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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Povos indígenas - Educação indígena ainda não atende direitos constitucionais


A Constituição de 1988 garantiu aos povos indígenas uma educação escolar diferenciada, que respeitasse a cultura e os saberes tradicionais de cada etnia. Mas 20 anos depois, escolas sem infra-estrutura, materiais didáticos inadequados e a falta de professores especializados ainda são problemas comuns nas escolas indígenas.

Em setembro, cerca de 600 representantes dessas comunidades e dos governos federal, estaduais e municipais se reunirão em Brasília para a 1ª Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena. A idéia é discutir qual é o modelo de educação adequado para esses povos.

Segundo o secretário executivo do Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena (Iepé), Luis Donisete Grupioni, a educação diferenciada significa que eles têm o direito de utilizar a língua materna nas escolas e introduzir no ambiente escolar seus conhecimentos, práticas e saberes. Em termos de legislação, no plano da educação indígena, o Brasil é bastante avançado, o que precisa é sair do plano ideal e ser de fato implementada. Para ele, as secretarias de Educação ainda têm “enorme resistência” em aceitar calendários diferenciados propostos pelas comunidades. A escola teria que se adaptar às atividades cotidianas desses grupos, pois a legislação garante a manutenção de seus costumes, como a realização de rituais ou épocas em que boa parte dos seus membros saem para caçar.

Para especialistas, a educação tradicional propõe padrões muito homogeneizantes, sem considerar as diversidades. É preciso garantir a autonomia pedagógica das escolas indígenas, envolvendo a questão da proposta curricular, da organização da escola, da formação do professor.

Desde dezembro passado o MEC está realizando conferências regionais que vão orientar o debate nacional em setembro. Cinco encontros já foram realizados e mais 13 estão programados até agosto. Um dos maiores desafios é conseguir formar membros das comunidades para que eles possam assumir as salas de aula e a gestão das escolas indígenas. A prática do ensino bilíngue, ou seja, no português e na língua de cada etnia, ainda não é uma prática nesses espaços. São necessários materiais didáticos para que essa língua apareça e possa ser estuda. A produção desse material ainda é muito deficiente, existe em pequenas quantidades e não atinge o conjunto dos grupos.

A infra-estrutura das escolas também é um fator que dificulta a aprendizagem. Muitas escolas funcionam de forma improvisada na casa de professores, sem bibliotecas ou equipamentos. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases, a educação indígena deve ser orientada pelo Ministério da Educação e orientada pelas secretarias estaduais e municipais. A descontinuidade das políticas, que mudam a cada governo, dificultam a consolidação do processo. A cada troca do governo inicia-se os programas novamente, a rotatividade dos técnicos é muito grande e no país não se tem uma cultura de acumular experiência de uma gestão para outra. O investimento na formação dos técnicos que serão responsáveis pela aplicação das políticas públicas também é fator-chave, um processo de qualificação que deve ser permanente para a questão da diversidade no campo da educação.

Cerca de 450 lideranças indígenas irão à Brasília para participar do encontro, além de representantes de instituições responsáveis por executar as políticas públicas. O desafio da conferência será trazer as demandas a público e encaminhar soluções. Após a conferência, as demandas levantas devem seguir de base para que os governos formulem as políticas públicas de educação indígena.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Educação ambiental - 1/3 dos alunos brasileiros são reprovados


Um estudo divulgado na última terça-feira (31) pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), concluiu que mais de um terço dos alunos brasileiros têm nível mínimo de conhecimento sobre questões ambientais. Entre 57 nações comparadas, somente três, Catar, Quirguistão e Azerbaijão, obtiveram resultados piores que os do Brasil.

O Pisa, exame internacional que compara o desempenho de jovens de 15 anos em leitura, matemática e ciências, é realizado de três em três anos e organizado pela OCDE. O último exame, aplicado em 2006, teve como foco principal o aprendizado de ciências. O estudo mais recente selecionou, dessa prova, apenas as questões relacionadas à preservação do ambiente, como consequências do aquecimento global, poluição, fontes de energia alternativas, entre outras.

No Brasil, 37% dos estudantes ficaram abaixo do nível mais baixo de conhecimento sobre essas questões e apenas 5% ficaram na escala máxima. A Finlândia, país com melhor desempenho, teve 6% dos estudantes abaixo do menor nível e 25% no maior.

A média dos países da OCDE (entidade que reúne principalmente as nações desenvolvidas da Europa, América do Norte e Ásia) é de 16% dos estudantes abaixo do menor nível da escala e 19% no topo. O estudo destaca a importância de preparar os jovens em conhecimentos para lidar com os desafios ambientais.

Uma constatação positiva do trabalho é que a maioria dos estudantes em quase todos os países e níveis de renda, inclusive no Brasil, se mostraram preocupados e conscientes de que é preciso agir. Para 97% dos jovens brasileiros, por exemplo, a poluição do ar é um tema que exige séria preocupação da sociedade. Só 21% deles se mostraram otimistas com relação à possibilidade de melhoria nos próximos 20 anos, caso nada seja feito.

O desafio, segundo o relatório, é dar aos alunos conhecimentos e habilidades para entenderem melhor as questões ambientais. Os estudantes falam muito sobre ambiente, mas sabem pouco a respeito. É preciso investir mais na formação de professores, uma das principais características dos países bem avaliados, como a Finlândia. Malformado e sem segurança para trabalhar questões complexas e que envolvem o conhecimento interdisciplinar, a tendência é esse profissional adotar a lei do menor esforço e priorizar o discurso político, sem se aprofundar no conhecimento.

