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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meio ambiente – Nada a comemorar


Infelizmente, não temos nada a comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente. Comemorar o quê? Os 197 Km2 desmatados no último trimestre na Amazônia? A devastação desenfreada de biomas como a Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga? A algazarra que se tornou o setor de meio ambiente do Governo Federal e que se espalha pelos estados e municípios? O tráfico de animais silvestres que cresce a cada dia que passa? O consumo irracional crescente e estimulado por governos e empresários inescrupulosos? Corrupção generalizada? Falta de saneamento básico? O PDBG (Programa de Despoluição da Baía de Guanabara) que há décadas não trás nenhuma melhoria para as condições ambientais da Região Metropolitana do Rio? Aliás, onde anda essa dinheirama? A destruição escancarada da Baía de Sepetiba? Os 70% de rios poluídos em todo o país? O desperdício descomunal e diário de água e energia? A falta de compromisso dos governos com o meio ambiente e a qualidade de vida da população? A pesca predatória que assola rios e mares brasileiros? Os órgãos ambientais falidos? Angra 3 e as 60 termonucleares anunciadas pelo Lobão? A falta de estrutura e pessoal capacitado para a gestão do setor no país? As unidades de conservação sendo invadidas e sem qualquer estrutura de defesa? A desertificação galopante por todo o planeta? O "desenvolvimento" a qualquer custo? As injustiças sociais? O descaso e o cinismo das "autoridades"?

Comemorar o quê?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Agenda – Costa Verde Fluminense terá seu primeiro fórum de projetos


Promovido pela Água Marinha e o GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá, será realizado em 15 de maio o I FORUM DE PROJETOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA COSTA VERDE DO RIO DE JANEIRO. O evento pretende reunir o Poder Público, empresários, terceiro setor, agricultores e pescadores da região da Costa Verde para a apresentação e discussão de projetos de infra-estrutura ou de sustentabilidade social e ambiental, que venham contribuir para a redução dos problemas ambientais experimentados pelos municípios da região nas últimas décadas.

Com previsão de início para as 10:00 e término às 17:00, o fórum será realizado no IATE CLUBE DE ITACURUÇÁ, à Rua Evelina, 30, Itacuruçá, Mangaratiba, RJ. Mais informações: Tel.: (21) 2220-7645; 2240-9981; E.mail: ambiente@aguamarinha.org.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Serviços ambientais – Em MG, produtores rurais são pagos para preservar a natureza


Na Zona da Mata mineira, um projeto gerenciado por uma organização não-governamental, distribui recursos aos produtores que contribuem efetivamente para a preservação do meio ambiente. Trata-se de uma das iniciativas bem sucedidas no Brasil de o pagamento de agricultores que preservam a mata atlântica, em Minas Gerais. As áreas são selecionadas por técnicos da Associação do Meio Ambiente de Juiz de Fora, mediante o potencial de recursos naturais que ela abriga, como nascentes, minas e córregos, avaliando-se a importância que a área tem para o abastecimento de água, por exemplo.

Nove produtores recebem de R$ 140 a R$ 400 por hectare ao ano para preservar, recompor a mata ou plantar espécies nativas. Mais sete proprietários de terra serão beneficiados este ano para que a região se torne um corredor ecológico. Segundo os ambientalistas, na prática o incentivo sensibiliza muito mais o produtor do que a multa e o castigo. Atualmente eles sentem a mata mais deles e mais valorizada.


Os produtores também ganham arame e mourão, para fazer cerca em volta da mata, isca para formigas e mudas. O projeto é uma parceira do governo de Minas Gerais e um banco alemão.

No ano passado, Octávio de Almeida recebeu R$ 450. O dinheiro ajuda a cuidar do sítio, que não tem renda própria. Já na propriedade vizinha, a renda foi bem maior. O produtor Hélio Domingos, que tira 220 litros de leite por dia, recebeu R$ 4.760, em 2008. Ele preserva 32 dos 105 hectares da fazenda, um número maior do que os 20% da reserva legal.

