Promovido pela Água Marinha e o GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá, será realizado em 15 de maio o I FORUM DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA COSTA VERDE DO RIO DE JANEIRO. O evento pretende reunir o Poder Público, empresários, terceiro setor, agricultores e pescadores da região da Costa Verde para a apresentação e discussão de projetos de infra-estrutura ou de sustentabilidade social e ambiental, que venham contribuir para a redução dos problemas ambientais experimentados pelos municípios da região nas últimas décadas.
Com previsão de início para as 10:00 e término às 17:00, o fórum será realizado no IATE CLUBE DE ITACURUÇÁ, à Rua Evelina, 30, Itacuruçá, Mangaratiba, RJ. Mais informações: Tel.: (21) 2220-7645; 2240-9981; E.mail: ambiente@aguamarinha.org.
Motoristas enfrentam dificuldades para chegar a Paraty, no sul fluminense. A região é muito procurada por turistas, mas um dos acessos está interditado: a Estrada Paraty-Cunha. A estrada fechada atrapalha os turistas e a população, não apenas os de São Paulo, que poderiam usar a estrada para chegar a Paraty, mas, principalmente, os pequenos produtores rurais da região. A estimativa é de que o prejuízo seja de R$ 10 milhões. O mais alarmante é que a Estrada Paraty-Cunha, assim como a Rio-Santos, é rota de fuga em caso de acidente nas usinas nucleares de Angra dos Reis. A situação das duas rodovias foi tema de uma Audiência Pública no município na semana passada. O encontro discutiu a importância das estradas e a Prefeitura de Paraty pretende levar esta discussão ao Ministério Público, estadual e federal, com o objetivo de condicionar o início da construção de Angra 3, à recuperação das duas estradas. Vários políticos da região participaram da Audiência Pública para reforçar a importância das obras. Para eles, as más condições do trecho da Rio-Santos que passa pela cidade histórica e a Paraty-Cunha, que está interditada desde o dia 10 de janeiro, quando o município foi atingido por uma tromba d’água, atrapalham as cidades vizinhas. O funcionamento da estrada é um sonho antigo dos moradores de ambos os municípios, na esperança de viabilização do desenvolvimento econômico da região.
A Paraty-Cunha é o acesso mais curto entre São Paulo e Paraty. A beleza natural é um dos atrativos da estrada, que faz parte da lista de roteiros mais procurados por turistas, por reunir também sobrados coloniais, pousadas, bons restaurantes, cachoeiras para banho e ateliês de arte. Pelos 47 km que ligam Cunha a Paraty há um trecho de 10 km de terra que passa por dentro do Parque Nacional da Serra da Bocaina. Pela Rodovia Presidente Dutra, quem usa a saída de São José dos Campos sentido Caraguatatuba/Ubatuba roda 310 Km. Quem usa a saída Taubaté/Ubatuba faz 290 Km e quem escolhe ir por Guaratinguetá/Cunha percorre 265 Km até chegar em Paraty.
Lideranças de 100 comunidades do Rio de Janeiro se reuniram em assembleia para tomar medidas contra a polêmica construção de muros no entorno de 11 favelas do Rio de Janeiro. Será criada uma comissão de negociação com o Estado para propor um anel viário na Rocinha como alternativa. O movimento promoverá um ato público e já conta com o apoio de um defensor público do Estado.
Os representantes das comunidades foram unânimes em condenar a construção dos muros em torno das favelas. Para eles, o muro não vai trazer benefício nenhum para as comunidades e o estado tem que entrar com uma ação social, com emprego, com educação, garantindo os direitos dos cidadãos.
A Defensoria Pública do estado acompanhou o encontro e informou que pode tomar medidas jurídicas contra a instalação das barreiras de concreto. Segundo o Defensor Público Alexandre Mendes, o objetivo seria declarar o muro ilegal, impedindo sua construção.
O governo já fez a licitação para construir seis quilômetros de muros ao redor dos morros da Rocinha e da Chácara do Céu, na Zona Sul, e Pedra Branca, na Zona Oeste. No Morro Dona Marta, em Botafogo, a obra já começou. Está prevista a construção de uma barreira de 600 m separando a favela da mata.
