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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Tecnologia verde - Plástico biodegradável em larga escala


A Braskem vai produzir anualmente 200 mil toneladas de matéria-prima para a produção de plásticos a partir da cana-de-açúcar, um material totalmente biodegradável que pode se decompor na natureza um ano depois de descartado - o plástico tradicional leva mais de 200 anos para degradar-se completamente.

Outras empresas também já usam tecnologias para produção de plástico biodegradável no país, mas agora essa experiência é de larga escala. Com a presença da Governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, e da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a empresa petroquímica lançou na última quarta-feira (22/04) em Triunfo, no Rio Grande do Sul, a pedra fundamental do seu projeto verde, planta industrial cujas obras vão gerar 1.500 empregos.

A unidade deverá estar concluída no final de 2010 e consumirá investimentos de R$ 500 milhões. Essa será a primeira operação em escala comercial no mundo da produção de polietileno verde a partir de matéria-prima 100% renovável. A produção será destinada ao mercado do produto alternativo, que consome em todo o mundo 70 milhões de toneladas de polietileno por ano.

Inicialmente, será usada cana proveniente de São Paulo, mas o projeto vai estimular também a exploração da cultura no estado. O zoneamento agrícola da cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul foi divulgado na semana passada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O polietileno biodegradável vai ser produzido a partir de uma resina sintetizada do etanol e permitirá a fabricação de tanques de combustível para veículos, filmes para fraudas descartáveis, recipientes para iogurtes, leite, xampu, detergentes. O polietileno é fornecido à indústria em forma de bolinhas que são então transformadas nas embalagens ou em peças para diversas finalidades, como para a indústria de brinquedos. Segundo a empresa, cada quilo de PE Verde produzido captura e fixa 2,5 kg de CO2 que estão na atmosfera, colaborando assim para a redução do efeito estufa e do aquecimento global. Outra grande vantagem do polietileno verde é a sua versatilidade, pois todos os seus produtos podem ser usados nos maquinários das indústrias de transformação sem qualquer necessidade de investimentos em modificações ou adaptações, além de possuir custo de produção bastante competitivo no mercado mundial.

A nova Planta de Polietileno Verde da Braskem estará funcionando no ano que vem, envolvendo o uso inicial de 400 milhões de litros de álcool. A ampliação do potencial de produção da fábrica de Triunfo, nos próximos anos, dependerá da demanda do mercado internacional.

Agenda – Costa Verde Fluminense terá seu primeiro fórum de projetos


Promovido pela Água Marinha e o GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá, será realizado em 15 de maio o I FORUM DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA COSTA VERDE DO RIO DE JANEIRO. O evento pretende reunir o Poder Público, empresários, terceiro setor, agricultores e pescadores da região da Costa Verde para a apresentação e discussão de projetos de infra-estrutura ou de sustentabilidade social e ambiental, que venham contribuir para a redução dos problemas ambientais experimentados pelos municípios da região nas últimas décadas.

Com previsão de início para as 10:00 e término às 17:00, o fórum será realizado no IATE CLUBE DE ITACURUÇÁ, à Rua Evelina, 30, Itacuruçá, Mangaratiba, RJ. Mais informações: Tel.: (21) 2220-7645; 2240-9981; E.mail: ambiente@aguamarinha.org.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Economia verde - Cuidar do meio ambiente pode valer dinheiro


Cuidar bem do meio ambiente já não envolve apenas a consciência de cada um. Pode valer dinheiro em caixa. Com o ICMS Verde, municípios podem abastecer o cofre público se tomarem iniciativas de defesa da natureza.

Pena que nem todos façam isso. Macaé, por exemplo, ficou em uma posição nada honrosa no ranking das cidades fluminenses que receberam o benefício. A prefeitura reconheceu o erro e já avisou que vai tomar providências.


Esse é um dos municípios que mais recebem royalties do petróleo. Nos últimos anos, vem sendo apresentado como modelo de desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro. Mas a realidade é outra. A miséria continua reinando em Macaé. A desigualdade social aumenta cada vez mais. Onde estão esses recursos? Em obras de fachada, de embelezamento da orla, prioridade de governos irresponsáveis. Saneamento é sempre deixado de lado por esses políticos que o povo já conhece, mas continua votando e elegendo. Acorda macaense! Acorda povo!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tecnologia verde – Barraca solar


Na próxima vez que for acampar, pense em praticar um camping cada vez mais ecológico com o conforto da luz artificial que você está acostumado em sua casa. A barraca solar da Eureka vem com um com um LED-painel solar que com 8 horas de exposição ao sol, garante 8 horas de iluminação, sem necessidade de baterias.

O LED-painel solar utiliza o mesmo durável, leve e flexível painel solar usado em tendas militares, é à prova de umidade, tem configurações de brilho ajustáveis e também pode funcionar como carregador de bateria AA. À noite, com um interruptor você liga e desliga a lâmpada.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Meio ambiente - Greenpeace classifica empresas de tecnologia em ranking "verde"


Em sua medição anual de empresas de tecnologia comprometidas com a preservação ambiental, o Greenpeace rebaixou a Dell, a HP e a Lenovo, depois das três fabricantes de computadores voltarem atrás nas suas promessas de eliminar, por fases, as substâncias químicas tóxicas durante a produção de 2009. A última edição do "Guia para Eletrônicos Verdes" foi divulgada na semana passada.

Anteriormente, as companhias se comprometeram eliminar o vinil plástico (PVC) e os retardadores de chama baseados em bromato (BFRs) dos seus produtos até o final de 2008. Entretanto, segundo o site da revista PC World, as três afirmaram que foi impossível chegar à meta. A Lenovo estendeu seu prazo para 2010, enquanto HP e Dell ainda não o revelaram.

