Promovido pela Água Marinha e o GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá, será realizado em 15 de maio o I FORUM DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA COSTA VERDE DO RIO DE JANEIRO. O evento pretende reunir o Poder Público, empresários, terceiro setor, agricultores e pescadores da região da Costa Verde para a apresentação e discussão de projetos de infra-estrutura ou de sustentabilidade social e ambiental, que venham contribuir para a redução dos problemas ambientais experimentados pelos municípios da região nas últimas décadas.
Com previsão de início para as 10:00 e término às 17:00, o fórum será realizado no IATE CLUBE DE ITACURUÇÁ, à Rua Evelina, 30, Itacuruçá, Mangaratiba, RJ. Mais informações: Tel.: (21) 2220-7645; 2240-9981; E.mail: ambiente@aguamarinha.org.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA), da Secretaria Estadual do Ambiente, vai apresentar a secretários do Meio Ambiente da Região dos Lagos os resultados dos estudos técnicos para a criação do Parque Estadual da Costa do Sol. Administrado em parceria com as prefeituras e formado por vários segmentos, o novo parque terá um papel estratégico na proteção de ecossistemas ameaçados e no incentivo à atividade turística.
A vistoria técnica nas áreas previstas para fazer parte do parque já foi realizada pela equipe do instituto. Agora, a proposta será encaminhada aos municípios que terão áreas incluídas e, a seguir, acontecerão audiências públicas para apresentação do projeto à comunidade. A proposta já recebeu apoio do Ministério do Meio Ambiente e da Secretaria do Ambiente do Estado do Rio.
A idéia é implantar o conceito de gestão de parques setoriais, a exemplo do que existe em outros países, como o Canadá, por exemplo, mas que não são comuns ainda no Brasil. O estado cria e viabiliza a desapropriação, planos e investimentos, e os municípios administram em regime de co-gestão os futuros centros de visitação.
Dividido em três grandes setores e com 29 áreas segmentadas, o futuro Parque Estadual da Costa do Sol vai absorver unidades criadas pelos municípios, mas que não eram reconhecidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Todas estas áreas reunidas somam cerca de 5,7 mil hectares nos municípios de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Araruama, Saquarema, São Pedro da Aldeia e Iguaba Grande.
A riqueza ambiental da região e a integração dos municípios através de um consórcio muito ativo na questão ambiental, são duas situações muito favoráveis à criação do parque, segundo os técnicos do INEA. O Parque Estadual da Costa do Sol é uma das unidades de conservação propostas pelo grupo de trabalho formado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João, com recursos do Ministério do Meio Ambiente. Além do impacto positivo para o turismo da região, a criação da unidade também integra o conjunto de medidas para a revitalização da Lagoa de Araruama, e a utilização adequada dos seus recursos, com atividades de alta ou baixa intensidade conforme o grau de proteção da área.
Outros locais, como as dunas de Cabo Frio ou a Mata de Jacarepiá, conhecida pela presença de micos-leões dourados, também passarão a fazer parte do novo parque, que terá um papel importante na preservação da biodiversidade e dos recursos hídricos da Região dos Lagos.
Cariocas e fluminenses, principalmente aqueles que vivem na Costa Verde (Paraty, Angra e Mangaratiba), lembram-se disso?
Pois é. O que está acontecendo com Carlos Minc, que durante sua vida toda de deputado militante criou e encabeçou a campanha acima, mobilizando as comunidades em manifestações contra a energia nuclear? Pelo que está acontecendo, podemos pensar que Minc usou a comunidade esse tempo todo para se promover e se sustentar num mandato quase que perpétuo na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e depois prestar o papelão de liberar a licença para Angra III, abaixando a cabeça para os interesses meramente econômicos (dentre outros que existem por trás de tanta dinheirama que certamente irá movimentar o projeto e encher o bolso de muita gente) desse desgoverno que aí está.
Manifestação contra a construção de Angra I, no canteiro de obras, em 1989
As ações mirabolantes de Minc eram até esperadas por quem está acostumado a ver sua atuação aqui no Rio, suas constantes aparições na mídia (ponto forte do deputado onde mostra grande competência) mas, diante de tal importante questão, por sua história, tenho certeza que os ambientalistas e demais membros das comunidades que participam e participaram de tantas ações junto com o deputado, não esperavam por tanta passividade e obediência. Isso não é próprio de um legítimo ativista ambiental.
O pior de tudo é que Minc justifica usando termos totalmente vazios como "brutais exigências" as condições para licenciar a usina. O que ele e seu pessoal estão achando disso tudo? Acham que conseguem enganar mais alguém? São exigências medíocres, e no caso da energia nuclear, quaisquer exigências que se queira impor para promovê-la serão ridículas, pois nenhuma garantirá a segurança de um projeto desse tipo. Nenhuma exigência que se possa conceber diminuirá o risco de acidentes nucleares, que quando acontecem, causam as maiores catástrofes que podem ser imaginadas. A história é testemunha. Será que eles ainda não entenderam isso?
É inadmissível, num país como o Brasil, onde diversas alternativas de geração de energia são possíveis, que alguns loucos continuem a promever a expansão das termonucleares! Isso que está acontecendo é o maior crime ambiental que poderia ocorrer no país. Os responsáveis por isso tudo deveriam ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais. Todos deveriam estar presos. Mas estão aí, soltos, decidindo o destino do povo, o qual continua apático e indolente, não sei até quando, se é que algum dia terá coragem para mudar tal situação.
Mais uma vez se lixaram para o povo que, tenho certeza, na grande maioria continua contra tal barbaridade.
Hoje, quem defende a expansão das termonucleares no país está somente pensando em ganhar dinheiro. Não está comprometido com a preservação e conservação do meio ambiente. Não está comprometido com o desenvolvimento sustentável.
Minc, não dá mais para acreditar.
Eu não acredito mais na existência de políticos realmente preocupados com o meio ambiente. Eu não acredito mais em político. Eu não voto mais.