Um belo exemplo para o Dia da Conservação do Solo. Deveria ser seguido em todo o país. Pagamento de serviços ambientais já. Quem preserva merece reconhecimento, respeito e retribuição. Quem degrada, a lei.

terça-feira, 24 de março de 2009

Meio ambiente - Falta de saneamento causa 65% das internações do SUS


Além da hepatite A, da diarreia e da febre tifóide, doenças como cólera, giárdia e salmonelose podem ser transmitidas pela água sem tratamento. As doenças causadas pela falta de saneamento básico são responsáveis por 65% das internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

A maioria dessas doenças é causada por micro-organismos eliminados pelo intestino. O corpo, como defesa, expulsa boa parte dos agentes causadores de doenças pelas fezes. Se o esgoto n
ão é recolhido e tratado, volta ao ambiente e contamina outra pessoa, perpetuando o ciclo da doença. A diarreia provocada por saneamento inadequado mata 7 crianças com idades de 1 a 5 anos por dia no Brasil, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Por ano, são mais de 2,5 mil.

O elo fraco da falta de saneamento é a criança. A ausência de saneamento interfere até na aprendizagem. Problemas relacionados a doenças transmitidas pela água são responsáveis por 34% das faltas de crianças a creches e salas de aula. As crianças sofrem mais, mas o problema não escolhe idade, raça ou condição social. Em Ilhabela por exemplo, refúgio de abastados no litoral norte paulistano, tem somente 3% do esgoto tratado. O camarão e a lagosta, pratos associados a pessoas de alto nível social, são um grande dem
ocratizadores da falta de saneamento do país. Quando pescados numa praia onde há despejo de esgoto in natura, o risco de eles serem o vetor de um vírus ou bactéria é grande.

Riscos como os descritos anteriormente tornam-se mais graves em localidades onde são freqüentes as fossas negras, poços rasos e bicas usadas por moradores para tirarem água para beber. A fossa negra é um buraco, normalmente de 3 a 5 m de profundidade, onde são despejados os dejetos da cozinha e do banheiro. Ela raramente tem algum revestimento, o que faz o material sólido e líquido penetrar diretamente no solo.

Uma saída para regiões distantes da rede coletora é recorrer a fossas sépticas com sumidouro. Nesse sistema, há uma decantação do mate
rial sólido e o líquido é vazado para outro recipiente com fundo vedado e furos laterais. Assim, o líquido é absorvido pelo solo de maneira horizontal, facilitando a filtragem natural.

Procure orientações na Prefeitura de sua cidade sobre o tratamento de esgotos e cobre dos administradores públicos providências para solucionar a falta de saneamento em seu município. Não fique parado. Alerte seus vizinhos. Saneamento é coisa séria.

Recursos hídricos - Bairro nobre de Brasília é recordista mundial de desperdício


O recorde de desperdício de água por habitante no mundo pertence ao Brasil. Ele foi detectado no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, conhecido como bairro dos ministros, onde o gasto médio diário por pessoa é de mil litros. Enquanto isso, em países da África, como a Namíbia, por exemplo, as pessoas têm menos de um litro de água por dia. O consumo diário médio de água por pessoa nos grandes centros urbanos brasileiros oscila entre 250 a 400 litros do recurso natural. O volume é mais que o dobro do considerado ideal pela Organização das Nações Unidas (ONU) fixado em 110 litros/dia.

Somente cinco países no mundo apresentam um nível de consumo de água per capita previsto pela ONU: Alemanha, Bélgica, República Tcheca, Hungria e Portugal. Os resultados alcançados por esses países se devem à conjugação de tecnologia com informação, educação ambiental e reeducação da população adulta, caminho que também deve ser seguido pelo Brasil para reverter o alto nível de desperdício de água.

Segundo o engenheiro Paulo Costa, Diretor Comercial da consultoria paulista H2C, especialista em programas de racionalização do uso de água, é urgente que os brasileiros adotem uma nova postura diante do consumo de água. Infelizmente, é preocupação geral da sociedade e dos governos a ampliação da produção de água, em vez de buscar reduzir o consumo. O volume de água disponível em 1950 é o mesmo que temos hoje, mas temos alguns bilhões a mais de seres humanos. Sem controlar a demanda, o trabalho que as concessionárias de água e a população vêm fazendo é de apressar o término dos estoques. A água é a mesma, precisamos é controlar a forma como usá-la. Dados da ONU apontam que mais de 4 bilhões de pessoas vão ter problemas com escassez de água em 2050. Existe tecnologia de sobra no Brasil para gerir a demanda da água, que é um bem finito, não renovável e tem um custo elevado de tratamento.