Segundo a última classificação, a Apple foi a única, dentre todas as cinco fabricantes de computadores, que iniciou a redução de substâncias químicas tóxicas. Os ambientalistas argumentam que se a Apple pôde encontrar uma solução, não há razão para que as outras não possam.

A Philips teve considerável redução no desperdício tecnológico, fazendo com que a companhia ocupasse o 4º lugar (sua posição, no ano passado, era 15º) das companhias mais compromissadas com o ambiente. As "lanterninhas" do ranking são a Nintendo, que, há anos, mantém avaliação próxima do zero, e a Microsoft.

É bom saber.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tecnologia verde – Concreto Ecológico


A necessidade de reduzir as emissões de carbono associadas ao uso do concreto, vem provocando grandes mudanças na produção e uso do material. O concreto parece sempre igual, e o produto básico na verdade se manteve relativamente inalterado desde a invenção do cimento Portland, no começo do século 19. Os produtores sempre alteraram a mistura para encontrar as proporções corretas dos ingredientes básicos, mas a receita nunca variou muito.

Agora, as experiências são mais elaboradas e têm por objetivo adaptar o concreto às necessidades. Mesmo desconsideradas as preocupações estéticas, o concreto é feio em termos ambientais. O concreto pode parecer um material improvável para avanços científicos. É um material que não desperta interesse. Os componentes básicos são a mistura áspera, em geral cascalho, e a mistura fina, em geral areia. Com o acréscimo de água e de cimento Portland, o concreto está pronto e dura décadas. A fabricação de cimento Portland responde por cerca de 5% das emissões humanas de dióxido de carbono, um dos principais gases do efeito-estufa. A mudança que vem acontecendo nos últimos 10 anos, tenta evitar materiais que gerem CO2.

Assim, construída para substituir aquela que desabou em 2007 e causou a morte de 13 pessoas, a ponte de St. Anthony Falls sobre o rio Mississipi, logo ao leste do centro de Minneapolis, é um notável exemplo do avanço da tecnologia nesse setor. Na Rodovia Interestadual 35W, a ponte sustenta 10 faixas de rodagem por sobre uma estrutura metálica apoiada por grandes arcos, por sua vez ancorados por bases e estacas profundas. É quase toda construída de concreto que incorpora barras de reforço de aço, conhecidas como “rebar”. Mas não se trata de uma estrutura monolítica. Os componentes foram produzidos com diferentes misturas de concreto, com receitas alteradas, como faria um grande chefe de cozinha, a fim de atender a requisitos específicos de força e durabilidade e ao mesmo tempo reduzir o impacto sobre o meio ambiente.

Uma das misturas, incorporada a esculturas ondulantes nos dois extremos da ponte, foi criada para se manter branca e brilhante, por meio da absorção de poluentes atmosféricos que causariam desgaste à estrutura. O projeto, cujo custo excedeu os US$ 230 milhões e teve sua construção concluída em setembro, três meses antes do prazo, talvez tenha sido a mais complexa obra em concreto dos Estados Unidos em 2008. A estrutura usou cerca de 40 mil m3 de concreto.

Boa parte do cimento Portland foi substituída por dois produtos de resíduos industriais, a cinza deixada pela queima de carvão em usinas termelétricas e os resíduos de altos-fornos siderúrgicos. São dois exemplos das chamadas pozolanas, materiais reativos que ajudam a fortalecer o concreto. Como as emissões de CO2 associadas são computadas como parte da geração de eletricidade e produção de aço, o uso desses materiais ajuda a reduzir as emissões geradas pela produção de concreto.

Alguns engenheiros e cientistas estão indo mais longe, objetivando desenvolver um concreto que possa capturar e reter permanentemente o CO2 emitido por usinas de energia e outras fontes, de modo que o material deixe de contribuir para o aquecimento do planeta. Dados os números envolvidos, as possibilidades desse método de retenção de dióxido de carbono são imensas. O concreto é produzido e usado em quase toda parte, e a China responde por cerca de metade da produção mundial.

O concreto pode ser modificado por meio do acréscimo de outros materiais e produtos químicos. As receitas se tornaram muito mais sofisticadas com o desenvolvimento de compostos químicos especializados para trabalhar sobre determinados componentes. Alguns desses componentes fazem com que o concreto líquido flua melhor pelos desvãos de uma forma, sem se separar. Outros impedem que as partículas de cimento se aglutinem, o que permite redução no volume de água, e implica que menos cimento seja necessário, igualmente. Podem ser usados produtos químicos que retardem as reações, de forma a oferecer mais tempo de trabalho com o concreto em forma líquida aos construtores. Isocianatos e outros catalisadores podem acelerar as reações, caso seja necessário que o concreto atinja determinada resistência em um período curto. Os engenheiros também dedicam cada vez mais atenção à estrutura interna do concreto, a fim de melhorar sua força e reduzir a permeabilidade.

No projeto da ponte sobre o Mississipi, acrescentou-se resíduos de sílica, outro resíduo industrial, à mistura de concreto usada nos arcos estruturais, a fim de reduzir a vulnerabilidade do concreto ao sal usado para degelar as pistas de rodagem, que corrói o “rebar”, terminando por destruir o concreto de dentro para fora.