Para o presidente da Emop-RJ, Ícaro Moreno, o muro é para, de um lado, proteger a comunidade, em termos do crescimento horizontal, e, por outro lado, proteger o bioma da Mata Atlântica, que está sendo destruído. Os representantes das comunidades não querem o muro, mas são a favor de conter o crescimento ilegal das favelas. Por isso, na reunião, também discutiram propostas alternativas ao projeto do governo do estado.
A substituição do muro por um anel viário é uma das idéias defendidas que as comunidades querem levar ao governador.
Estamos acostumados a mostrar aqui no blog, o caos em que se encontram os diversos setores no país, principalmente o de saúde. A população nunca teve direito a serviços dignos de saúde pública. Os hospitais públicos, em todo o país, estão em péssimas condições. Não é novidade para ninguém. Certamente, só os políticos que acreditam no paraíso apregoado pelo líder mor e, é claro, a meia dúzia de puxa sacos, pelegos, que se locupletam do poder para viver ou, quero crer, ainda vivem de ilusão. Na realidade, já não acredito mais que sejam inocentes, incautos, que acreditam que tudo anda às mil maravilhas. A situação já deixa transparecer os interesses particulares (como de costume) e, em muitos casos, a má fé mesmo.
Pois bem, não bastasse a vergonha dos serviços públicos, originada evidentemente pela irresponsabilidade, corrupção, puro mercantilismo e, pior de tudo, pelo cinismo dos que governam, o brasileiro não pode mais acreditar nem no setor privado. Nos últimos anos, aqueles que tinham condições para se associar a um plano de saúde privado, o fizeram na ilusão de suprir o déficit existente no setor público, mesmo com todos os impostos que continuam pagando. Impostos que estão indo literalmente para o ralo há anos. A proliferação dos planos privados se deu como praga se alastrando no milharal. Existe um corretor de plano de saúde em cada esquina desse país. Esse, que seria talvez a saída para garantir uma assistência digna ao cidadão, também nos parece falido em sua maioria, visto as reclamações que chegam aos PROCONS e juizados.
Hoje, recebemos a denúncia de insatisfação com o atendimento de um desses estabelecimentos que prestam assistência médica conveniada. Provém da família da Srª. Leila Abrahão da Silva contra o Hospital CEMERU de Santa Cruz-RJ (terceirizado da Prolife).
Segundo informam seus familiares, Leila faleceu em virtude de um choque séptico no dia 06/04/2009 ás 13:30, como consta no Atestado de Óbito. Os familiares foram informados pela equipe médica do hospital que ela havia contraído uma bactéria denominada MRSA, não tendo sido orientados de como proceder com a paciente após esta ter contraído a tal bactéria. Leila estava infectada e seus familiares nada sabiam. No mesmo dia 06 ela foi internada no CTI que permitiu o acesso dos familiares, os quais exigiram orientações da equipe médica. Enquanto isso, sem informações, os membros da família tiveram contato direto com a paciente, tocando-a, confortando-a e beijando-a, o que, certamente, ampliou a possibilidade de mais pessoas se contaminarem.
Ainda segundo os familiares, o CTI do Hospital CEMERU não apresenta boas condições de higiene. Além das moscas, os funcionários que fazem a higienização retiram os sacos de roupas sujas arrastando-os pelas dependências do CTI, passando entre os familiares que aguardam a visita, descendo a rampa de acesso para ir não sabe para onde. O capote de pano da paciente, que só foi usado depois de vários questionamentos da família, ficava pendurado no cabideiro e encostava-se à cortina do paciente do leito adjacente. Os enfermeiros passaram talco (de outro paciente) em Leila, sendo ela alérgica e com MRSA! Foi solicitada a retirada do talco, quando então providenciaram outro medicamento. A paciente era higienizada com sabonete levado pela família, pois não havia sabonete no CTI. Os maqueiros e motoristas de ambulâncias de outros convênios entram no CTI para a remoção de paciente sem luvas, ou melhor, sem qualquer restrição! Detalhe: no CTI haviam outros pacientes com MRSA! Por alguns dias, durante uma obra na porta de entrada do CTI, o acesso foi desviado para uma porta lateral e os acompanhantes tinham que utilizar a pia de preparo de medicamentos dos pacientes para a lavagem das mãos.