A conjugação de tecnologia e educação ambiental pode levar condomínios residenciais a terem 30% a 40% de economia por mês em seus gastos com água. Já nos condomínios comerciais, empresas e indústrias, a redução do gasto mensal com água pode chegar a 60%.

domingo, 22 de março de 2009

Água – 22 de março, Dia Internacional da Água


Hoje é o Dia Internacional da Água, um recurso essencial para a sobrevivência do planeta, mas que nem sempre é respeitado. Para evitar o desperdício, é preciso ficar de olho no consumo responsável. Uma gota que cai constantemente de uma torneira pode parecer pouco, mas que somam 1.380 litros de água jogados fora por mês. Se ela pinga cerca de 1 vez por segundo significa que no final do dia vamos ter um balde de 45 litros cheio, se multiplicarmos pelo número de dias do ano, teremos 16 tanques de água com capacidade para atender uma família por dia.

De acordo com a declaração Universal dos Direitos editada pela ONU, "a água não deve ser desperdiç
ada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis"...

O alerta é feito com clareza, no entanto, não vem sendo observado ou cumprido pelo ser humano. A realidade é outra. Há anos os recursos hídricos vêm sofrendo, no mundo todo, os efeitos da super exploração, degradação das bacias, poluição, desmatamento e desperdício. Se uma pessoa deixar de comer, ela pode resistir até 40 dias, se deixar de beber água, ela consegue sobreviver apenas 3 dias. Mesmo assim, a população ainda não está consciente de que a água doce no mundo é um recurso finito. Normalmente, as florestas não são relacionadas com a água que chega às casas, e sendo assim, fica mais difícil a preservação. É preciso saber que a floresta desmatada, o rio poluído, a ocupação desordenada do solo prejudicam, e muito, a captação, a qualidade e a quantidade de água nos mananciais, reservatórios e bacias.

A maior consumidora de água potável é a agricultura e as pessoas não têm consciência desse fato. Os consumidores acreditam que o grande vilão do consumo de água e da poluição é a indústria, seguido pelo consumo doméstico. A verdade é que a irrigação consome 70% dos recursos hídricos do país. Para diminuir o problema, as plantações deveriam ser irrigadas com formas mais econômicas, aplicando-se técnicas como o gotejamento, microgotejamento e
microaspersão, ao invés de pivôs centrais, que espalha desperdiçando praticamente 2/3 da água para a atmosfera. Além do desperdício na irrigação, o desmatamento e as queimadas utilizadas para o plantio de novas safras também provocam a escassez da água, comprometendo as nascentes e os rios.

O Brasil é o 10° produtor de água virtual do mundo. Considera-se água virtual toda a água usada para se fabricar um bem. Pode ser uma manga, uma camiseta, um quilo de carne. Estabelecendo-se uma relação, um quilo de pão utiliza 150 litros de água, enquan
to um quilo de batata usa 2.000 litros. Um quilo de carne, considerando desde o nascimento do boi até a entrega ao consumidor final, gasta 10.000 litros de água. Por isso a Europa importa grandes volumes de carne produzida no Brasil, pois se o europeu tiver que produzir a mesma carne em regime de confinamento, ele gastaria 40.000 litros de água.

Outro grave problema é o saneamento básico. Os rios sofrem com o lançamento de esgotos sem tratamento e com os resíduos sólidos despejados em suas águas. Além do lixo doméstico, lâmpadas, medicamentos, inseticidas e pilhas são descartados sem o mínimo controle.

A água que chega nas residências, é captada nos mananciais e transportada para as estações de tratamento. Quanto mais longe estiver o manancial, mais caro chega a água ao consumidor final. E quanto mais poluída estiver a água, mais produtos químicos e tempo são empregados em seu tratamento.

Cada pessoa gasta em média 200 litros água por dia, mas esse consumo pode diminuir se for bem planejado, aplicando-se algumas medidas no nosso dia a dia para se evitar o desperdício, ajudando a diminuir o impacto da ação do homem sobre os recursos hídricos, tais como:

- no banho, feche a torneira para se ensaboar;
- verifique se as válvulas da descarga estão em boas condições de funcionamento;
- usando a máquina de lavar roupas, inicialmente, lave as roupas brancas, depois as escuras, com a mesma água lave o jeans. No enxágue, continue a sequência das roupas brancas para as mais escuras;
- vistorie sempre a possível existência de vazamentos, providneciando imediatamente o conserto;
- ao escovar os dentes, lavar louças ou fazendo a barba, feche a torneira;
- use um balde ao invés de mangueira para lavar o carro;
- cobre dos governos uma política mais ágil para evitar o desperdício e a destruição das nascentes dos rios.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Educação ambiental – Dia Estadual de Limpeza dos Rios