A ponte de St. Anthony Falls sustenta 10 faixas de rodagem
sobre uma estrutura metálica apoiada por grandes arcos


Dióxido de titânio é acrescentado ao cimento, criando o concreto branco ao agir como catalisador, sob o efeito da luz solar, e dissolver os poluentes orgânicos na atmosfera. O composto acelera o processo natural de oxidação. Alguns pesquisadores desejam um dia eliminar completamente o uso de cimento Portland, para criar concreto com emissão zero ou até mesmo concreto com emissões negativas.


Em um local adjacente a uma usina elétrica acionada a gás, na Califórnia, está sendo desenvolvido um processo que conduziria os gases de chaminé da usina por um recipiente contendo água marinha. O CO2 dos gases criaria bolhas e isso precipitaria minerais carbonatos que poderiam ser usados como cimento ou agregados no concreto. Em certa medida, o processo imita o que os corais e outros organismos marinhos calcificantes fazem. Calcula-se que produzir uma tonelada desses minerais consumiria meia tonelada de CO2, e por isso o concreto resultante poderia ter emissões abaixo de zero, ou seja, reteria dióxido de carbono permanentemente.

domingo, 29 de março de 2009

Urbanismo – Onze mil metros de muro para conter favelas no Rio


O Morro Dona Marta, em Botafogo, é o primeiro a receber um muro para conter a expansão da favela rumo à mata. O governo estadual contratou uma empresa para o serviço que já levantou 55 dos 634 m previstos para a primeira fase do projeto.

O próximo passo será a licitação pela Empresa de Obras Públicas (EMOP) do projeto que prevê a construção de um paredão de 2.800 m de extensão que irá contornar a Rocinha. As obras para outras nove comunidades, todas na Zona Sul, serão licitadas até maio. No total, serão mais de 11 mil metros de murada em concreto para conter o surgimento de novas construções nas favelas cariocas.

O muro erguido nas comunidades terá um mesmo padrão, feito de concreto, com base em vergalhões de ferro e três metros de altura. A opção de um paredão vazado foi descartada porque o estado tinha o receio de que ele pudesse ser mais facilmente destruído. A expectativa é que, até o fim deste ano, as obras já estejam concluídas em todas as favelas contempladas.

Também está prevista a derrubada de cerca de 550 casas durante os trabalhos, cujos moradores serão indenizados ou realocados.

A expansão das favelas no Rio de Janeiro tem abocanhado pedaços cada vez maiores das áreas verdes, e os parques, que serviriam naturalmente como barreiras para impedir que duas favelas próximas se tornem um complexo, não vêm sendo poupados pelas ocupações irregulares.

O Parque Dois Irmãos, no Leblon, e o Parque da Cidade, na Gávea, são duas das áreas verdes que têm sido consumidas pelo crescimento acelerado do número de casas das favelas vizinhas. O Dois Irmãos, pela Chácara do Céu e o Parque da Cidade, pela Rocinha. Servem como exemplo da relação entre o crescimento desordenado e o abandono das áreas verdes. Moradores dessas comunidades estacionam carros nas áreas de preservação, bandidos armados circulam sem se importar com os visitantes, dentre outros problemas. O Parque da Cidade, por exemplo, está abandonado. O Parque Dois Irmãos, no Leblon, criado em 1998, não fica fora desse quadro. Na época a unidade foi entregue com um novo acesso à favela, com a justificativa que antes esse acesso era muito difícil. Aos poucos foram construindo casas para alugar e de três anos para cá a situação ficou descontrolada de vez.

Ambientalistas sugerem a junção das unidades de conservação em algumas localidades da cidade onde ainda isso seria possível, juntamente com a criação de batalhões florestais para vigiá-los, como um recurso para barrar a formação de um complexo de favelas na Zona Sul, além de proteger as poucas áreas verdes de invasões e o crescimento da favelização. Mas a situação é drástica. A maioria desses parques se encontram sem comitê gestor, comando e/ou delimitação clara de seus limites. Segundo eles, uma opção para viabilizar tal proposta é a utilização de recursos do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano).

Além da Rocinha e do Dona Marta, serão contornadas pelos muros do governo estadual as comunidades Benjamin Constant (Urca), Parque da Cidade (Gávea), Morro dos Cabritos e Ladeira dos Tabajaras (Copacabana), Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme), Cantagalo (Ipanema), Pavão-Pavãozinho (Ipanema) e Vidigal (Leblon).

Quarenta por cento das favelas do Rio estão em regiões protegidas por leis ambientais por isso, um maior rigor na vigilância poderia ser usado como mecanismo de contenção dessa expansão. Se nada for feito, os grandes complexos desordenados continuarão a ser formados e a Chácara do Céu vai se juntar à Rocinha como tantas outras favelas da cidade. Uma trilha ligando uma favela à outra já existe. Será que um muro vai conseguir deter essa expansão?

Não sei se é muita “ingenuidade” do governo estadual achar que um muro de concreto não será destruído! Se não houver fiscalização do Poder Público (como nunca existiu, daí a situação catastrófica atual), tudo continuará sendo destruído, de concreto ou de qualquer outra coisa. Não só a questão da fiscalização ambiental e aparelhamento das unidades de conservação devem ser levadas a sério, mas também a de segurança pública. Sabe-se que é de grande interesse da criminalidade que essas comunidades se juntem, formando complexos cada vez maiores e mais difíceis de ser acessados ou patrulhados. Para os marginais, quanto mais complicado ficar para dar segurança nesses locais, melhor. Com isso, esses grupos armados continuariam a subjugar os moradores, agindo cada vez mais livremente.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Economia verde - PIB verde pode se tornar uma realidade


Diante da pressão crescente por mecanismos que contemplem as externalidades das atividades econômico-financeiras, as ciências contábeis começam a rever suas práticas e conceitos. Muitos profissionais da área têm dedicado esforços para integrar as variáveis ambientais e sociais aos mecanismos de aferição do patrimônio das nações, criando ferramentas mais completas do que o Produto Interno Bruto (PIB).

