo da União Européia ainda sofre um alto nível de contaminação radiativa. As maiores concentrações de material radiativo recaíram sobre Bielorússia, Rússia e Ucrânia, mas mais da metade da quantidade total de emissões geradas pelo acidente foi parar em solos da Europa Ocidental.

Cerca de 3.900.000 Km2 da UE receberam mais de 4.000 becquereles por m2 de Césio 137 (Bq/m2, unidade de medida de radioatividade), elemento com vida média de 30 anos. Entre essas regiões, estão 80% do território da Áustria e da Suíça, 44% da Alemanha e 34% do Reino Unido. Além disso, 2,3% da Europa Ocidental foi contaminado com níveis superiores a 40.000 Bq/m2, uma porcentagem que inclui 5% das terras de Ucrânia, Finlândia e Suécia.

A carne de animais silvestres na Alemanha apresenta atualmente uma média de 6.800 Bq/kg, mais de dez vezes superior aos 600 Bq/kg máximos permitidos pela UE em alimentos. Níveis similares são encontrados em cogumelos, frutas e animais silvestres de certas regiões da Áustria, Italia e Suécia. Só na Grã-Bretanha as restrições sobre alimentos contaminados por Chernobyl ainda afetam 200.000 ovelhas e a produção agrícola de 750 Km2 de fazendas. Até 2005 cerca de 5.000 casos de câncer de tiróide foram registrados entre moradores da Bielorússia, Rússia e Ucrânia que tinham menos de 18 anos na época do desastre.

A magnitude do acidente impôs mudanças na supervisão das atividades nucleares. Seis meses depois do caso, foram implantadas a Convenção de Rápida Notificação de Acidente Nuclear e a Convenção de Assistência diante de Acidente Nuclear, vinculadas à IAEA. No entanto, a indústria nuclear insiste em reavivar o seu negócio perigoso. Mesmo 22 anos após Chernobyl, a mesma mistura de incompetência, arrogância, pressão econômica e política vem mostrando suas garras, levando a crer que os mesmos erros poderão ser cometidos novamente.

Apesar dos riscos ilimitados, a geração de energia elétrica por usinas nucleares no mundo aumentou 75% entre 1986 e 2007, empregando 250.000 trabalhadores no setor e alcançando cerca de 2600 bilhões de kW/h. Até 2030, a IAEA estima que esse valor pode triplicar, uma vez que outros 43 países manifestaram interesse recentemente em iniciar geração de energia por essa fonte, como o Brasil que já anunciou a construção de 50 a 60 usinas nucleares nos próximos 50 anos, começando com a ativação de Angra 3, cuja primeira concretagem deve acontecer em abril próximo. Com capacidade para gerar aproximadamente mil megawatts cada unidade, as usinas farão parte da retomada do programa nuclear brasileiro. Além de Angra 3, no estado do Rio de Janeiro, já estão definidas as construções de duas unidades no sudeste e outras duas no nordeste. A energia termonuclear no Brasil é hoje gerada nas usinas de Angra 1 e Angra 2, que juntas têm capacidade de 2.000 MW.

A agência aponta que esse aumento se deve principalmente a três fatores: o aumento da demanda global por energia, a volatilidade dos preços dos combustíveis fósseis e o interesse em fontes de energias "limpas". A usina nuclear se enquadra nessa classificação porque não altera a qualidade do ar, não influencia na acidez da chuva e não emite dióxido de carbono.

Ao lado dessa expansão, crescem as dúvidas sobre o futuro dos chamados dejetos nucleares, ou seja, componentes de usinas nucleares que não possuem mais condição de uso, mas ainda assim apresentam radioatividade, o lixo atômico, outro grande problema causado por essa tecnologia. Sabe-se que até o momento não existe uma solução definitiva para a questão dos rejeitos nucleares. Cogita-se a utilização de reservatórios profundos, mas não existe uma proposta internacionalmente aceita.

No caso do Brasil, sem dúvida que vale a pena refletir sobre a questão. O país apesenta enorme potencial para geração de energia utilizando-se de outras tecnologias realmente limpas (sem aspas). Enquanto estiver funcionando às mil maravilhas, esse modelo tecnológico fascina e cega àqueles que não têm noção dos estragos causados por um acidente nuclear, tanto por problemas nos equipamentos, nos sistemas de segurança ou estruturais na construção, quanto pelo vazamento de radioatividade de rejeitos. Vale a pena lembrar mais uma vez: os danos, normalmente, são catastróficos, afetando imensas áreas, atingindo e dizimando milhares de seres humanos e ecossistemas, não só num curto espaço de tempo, mas por muitos e muitos anos.

A indústria nuclear continua na mira de acidentes, mentiras, encobrimentos e incompetências. Os novos reatores, defendidos por muitos cientistas e governos, ameaçam tornar-se os Chernobyls de amanhã. Pense nisso.