Para comemorar a terceira edição do Dia Estadual de Limpeza dos Rios, a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro promove nesta segunda-feira (16) um mutirão de limpeza e uma exposição de objetos retirados do Rio Pavuna-Meriti, na Baixada Fluminense. Centenas de garrafas pet, móveis, carcaças de carros, pneus, eletrodomésticos e outros objetos são jogados todos os dias em rios, canais e lagoas do Rio. Uma amostra da grande variedade destes resíduos será exibida para um grupo de alunos, na ecobarreira do Rio Pavuna-Meriti. Cem alunos de escolas municipais e estaduais participarão das atividades educativas sobre recuperação e preservação do meio ambiente. Desde o início do trabalho de limpeza no local, há cinco meses, foram recolhidos 2,1 mil toneladas de lixo, com destaque para 283 pneus.

O evento será aberto pela Secretária Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, com a presença do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, com atividades acontecendo simultaneamente, no Canal do Cunha, na Maré, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital e em várias cidades do Estado, tendo como objetivo despertar e conscientizar as comunidades, sobretudo as ribeirinhas, para a necessidade de preservação ambiental, estimular ações de recuperação e preservação, além de fortalecer e despertar multiplicadores da mensagem em prol da preservação dos corpos hídricos, exposição e destino final de resíduos sólidos. Também fazem parte da programação, a apresentação da Orquestra de Violões Encantados, do grupo de teatro Companhia Emergencial Teatral e depoimentos de agentes ambientais.

O Dia Estadual de Limpeza dos Rios, que este ano se associa às comemorações pelo Dia Mundial da Água (22 de Março) mobiliza também o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e outros órgãos estaduais, prefeituras, empresas, associações de moradores e de trabalhadores, ambientalistas, voluntários e representantes da sociedade civil de todo o Estado.

sábado, 14 de março de 2009

Meio ambiente - Brasil é condenado em Tribunal da Água


O Governo brasileiro foi condenado hoje simbolicamente pelo Tribunal da Água, por más práticas relacionadas aos recursos hídricos. O Tribunal da Água teve sua sessão iniciada na última quarta-feira e terminada hoja. Trata-se de uma corte ética organizada pelo Tribunal Latino-americano da Água, uma ONG costarriquenha, e pela Fundação Heinrich Böll, durante o V Fórum Mundial da Água em Istambul, Turquia. O Fórum reúne até 22 de março cerca de 20 mil pessoas entre chefes de Estado e de Governo, representantes de empresas e associações, para discussão de diferentes temas relacionados à água.

O júri, presidido pela artista turca Pelin Batu, era formado pelo ex-procurador brasileiro Alexandre Camanho de Assis, pelo economista David Barkin (México), pela advogada Dilek Kurban (Turquia), pela autora Silke Helfrich (Alemanha) e pelo especialista em sustentabilidade Maurits Groen (Holanda).

O Brasil foi levado ao Tribunal e condenado pela construção de dua
s usinas hidrelétricas com represas de mais de 250 quilômetros quadrados, as usinas de Santo Antônio e Jirau, ambas no Rio Madeira, um dos principais afluentes do Rio Amazonas. Os membros do júri avaliaram que essas represas poderão prejudicar a vida da população indígena, alterar os ciclos fluviais e a biodiversidade local, lamentando a falta de cuidado do Governo brasileiro.

Se considerassem o problema do saneamento (a falta de saneamento é a principal causadora da poluição de nossos rios e mares, sem contar sua contribuição para o aumento de doenças), certamente o governo seria sentenciado com prisão perpétua.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Meio ambiente - 3 bilhões sofrerão com escassez de água em 2025


Cerca de três bilhões de pessoas, mais da metade da população mundial, sofrerão escassez de água em 2025. É o que revela o relatório divulgado na quinta-feira pela Unesco, a agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura. Se as atuais tendências continuarem, incluindo as secas, o aumento populacional, a crescente urbanização, a mudança climática, a proliferação indiscriminada do lixo e a má administração dos recursos, o mundo se dirigirá para uma catástrofe. Estes novos problemas estarão na agenda de uma importante conferência internacional, o Quinto Fórum Mundial da Água, que acontecerá em Istambul, Turquia, entre 16 e 22 deste mês.