Partindo da premissa de que a forma como uma nação gerencia seus recursos naturais afetará seu desenvolvimento, pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) elaboraram uma metodologia para mensurar o patrimônio ambiental dos países.

Segundo os autores do estudo intitulado Balanço das Nações, José Roberto Kassai e Nelson Carvalho, é uma falta de inteligência pensar que maximizar o lucro de uma forma exponencial sem fim e continuar gerando toda a depredação do meio ambiente, os problemas sociais, a distribuição de renda, não vai interferir diretamente na sociedade.

Até pouco tempo atrás, a idéia de incluir os recursos naturais na contabilidade das nações parecia uma possibilidade distante. Esse cenário começou a se modificar com a perspectiva ameaçadora das mudanças climáticas e do crescimento populacional. Diante dessa tendência, o desenvolvimento das nações será determinado pelo manejo inteligente dos recursos naturais, habilidade que depende de dados concretos quanto à disponibilidade dos ativos ambientais.

No cenário provável de 2020, de acordo com o estudo, apenas Brasil e Rússia apresentarão patrimônios líquidos "positivos", enquanto os demais países produzirão além do que deveriam. Nesse contexto, a situação geral do mundo será negativa, com um valor deficitário em torno de US$ 3 trilhões.

Por volta de 2050, Brasil e Rússia confirmarão a situação favorável com saldos excedentes de carbono e evidenciarão a importância de suas florestas no cenário global. Já o déficit mundial será elevado para US$ 15,3 trilhões. Nesse contexto, a situação mundial piorará 298%. Enquanto Brasil e Rússia sustentarão uma situação favorável, China e EUA se destacarão como os maiores emissores de carbono e de patrimônio líquido ambiental negativo.

Apesar do cenário pessimista, o Balanço das Nações demonstrou que o déficit global do planeta representa 23,7% do PIB, número que dá espaço para ações corretivas.

Os resultados da pesquisa sinalizam a urgência da transição para uma economia de baixo carbono. Diante do cenário que se visualiza, ou os ecossistemas têm uma recuperação eficiente, ou haverá um ajuste natural da população para cerca de 1 bilhão de habitantes, considerando que a escassez de recursos prejudicaria a espécie humana.

Considerando a rigidez e inércia apresentadas pelo sistema energético padrão, a pesquisa destaca que não há espaço para uma grande ruptura de modelo. Assim, o estudo toma as condições atuais como referência para os próximos anos, reforçando que, com o aumento no preço do petróleo, se observará um crescimento no mercado de energias alternativas.

Para compor a base de dados do Balanço das Nações foram incluídos representantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) e de países desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha e Japão.

O maior desafio na concepção do estudo foi justamente quebrar os próprios conceitos e preconceitos da contabilidade. A pesquisa se dividiu em três fases. Na primeira, os saldos residuais de carbono de cada país foram apurados e convertidos para o valor em dólares. Em seguida, o PIB de cada nação foi transformado em unidades equivalentes per capita de número de habitantes e de consumo médio de energia em TEP (tonelada equivalente de petróleo). A última etapa consistiu no fechamento dos balanços contábeis dos países pela técnica de balanço perguntado, um levantamento das informações a partir de questionário que permite diagnosticar a situação financeira.

Após essa fase, os pesquisadores utilizaram a fórmula padrão da contabilidade: ativo menos passivo igual a patrimônio líquido. O ativo foi representado pelo PIB equivalente em dólares per capita; o passivo, pela obrigação ambiental de cada cidadão na meta de redução de carbono; e o patrimônio líquido diz respeito ao saldo residual - superavitário ou deficitário - de cada cidadão ou país em relação às outras nações.

De acordo com o Balanço das Nações, os sistemas de contas nacionais ainda são incompletos em relação à avaliação dos recursos naturais. O melhor exemplo dessa deficiência é o PIB - Produto Interno Bruto, que não reconhece tais aspectos. Para o economista Sérgio Besserman Vianna, o cálculo do PIB apresenta questionamentos desde que foi criado, explicando que a rigor, os trabalhos para que houvesse contas nacionais em condições de emitir a produção das riquezas de um país se dirigia para o produto interno líquido (PIL) que considerava as amortizações e tornava o cálculo muito complexo. Além disso, havia uma correlação muito forte na evolução do PIB e do PIL. Então, optou-se pelo primeiro. Em seguida, houve a percepção do problema da não inclusão dos custos dos recursos naturais.

Uma alternativa que tem sido discutida para resolver esse impasse é o chamado PIB verde que oferece um bottom line pelo qual é possível avaliar o quanto os mercados consumidores afetam bens públicos, permitindo comparabilidade entre períodos para uma mesma nação e entre nações em quaisquer períodos.

Dessa forma, o PIB verde contabiliza todos os bens e serviços públicos, em valores não monetários, como a quantidade de água potável ou o tamanho das áreas verdes de uma cidade.

O patrimônio líquido ambiental (PLA), proposto pelo Balanço das Nações, seria uma forma de avaliação do PIB verde. Para os autores, atualmente é moda criticar o PIB, o que se mostra fácil porque a medida permanece até hoje e se manteve forte por longa data. O ponto positivo é que as sociedades estão começando a despertar para uma nova necessidade não apenas centrada no poder econômico. O lucro com reputação ambiental deve constituir uma nova tendência para a economia nos próximos anos, com base em aspectos como precificação do carbono, investimento em tecnologias de eficiência energética e mudança no atual comportamental do consumo.