A família informa que encaminhou essa mesma denúncia ao convênio que Leila era assegurada, a GEAP, não só pelo desrespeito e indignação causados à paciente e familiares, mas também para alertar às autoridades e familiares de outros pacientes a forma como está funcionando o CTI do Hospital CEMERU (Prolife), tanto na questão infraestrutura, quanto ao corpo técnico do hospital.
Está faltando fiscalização por parte das seguradoras e das autoridades de saúde. Não é possível continuar pagando tantos impostos, mais plano de seguro saúde privado e receber os mesmos péssimos serviços. É o caos do caos. ANVISA, Ministério, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais, Vigilância Sanitária, GEAP e outros convênios: fiscalização rigorosa já! A MRSA não está restrita a ambientes hospitalares. Ela pode ser transmitida na comunidade como já vem sendo comprovado. Unidades hospitalares sem condições de funcionamento podem estar servindo de foco de dispersão para as comunidade, não só de MRSA mas de outras bactérias e vírus resistentes a medicamentos e higienização convencionais.
A Bactéria
A MRSA (Methicillin-resistant Staphylococcus aureus) é uma bactéria que se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro à penicilina em 1947, e logo depois à meticilina. Foi descoberta originalmente no Reino Unido em 1961 e atualmente está muito propagada, particularmente em hospitais, onde, por causa da resistência crescente, o Staphylococcus aureus (estafilococo dourado) é chamado de superbactéria (ou supergerme). Embora seja vista tradicionalmente como uma infecção associada aos meios hospitalares, existe atualmente nos EUA uma epidemia de MRSA que é adquirida pela comunidade. As abreviações CA-MRSA (associado à comunidade) e HA-MRSA (associado ao hospital) são usadas para distinguir as duas situações.
O principal modo de transmissão do Staphylococcus aureus é de paciente para pacientes, via mãos dos funcionários, que se tornam colonizadas transitoriamente após manipular pacientes ou artigos contaminados. A transmissão aérea também pode ocorrer, porém em menor frequência. Fazer a cama pode dispersar microrganismos no pó gerado, aumentando a contaminação aérea. Outro vetor de transmissão seriam os próprios animais, já que a bactéria também se acomoda nas fossas nasais sendo assim também transmitidas. Os alimentos também podem transmitir a bactéria, se estiverem sendo mantidos fora das condições naturais de conservação, sendo um alto vetor de transmissão, principalmente em ambientes que favoreçam a perecibilidade dos mesmos.
A Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Superintendência Estadual de Rio e Lagoas (Serla) não existem mais a partir desta segunda-feira (12-01-2009). Os serviços prestados pelos três órgãos foram unificados no Instituto Estadual do Ambiente (INEA), criado por decreto do governador Sérgio Cabral. Com cerca de 1.150 funcionários, entre os quais os 215 analistas ambientais que serão empossados hoje, o INEA passa a ser o órgão executor de todas as políticas ambientais do Estado do Rio.
O INEA vai funcionar em prédio próprio, de seis andares, na Avenida Venezuela 110, no Centro. O prédio será inaugurado na manhã desta segunda-feira pelo governador, que também vai assinar o ato de criação do INEA, empossar o presidente, o arquiteto Luiz Firmino, que deixou a presidência da Serla, e dar posse aos concursados. Com a criação do INEA, a Secretaria do Ambiente vai formular as políticas ambientais do Estado e o INEA vai executá-las.
A intenção é facilitar o atendimento à população para reclamação, denúncias ou obtenção de licenças ambientais, centralizando todo o processo em um único órgão. O INEA terá superintendências regionais em nove municípios, cujos analistas terão autoridade para emitir licenças ambientais e autos de infração, que funcionarão em Niterói, Araruama, Macaé, Campos, Nova Friburgo, Petrópolis, Volta Redonda, Angra dos Reis e Itaguaí.
Tomara que não seja mais um órgão ambiental que já surja falido como tantos outros, sem estrutura e equipamentos para fiscalização, baixos salários para o funcionalismo, profissionais sem capacitação, cabide de emprego para cabos eleitorais, dentre outras mazelas. Vamos torcer para que finalmente alguma coisa dê certo na área ambiental do estado.