Publicado a cada três anos, o relatório atual enfatiza a importância da água no desenvolvimento e crescimento econômico. Na África, destaca o documento da Unesco, meio bilhão de pessoas ainda sofre com a falta de condições básicas de saneamento. Esse panorama se reflete no fato de que 80% das doenças nas nações em desenvolvimento estão relacionados com a água, causando cerca de três milhões de mortes precoces por ano. Cinco mil crianças morrem por causa da diarréia a cada dia no mundo, sendo que cerca de 10% das doenças poderiam ser evitadas com medidas básicas de saneamento e higiene.

Crescimento populacional significa também mais pressão na agricultura, setor que mais consome água no planeta (cerca de 70%). Caso os atuais métodos de irrigação do solo não sejam aprimorados, a demanda do setor agrícola por água vai aumentar entre 70 e 90% até 2050.

Apesar de ser o país com a maior reserva de água doce do planeta, o Brasil não está imune aos problemas de escassez e mau uso, principalmente no setor agrícola, onde o desperdício é muito grande. A água é mal utilizada por todos os setores da economia, em particular na irrigação, onde ela é utilizada com baixa eficiência. O Brasil ainda está muito aquém de uma produção agrícola sustentável.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Meio ambiente – Mais uma face maquiada que cai por terra


Muitos acharam estranho não inserirmos qualquer matéria sobre o caso da última e criminosa contaminação do Rio Paraíba do Sul em novembro passado, por parte da empresa Servatis. Nós mesmos aqui na redação, ficamos divididos, se publicávamos ou não alguma coisa e, finalmente, optamos por não fazê-lo. Achávamos que seria inútil ficar repetindo o que todos os jornais e blogs estariam publicando, muitos preocupados em divulgar um “furo de reportagem” e/ou mesmo vender notícias, coisa que nunca passou por nossa cabeça, até porque não vivemos disso. Temos este espaço para expor opiniões, divulgar informações técnicas, entreter com educação, enfim, apresentar uma proposta séria, mas ao mesmo tempo leve e real, de forma que todos os que venham a ler o blog, eventualmente ou corriqueiramente, entendam o que está acontecendo ou o que poderá acontecer. Nossa proposta é simples: levar a sério o assunto meio ambiente. Não é nenhuma proposta mirabolante, simplesmente procurar enxergar as coisas de forma prática, real e transparente.

Pois bem, hoje nos deparamos com a notícia de que a empresa causadora da contaminação das águas do Rio Paraíba do Sul com endosulfan (pesticida altamente tóxico, com alto poder residual, que está sendo banido dos maiores mercados mundiais, capaz de provocar danos irreversíveis ao sistema nervoso além de ser potencialmente cancerígeno), a Servatis, com sede em Resende, RJ, possui certificado ISO 14001, comprovado no site da mesma, muito bem elaborado, exaltando aos quatro ventos a sua responsabilidade ambiental. É respeito ao meio ambiente de ponta a ponta no site.

Essa empresa é reincidente e nesse último episódio omitiu informações sobre o vazamento, que causou a mortandade de toneladas de peixes em período de piracema, prejudicando a vida de pessoas que dependem da pesca para sobreviver e que tiveram a atividade proibida por tempo indeterminado, impossibilitou o consumo de peixe em toda a região, provocou a interrupção do abastecimento de estações de tratamento de água de vários municípios, prejudicou as atividades agropecuárias que dependem da água do rio para se desenvolverem, causando baixas na produção rural, tudo isso afetando diretamente a vida de nada mais nada menos, 12 milhões de pessoas.

A onda tóxica contaminou o rio justamente durante o fenômeno da piracema, quando os peixes sobem o rio para desova, afetando drasticamente as 80 espécies de peixes que ali ocorrem, comprometendo a reprodução desses animais na região por três anos. Cem por cento das amostras coletadas de peixes mortos das espécies com valor comercial estavam cheias de ovos. Essas fêmeas desovariam entre o Natal e o Ano Novo. Jamais se viu uma situação tão dramática na região, dizem os especialistas.

Na ocasião, autoridades policiais e de órgãos técnicos responsáveis fizeram uma vistoria na empresa e constataram diversas irregularidades, principalmente em relação ao armazenamento inadequado do produto, representando risco iminente de vazamento para o meio ambiente.

A multa arbitrada pelo órgã
o responsável, de R$ 33 milhões, levou em consideração a precária situação financeira da empresa, a qual, obviamente, recorrerá e não pagará um centavo, como ocorre com 99% das multas emitidas. Mais uma vez a “impunidade verde” prevalecerá. Todos os responsáveis pelos crimes ambientais continuarão soltos.