Para Besserman, a primeira questão que se coloca nesse contexto, antes mesmo de mensurar, é considerar os custos ambientais na tomada de decisões. Isso ocorrerá primeiramente em relação aos gases de efeito estufa que, segundo o economista, o Brasil já deu um passo importante na direção da redução de CO2 estabelecendo metas para diminuir o desmatamento. No entanto, não manteve outras ações paralelas para ter benefícios concretos. No plano energético, por exemplo, o papel das termoelétricas que utilizam combustíveis fósseis mais do que compensa a redução das emissões presentes nas metas de desmatamento. Para ele, o Brasil deveria se posicionar para não perder uma grande oportunidade. Na expressão do professor Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), dado que agenda do século XXI inclui obrigatoriamente o tema sustentabilidade como prioridade, o Brasil poderia se posicionar como potência ambiental.

No contexto mundial, Besserman destaca ressalvas aos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e seqüestro de carbono por meio de projetos de reflorestamento e manutenção florestal. Para ele é necessário estabelecer - em Copenhague ou por meio do G20 - uma forma pela qual a governança global consiga responder às mudanças climáticas e também redefinir as transações de crédito de carbono. As soluções não vão sair das gavetas dos tecnocratas. É preciso que o mercado aposte em diversas alternativas e a sinalização para isso se dá por meio da flexibilização das formas de redução das emissões que propiciem investimentos mais efetivos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Desmatamento - Ibama anuncia novas medidas para combater desmatamento


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizará operações de fiscalização de forma “pulverizada”, anunciou o diretor substituto de Proteção Ambiental do órgão, Luciano Evaristo: “Vamos nos pulverizar para combater a pulverização deles”. Os pequenos desmatamentos serão o alvo. De acordo com ele, muitos devastadores se aproveitam do fato de que os pequenos desmatamentos são detectados pelos satélites (Sistema Deter - Detecção de Desmatamento em Tempo Real). O instituto planeja ações de menor porte voltadas para áreas menores que 25 ha. O desmatamento mudou o perfil e migrou para outras áreas. Antes eram em propriedades com mais de 200 ha, agora atinge também as com menos de 100 ha. Isso vai implicar em novas táticas conjuntas.

Estão previstas 317 operações este ano, 100 a mais que o ano passado, conforme informado na semana passada. No sentido de melhorar a operacionalidade, o órgão ambiental comprará 4 monomotores para sobrevoar a floresta, localizando os focos de destruição de forma mais eficiente. Uma aeronave servirá os estados do Acre e Rondônia, outra ao Mato Grosso, uma terceira para o Pará e a última para o Maranhão. Esse último estado será um dos alvos principais da fiscalização em 2009, pois tem registrado muita exploração irregular de madeira em terras indígenas. Até então os sobrevôos eram realizados com helicópteros, mas era inadequado, pois o barulho alertava os desmatadores.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pelas unidades de conservação federais, também deverá comprar aeronaves para controle do desmatamento.

A mudança no perfil da repressão ao desmatamento, com maior valorização das ações de inteligência e prevenção, envolve a adoção de outras medidas como a unificação de comandos das ações de fiscalização ambientais, que geralmente incluem a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, a contratação de novos agentes e investimentos em tecnologia com a criação da multa eletrônica e um novo sistema de comunicação. Os ministérios do Meio Ambiente (Instituto Chico Mendes e o Ibama), do Ministério da Justiça (Polícias Federal e Rodoviária Federal) e a Força Nacional de Segurança Pública, trabalharão em conjunto para combater o desmatamento, com ações integradas permanentes. A partir de abril, a Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) vai se reunir todas as semanas para definir as estratégias das operações contra o desmatamento. A idéia é criar um mecanismo de inteligência que possibilite a intervenção antecipada para coibir as ações que representem ameaças ao meio ambiente. A primeira reunião da comissão aconteceu nesta terça-feira (24), no Ministério da Justiça. Para o secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri, a comissão é uma concentração de força para o trabalho de repressão ao crime ambiental. Uma vez por mês, a comissão irá avaliar e direcionar o foco de ações, além de elaborar um plano logístico das operações.

Segundo o Ibama, o eixo mais difícil da política de combate ao desmatamento é exatamente o fomento a atividades produtivas sustentáveis para substituir as derrubadas ilegais. Nesse sentido, a Operação Arco Verde vai ganhar força no segundo semestre quando se prevê iniciativas de regularização fundiária, ações de assistência técnica, preço mínimo para produtos extrativistas e a criação de uma linha de crédito para financiar a recuperação de áreas degradadas.

Além da Amazônia, as ações incluem também os crimes de degradação do cerrado, da caatinga e da Mata Atlântica. O Ministério do Meio Ambiente pretende com essas ações atingir a meta de redução do desmatamento em 70% até 2017, como está previsto do Plano Nacional sobre Mudança do Clima.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mercado - Bovespa exclui Petrobras do índice de empresas sustentáveis


A lista de empresas que integram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador da BM&Bovespa formado por ações de companhias que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social, excluiu a Petrobras neste ano. Na mesma fila, ficaram de fora a empresa de celulose Aracruz, Companhia Paranaense de Energia (Copel), Iochpe-Maxion, indústria de componentes automotivos, Weg, fábrica de motores elétricos e CCR Rodovias, concessionária que administra a Ponte Rio-Niterói, a Via Dutra, a Via Lagos e as principais estradas de São Paulo.

ONGs e Secretarias Estaduais do Meio Ambiente encaminharam em outubro uma carta ao presidente do Conselho Deliberativo do ISE pedindo que a Petrobras fosse excluída da carteira. A decisão mostra que não basta que as empresas sejam viáveis economicamente, elas precisam de uma licença junto à sociedade para operar com responsabilidade socioambiental. Um dos principais argumentos apresentados contra a presença da Petrobras no ISE foi o descumprimento da resolução 315 do Conama, que determinou, em 2002, a diminuição dos níveis de enxofre no diesel brasileiro a partir de 2009.

Passou da hora de mostrar quem é quem nesse mercado que se diz verde. Chega de usar o meio ambiente e ações sociais como instrumentos de marketing para encobrir as mais tradicionais e conservadoras formas de agir e lucrar. Chega de maquiagem ambiental. Os lucros dessas e muitas outras empresas, principalmente bancos, são astronômicos perto dos irrisórios investimentos que se gabam fazer na área sócio-ambiental. A lista deveria ser muito maior.

domingo, 16 de novembro de 2008

Construção verde - Sky Village: A nova aldeia vertical de Copenhagen


O município de Rødovre de Copenhague, Dinamarca, anunciou recentemente a Sky Village como o vencedor do concurso Rødovre Arranha-céu. O projeto vencedor foi concebido por uma parceria de escritórios de arquitetura, a MVRDV e a ADEPT. A torre terá 116 m de altura e acomodará apartamentos unifamiliares, um hotel, escritórios, estacionamento, um parque público e uma praça.

Com área útil de 21.688 m2, o novo
arranha-céu será localizado em Roskildevej, uma grande artéria leste do centro de Copenhagen. O projeto é baseado em uma grade flexível, permitindo possíveis modificações de rearranjo das unidades. O prédio pode ser transformado de acordo com a demanda do mercado imobiliário. Essa flexibilidade de adaptação é uma das principais características de um edifício sustentável.

Cada “unidade pixel” mede 60 m2 e estão ligadas ao núcleo central da super-estrutura. Isto cria uma concepção estratégica de bairro empilhado, uma aldeia vertical, o que eles chamam de Sky Village. Consiste em três núcleos agrupados permitindo acessos distintos para os diferentes segmentos do projeto, integrando as mais avançadas tecnologias para satisfazer e adequar o dinamarquês às normas ambientais.

O topo do edifício será ocupado por um hotel, onde o hóspede poderá desfrutar a vista panorâmica do centro da cidade. O projeto inclui um sistema de reciclagem de água, a utilização de 40% de concreto reciclado nas fundações e uma variedade de dispositivos que produzirão energia a partir da fachada da torre.


Um parque público anexo conta com bastante vegetação, trilha, playground, área para picnic e área para exercícios físicos, sempre privilegiando os jovens e os idosos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Construção ecológica - Passarela e praça ecológicas em São Paulo


Sustentabilidade é a tônica da passarela de pedestres sobre a Avenida Eusébio Matoso, executada em parceria com a prefeitura de São Paulo e o Unibanco, em Pinheiros, na zona oeste da cidade.

O projeto foi idealizado como um modelo de intervenção pública sustentável, de maneira a provocar o menor impacto ambiental possível.

A obra, com 95 metros de extensão, usou madeira plástica nos painéis laterais, piso de borracha reciclada – que retira pneus dos aterros sanitários - e telhado verde, que propicia conforto térmico, diminui ilhas de calor nos centros urbanos, além de reter e filtrar a água de chuva.


A estrutura de parte do telhado é de bambu e a área sob a passarela, que era apenas cimentada, virou uma praça, com projeto paisagístico que privilegiou as árvores nativas já adaptadas à cidade.

Outra preocupação foi aumentar as possibilidades de absorção da água de chuva, já que a impermeabilidade do solo é uma das principais causas de enchentes. Por isso, o piso escolhido para a praça é drenante. Os bancos foram feitos a partir das sobras de madeira plástica dos painéis.

Para permitir a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais, praça e a passarela são ligadas por elevadores, cuja caixa foi feita de aparas de tubo de creme dental.

Bela idéia para multiplicar pelas cidades do país. (Fonte: Ambiente Brasil)

domingo, 26 de outubro de 2008

Tecnologia verde - Notebook de bambu


A empresa de informática Asus, de Taiwan, lança no fim deste mês no Brasil, durante a Futurecom 2008, a linha de notebook "ecológico", com revestimento de bambu. A companhia informa que o produto "é verdadeiramente verde" desde sua concepção, produção e até na sua eventual reciclagem.

O equipamento foi lançado no fim de agosto em Taiwan, mas o mercado de informática aguardava o lançamento do produto há quase um ano. A linha tem duas versões de equipamentos: um com tela 12,1 polegadas com peso de 1,57 kg, e outro com tela de 11,1 polegadas, que pesa 1,25 kg. As duas versões contam com processador Intel Core 2 Duo. A bateria dos notebooks possui tecnologia "Super Hybrid Engine", que melhora o desempenho do sistema em até 23% e tem vida útil entre 35% e 70% superior à
s baterias convencionais.

Quem utiliza o notebook de bambu, sente o material natural ao tocar o touchpad e também na fragrância que o equipamento exala. Por se tratar de uma peça de arte original, cada notebook será peça única, que pode até contar com cores diferentes em cada unidade.

As máquinas deverão chegar ao varejo brasileiro entre o fim deste ano e o início de 2009, mas, por conta da instabilidade da cotação do dólar, a fabricante ainda não definiu os preços. Em um site inglês foi possível encontrar o notebook de bambu por cerca de mil euros (R$ 2.890 na cotação desta sexta-feira - 24).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Meio ambiente - Brasileiros não confiam nas boas intenções ambientais de empresas


O estudo global “Our Green World” (Nosso Mundo Verde), do grupo TNS, realizado em junho passado junto a 13.128 pessoas de 17 países, inclusive o Brasil, identificou que, para a maioria dos 400 entrevistados brasileiros (52%), as questões ambientais influenciam diretamente a decisão de compra. Além disso, 83% estariam dispostos a pagar mais por produtos e serviços ecologicamente corretos.

A maioria dos latino-americanos realmente acredita no comprometimento das empresas com a “causa verde” e com o meio ambiente. Na Argentina, mais da metade dos entrevistados (52%) demonstraram essa convicção, e no México 42%. No Brasil, 44% dos pesquisados não têm essa certeza. Aqui os consumidores afirmaram que as organizações adotam a prática por questões exclusivamente mercadológicas, ou seja, para vender mais. E apenas 19% apontaram a defesa do meio ambiente como motriz das atividades corporativas.

“Ações de sustentabilidade não podem ser vistas como meros instrumentos de imagem e de marketing, mas sim como ferramentas de gestão que agregam valor aos cotistas e aos consumidores”, diz Lucas Pestalozzi, diretor de Negócios da TNS Brasil. Segundo ele, “adotar o ‘verde’ apenas para aumentar vendas é uma estratégia que não passa despercebida aos olhos dos brasileiros”.
(Fonte: Ambiente Brasil)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Meio ambiente - Selo verde para ônibus que não polui


Foi lançado na manhã desta quarta-feira (17-09), na Praia do Leme, o Selo Verde, projeto que tem como objetivo reduzir a emissão de gases na atmosfera pelos ônibus da cidade do Rio de Janeiro. A partir de agora, os passageiros poderão saber quais ônibus da cidade estão engajados no Projeto Procon Fumaça Preta, por meio de um selo colado no vidro dianteiro dos veículos. Todos os coletivos dentro dos padrões de emissão de gás carbônico (94% da frota) serão identificados.

Para os gestores do projeto, o selo é um instrumento de gestão ambiental e de comunicação extremamente importante. Ele permitirá que a sociedade fiscalize o trabalho que vem sendo feito e a forma como o serviço vem sendo prestado. A partir do momento que as pessoas virem o selo vão passar a se preocupar mais com o meio ambiente, sendo por meio de denúncias ou no seu dia-a-dia. É um instrumento de educação da população. O Procon Fumaça Preta é resultado de um convênio assinado em dezembro do ano passado entre a Secretaria do Ambiente, Feema, Fetranspor e a Petrobras/Conpet.

O controle das emissões de gases de efeito estufa dos ônibus que circulam no estado já vem sendo feito, com utilização de moderna tecnologia e com equipamentos homologados pelo Inmetro. Porém, a partir desta quarta-feira, todos os coletivos que estiverem dentro dos padrões receberão o selo de aprovação.

Dentre os compromissos do convênio está a redução e neutralização das emissões de gases de efeito estufa, pela frota de ônibus circulante, em 790 mil toneladas de CO2, a redução da queima de diesel em 290 milhões de litros, o plantio de 179.200 árvores, dentre outros.

Ótima iniciativa. Falta agora retirar de circulação os veículos fora dos padrões de emissões e segurança, principalmente vans e caminhões que infestam a cidade.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Marketing verde - Parece, mas não é: como identificar o falso sustentável


No balaio do falso sustentável, há pelo menos dois comportamentos distintos que têm em comum o fato de não contribuírem de verdade para uma mudança de paradigmas. Um é o do empresário "ingênuo", que até quer fazer algo, mas não se informa sobre o assunto, age de modo equivocado e acaba não contribuindo para uma modificação do processo. Outro é aquele que, apesar de adotar um discurso em que se define como sustentável, não age de acordo, mantendo velhos padrões de produção voltados apenas para o lucro dos acionistas.

É o que em inglês recebeu o nome de greenwashing, ou seja, lavar sua imagem dizendo que é uma empresa verde, mas que continua provocando impacto ambiental.

Um dos modos mais comuns de fazer isso é, por exemplo, financiar uma ONG com alguma atividade ambiental para esconder que promove impactos pesados, como desmatamento, poluição. Nesses casos costuma-se investir em um marketing agressivo, mas ele é descolado da gestão. Essas informações não aparecem nos relatórios de sustentabilidade, não há transparência.

No exterior, em especial nos países desenvolvidos, esse movimento já é tão disseminado que resultou numa lista dos seis principais pecados do greenwashing, elaborada pela agência canadense de marketing ambiental TerraChoice. Há 20 anos observando propagandas de apelo verde, a equipe da agência percebeu que o greenwashing cresceu à medida que aumentou o interesse do público por questões ambientais.

A análise das promessas nas embalagens de mais de mil produtos disponíveis em mercados americanos serviu de base para a definição dos pecados. O primeiro e mais comum é o dos malefícios esquecidos - produto destaca um benefício ambiental, como ser reciclável, mas não menciona quanta energia é gasta para sua produção, ou diz que é feito sem testes em animais, mas sua decomposição pode prejudicar a cadeia alimentar.

Outros problemas observados pela equipe são: falta de provas (como lâmpadas que anunciam maior eficiência energética sem apresentar qualquer estudo comprovando); promessa vaga (produto traz dizeres como "verde", "ambientalmente produzido" ou que é "livre de químicos" sem detalhamento); irrelevância (destaca um benefício que é uma obrigação, como ser livre de CFC, substância banida do mercado americano) e a mentira mesmo. O último é o chamado "pecado de dois demônios", que até traz alguns benefícios reais, mas em produtos cuja categoria é questionada, como cigarros orgânicos.

Erro de avaliação - Entre os "equivocados", é comum a empresa confundir sustentabilidade com filantropia e assistencialismo, como adotar uma creche ou uma praça e dizer com isso que é sustentável. Não adianta, por exemplo, plantar árvores, sem rever o nível das suas emissões de gases de efeito estufa, fazer gestão de resíduos ou diminuir o consumo de água.

Muitas estão ainda mais longe disso, porque nunca inventariaram suas emissões para identificar fontes onde é possível fazer reduções. Outras têm o dever de reduzir emissões estabelecido por órgãos ambientais, mas anunciam isso como se fosse uma posição inovadora da empresa. Nessa linha de contar vantagem em cima do cumprimento da lei também é comum ver empresas se vangloriando de respeitar a reserva legal e as matas ciliares.

Ainda mais grave é fazer apenas algumas mudanças consideradas "cosméticas" sem observar o impacto de sua cadeia de produção. De que adianta uma construtora, por exemplo, fazer um prédio com captação da água de chuva e aquecimento solar da água de chuveiro sem olhar para seus materiais. A madeira vem de desmatamento? A fabricação do aço tem trabalho escravo, a olaria usa trabalho infantil?. (Fonte: Estadão Online)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Tecnologia verde - Siemens apresenta conceito de celulares ecológicos


A tendência de se construir dispositivos com baixo impacto ambiental, de modo a reduzir a poluição está se confirmando. Recentemente, na Europa, a Siemens anunciou que irá adotar um código de conduta para o meio ambiente. A empresa vem desenvolvendo propostas de construção sustentável de eco dispositivos. Em curto prazo, poderemos ter disponíveis no mercado novos modelos de equipamentos desenvolvidos nesse novo conceito verde.

Nesse sentido inclui-se a nova família EcoVision de telefones móveis. Esses aparelhos são construídos em materiais recicláveis, orgânicos e eco plásticos. Dois modelos foram apresentados, o “Folha” e o “Solar”, completamente alimentados por energia solar.

Além da preocupação com os materiais e a forma de utilização de energia, o cuidado com o design não foi esquecido. O display invisível está inserido em uma lente translúcida, dando ao telefone um toque futurista. Os modelos foram desenvolvidos para consumir menos energia. Isso é apenas o começo.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Meio ambiente - Livre o mar do nuclear, o slogan que o ministro esqueceu


Cariocas e fluminenses, principalmente aqueles que vivem na Costa Verde (Paraty, Angra e Mangaratiba), lembram-se disso?

Pois é. O que está acontecendo com Carlos Minc, que durante sua vida toda de deputado militante criou e encabeçou a campanha acima, mobilizando as comunidades em manifestações contra a energia nuclear? Pelo que está acontecendo, podemos pensar que Minc usou a comunidade esse tempo todo para se promover e se sustentar num mandato quase que perpétuo na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e depois prestar o papelão de liberar a licença para Angra III, abaixando a cabeça para os interesses meramente econômicos (dentre outros que existem por trás de tanta dinheirama que certamente irá movimentar o projeto e encher o bolso de muita gente) desse desgoverno que aí está.

Manifestação contra a construção de Angra I,
no canteiro de obras, em 1989


As ações mirabolantes de Minc eram até esperadas por quem está acostumado a ver sua atuação aqui no Rio, suas constantes aparições na mídia (ponto forte do deputado onde mostra grande competência) mas, diante de tal importante questão, por sua história, tenho certeza que os ambientalistas e demais membros das comunidades que participam e participaram de tantas ações junto com o deputado, não esperavam por tanta passividade e obediência. Isso não é próprio de um legítimo ativista ambiental.


O pior de tudo é que Minc justifica usando termos totalmente vazios como "brutais exigências" as condições para licenciar a usina. O que ele e seu pessoal estão achando disso tudo? Acham que conseguem enganar mais alguém? São exigências medíocres, e no caso da energia nuclear, quaisquer exigências que se queira impor para promovê-la serão ridículas, pois nenhuma garantirá a segurança de um projeto desse tipo. Nenhuma exigência que se possa conceber diminuirá o risco de acidentes nucleares, que quando acontecem, causam as maiores catástrofes que podem ser imaginadas. A história é testemunha. Será que eles ainda não entenderam isso?

É inadmissível, num país como o Brasil, onde diversas alternativas de geração de energia são possíveis, que alguns loucos continuem a promever a expansão das termonucleares! Isso que está acontecendo é o maior crime ambiental que poderia ocorrer no país. Os responsáveis por isso tudo deveriam ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais. Todos deveriam estar presos. Mas estão aí, soltos, decidindo o destino do povo, o qual continua apático e indolente, não sei até quando, se é que algum dia terá coragem para mudar tal situação.

Mais uma vez se lixaram para o povo que, tenho certeza, na grande maioria continua contra tal barbaridade.

Hoje, quem defende a expansão das termonucleares no país está somente pensando em ganhar dinheiro. Não está comprometido com a preservação e conservação do meio ambiente. Não está comprometido com o desenvolvimento sustentável.

Minc, não dá mais para acreditar.

Eu não acredito mais na existência de políticos realmente preocupados com o meio ambiente. Eu não acredito mais em político. Eu não voto mais.