Do jeito que se rouba e se concentra renda nesse país, está cada vez mais difícil de acreditar que esse quadro possa melhorar.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Educação – Como esperar um futuro melhor?


A Prefeitura do Rio de Janeiro aplicou uma prova para os alunos dos 4º, 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, para tentar medir o quanto aprenderam os alunos da rede municipal e assim, identificar os analfabetos funcionais, os quais serão realfabetizados em turmas separadas com aulas de reforço. Além de aprenderem a ler, simultaneamente, receberão o conteúdo da série em que estão matriculados. Assim, não será preciso repetir o ano.

O analfabeto funcional é aquele que lê, mas não entende, mesmo com a
capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças e textos curtos, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos.

O triste quadro da educação da cidade foi revelado no levantamento preliminar dos resultados do teste de português, realizado no dia 10 de março. O Rio tem, na rede pública municipal de ensino, cerca de 25 mil analfabetos funcionais. Num universo de 210 mil alunos, o número representa cerca 14%. O resultado pode estar relacionado com a aprovação automática, política adotada nos dois últimos anos em todo o ensino fundamental. O resultado completo, com as análises, será divulgado nos próximos dias pela Secretaria Municipal de Educação.

A secretária de Educação, Cláudia Costin, disse que vai fazer uma parceria com a Secretaria municipal de Saúde para avaliar esses alunos. Todos farão testes de acuidade visual e auditiva para saber se algum problema está influenciando o estudo. Claudia Costin já esperava um índice de analfabetos funcionais próximo a 14%, mas afirmou que a taxa já deveria ter sido superada pelo município.

A partir deste ano, haverá provões bimestrais com conteúdo único para todas as escolas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, esses provões bimestrais - elaborados pelos professores e pela secretaria - vão avaliar se o currículo escolar de cada série está sendo aplicado igualmente em todas as 1.042 unidades da rede. Todos os 720 mil estudantes da rede farão exames de Português e Matemática que apontarão quem vai precisar de aulas d
e reforço em horário extra.

Isso está ocorrendo no segundo maior centro populacional do país. Imagine a situação de outros estados menos favorecidos, nos confins dessa nação. Só para se ter uma idéia, o próprio Ministério da Educação admite que existam 30 milhões de analfabetos funcionais no Brasil. Apesar do crescente acesso da juventude pobre à escola, o país continua marcado pela desigualdade econômica e regional. Os índices de analfabetismo em famílias com renda acima de dez salários mínimos chega a ser 20 vezes menor do que entre quem ganha um salário mínimo.

Os dados mais alarmantes vêm do Norte e Nordeste. O município de Jordão, no Acre, é campeão de analfabetismo no País, com uma taxa de 60,7%. Ou seja, de cada dez moradores, seis não escrevem nem lêem. Dos 5.507 municípios pesquisados, os 20 com as piores taxas são nordestinos ou nortistas. Em todos eles, mais da metade da população é iletrada.

Isso, sem dúvida nenhuma, é resultado da irresponsabilidade dos governos que por aqui passaram, que conviveram e ainda convivem intimamente com a corrupção. É resultado da falta de comprometimento da classe política em parceria com a elite que dominam e exploram cada vez mais a miséria do povo. Como esperar um futuro mais consciente, mais ecológico, mais humano, mais cidadão? Está difícil ser otimista nesse país.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Consumo consciente – Instrumentos em madeira certificada


Se você está procurando adquirir um instrumento de cordas, antes de fechar qualquer negócio, faça um contato com a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia – OELA. Constituída em 1998, a OELA é uma entidade de direito privado com fins econômicos não lucrativos, que vem promovendo a formação profissional e incentivando adolescentes e jovens da Zona Leste de Manaus.

Nos seus dez anos de atuação a OELA é responsável por iniciativas de educação profissional nas áreas de lutheria, no fino processamento da madeira, na formação de manejadores florestais e na área de inclusão digital, trabalho esse que beneficia adolescentes, jovens e adultos, gerando oportunidades de ocupação e renda para as famílias e comunidades ribeirinhas em comunhão com a responsabilidade sócio-ambiental e o espírito de cooperação e ajuda mútua.

A OELA está educando e qualificando profissionalmente jovens da Amazônia na arte da construção de instrumentos musicais de corda dedilhada e o diferencial está na preocupação sócio-ambiental da escola, que usa somente madeira de manejo florestal de origem certificada pelo FSC (Forest Stwardship Council - Conselho para o Manejo Florestal). Por ser ambientalmente adequada, socialmente justa e economicamente viável, a metodologia estimula o uso responsável e racional dos recursos florestais. Este conceito permitiu o status de Primeira Escola de Lutheria no mundo a conquistar e manter a certificação sócio-ambiental FSC.

Ao comprar um instrumento fabricado pelos alunos da oficina, você estará ajudando a manter o projeto e terá a garantia de um instrumento fabricado com todos os cuidados de não agressão ao meio ambiente, respeito e valorização da mão-de-obra local. Músico ecológico usa instrumento ambientalmente correto. Faça música ecológica!