Não bastasse tudo isso, a empresa faz propaganda enganosa em seu site divulgando ser certificada em ISO 9.000 e ISO 14.000. Mais um caso de “maquiagem verde”. Não é possível que essa empresa tenha conseguido essa certificação nos últimos dias. Certamente já era certificada, já era de conhecimento dos órgãos ambientais tal certificação, já se tinha conhecimento da tal maquiagem. Não é possível, pelos caminhos normais, que uma certificadora em suas auditorias aprovasse as condições inadequadas de armazenamento de um produto altamente tóxico, constatadas pelas autoridades após o acidente. Esse é o retrato da área de meio ambiente no país. Descaso, incompetência e despreparo das autoridades, negligência e também despreparo, omissão, conivência de certificadoras e a irresponsabilidade costumeira do empresariado, hereditária desde os primórdios desse país, tendo como lema o lucro acima de tudo, não importa como. Se der para enganar, vamos enganar, vamos tripudiar que não acontece nada mesmo. Esse é o pensamento. É o caos total. Funcionários públicos que garantem posição social com seus carguinhos nas infindáveis instituições desse país, diretor disso, presidente daquilo, chefe, encarregado, garantindo seus míseros salários pagos pela população sem fazer o que deveriam fazer, fingindo que trabalham; políticos eleitos e sustentados pelo povo na mesma situação, presidentes, governadores, prefeitos, que fingem que remuneram seus funcionários e também garantem os seus e as suas mordomias, tudo mantido pelo povo; empresários descompromissados com o social, visando somente o lucro, fingindo que pagam e explorando ao máximo seus empregados, dilapidando os recursos naturais do país, sonegando e corrompendo; e o povo que também finge que trabalha, sonega, omite-se, convive com a impunidade, corrompe, corrompe-se, além de ser explorado e enganado por todos eles. Se cada um desses agentes tivesse o mínimo de comprometimento social, ético, humanista, essas coisas não aconteceriam. A “maquiagem verde” anda junto com a “impunidade verde”.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Meio ambiente - Tratamento de esgoto ainda é o maior problema de saneamento no país


O baixo percentual de tratamento de esgoto no país – apenas 30% – é o principal gargalo da implementação das diretrizes
apontadas pela Lei do Saneamento, que além do acesso aos serviços de esgoto sanitário, prevê tratamento de água, drenagem urbana e destinação correta para os resíduos sólidos.

O acesso ao saneamento é mais crítico nas regiões Norte e Nordeste. Para universalizar o acesso ao saneamento no Brasil são necessários cerca de R$ 180 bilhões. Nos últimos cinco anos, o governo investiu R$ 12 bilhões e até 2011, outros R$ 40 bilhões serão liberados para as ações na área, no chamado PAC do Saneamento. Ainda é muito pouco em relação à demanda.

Muitos políticos tinham a imagem de que investir em saneamento significava enterrar obras (ainda hoje temos alguns que pensam dessa forma). Hoje, a população reconhece e cobra o saneamento como fundamental, necessário para qualidade de vida. Investir em saneament
o significa menos gasto com saúde e, consequentemente, mais saúde para o povo. É simples, não?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Qualidade de vida - Falta de saneamento - um problema que não querem resolver


Ontem (26/06), o RJTV mostrou uma denúncia de um morador da Baixada Fluminense, do município de Nova Iguaçu, reivindicando melhorias em sua rua, que desde que nasceu a 37 anos atrás, está repleta de buracos, sem pavimentação, esgoto a céu aberto, dentre outras mazelas. Lembra-se ainda na denúncia, que no bairro não é feita coleta de lixo que, quando o material não é queimado pelos moradores, fica acumulado na rua, um risco para a saúde da população. Nesses casos, o que mais ouvimos das autoridades é: estamos providenciando um projeto para a solução dos problemas da comunidade tal. E assim vão se passando os anos, décadas, e nada é feito.


Esse não é o retrato só de Nova Iguaçu, é da maioria das cidades brasileiras. A Baixada Fluminense está repleta desses problemas. Para onde vai tanto dinheiro de programas de saneamento, de obras de PACs, de financiamentos internacionais, de emendas orçamentárias, etc., etc.? Por quantas andam as obras de revitalização da Baía de Guanabara que contempla obras de saneamento na Baixada Fluminense e na maior parte da região metropolitana do Rio de Janeiro? Onde está esse dinheiro? E mais: Onde estão as obras? Enquanto isso tem gente se preocupando em fazer marcha da maconha na Vieira Souto.

Para não dizer que estou exagerando, assista esse próximo vídeo: