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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Agroecologia - Pequenos agricultores terão apoio técnico para manejo de polinizadores


Uma parceria entre os ministérios do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Agricultura e Desenvolvimento Agrário com a FAO levará a pequenos agricultores de todas as regiões do País as técnicas de manejo de polinizadores, como abelhas e besouros, capazes de aumentar significativamente a produtividade em diversas lavouras por meio da conservação da cobertura florestal. Serão investidos no projeto US$ 3,5 milhões da FAO e R$ 4 milhões do Fundo de Agronegócios, do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O MMA já dispõe de subsídios sobre o uso de polinizadores produzidos a partir de experiências-piloto financiadas com recursos do Probio em todas as regiões do País. Eles tiveram como foco especialmente entender o processo da polinização biótica (pelos insetos polinizadores), calcular quanto ela vale e identificar que práticas devem ser promovidas. Os estudos, que estão no prelo para publicação, foram feitos com as culturas de cupuaçu, açaí, murici, araticum, granola, mangaba, umbu, algodão, manga, goiaba, maracujá e tomate.

As experiências mostraram que os resultados do serviço polinização dependem do tipo de cultura e do contexto onde ela se encontra, sendo melhores quando os plantios estão próximos dos habitats dos polinizadores, que são as coberturas florestais nativas.

Nas áreas de café, em culturas convencionais (plantas em fileiras e limpas) e agroflorestais (combinadas com espécies florestais), as simulações mostram que houve um aumento de produtividade, chegando a até 15% em plantios convencionais vizinhos a fragmentos de florestas. Esses resultados mostram que não será difícil atribuir valor e remunerar o serviço ambiental de polinização. Segundo os pesquizadores, medir a polinização não é caro e é relativamente fácil. Basta se tomar uma decisão e treinar pessoas para a tarefa.

Um projeto de lei será encaminhado ao Congresso para a criação da Política Nacional de Serviços Ambientais e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Desmatamento – FAO alerta: planeta perde 200 km² por dia de florestas


Um novo levantamento da FAO alerta que 200 km² (20.000 ha/dia)de florestas estão sendo dizimadas por dia no mundo. Os dados ainda apontam que, entre 2000 e 2005, o mundo perdeu 7,3 milhões de hectares. Segundo o relatório, o Brasil desmatou, no mesmo período, cerca de 74% da área desmatada na América do Sul. Isso significa que, dos 42 mil quilômetros quadrados devastados por ano em toda a região sul-americana, pelo menos 31 mil estão localizados em terras brasileiras. Segundo a FAO, na América do Sul o desmatamento não deve ser reduzido nos próximos anos, apesar da baixa densidade da população do continente, além do que os altos preços dos alimentos e do combustível favorecem o corte das florestas para dedicar o terreno à criação de gado e aos cultivos comerciais destinados a alimentos e biocombustíveis.

A crise do setor imobiliário nos países ricos está tendo um impacto nas florestas, com a queda da demanda por madeira, mas a FAO também alerta que há uma queda de investimentos, o que deve afetar os esforços de gerência de reservas e de madeira certificada. Um dos temores é de que governos reduzam os investimentos no setor de energia limpa. Iniciativas que dependem de créditos externos para a redução de emissões também podem ser afetadas. Para completar, a contração da economia formal pode acabar dando mais espaço para o setor informal, o que pode provocar um aumento dos cort
es ilegais de florestas. Por outro lado, a demanda mundial de produtos e serviços ambientais deve aumentar nas próximas décadas em todo o mundo, pois as políticas energéticas e as relacionadas às mudanças climáticas levam ao aumento do uso da madeira como fonte de energia, embora esta tendência possa ser afetada pela recente crise econômica (a velha máxima de nosso poeta Caetano Veloso: “Ou não!” – resumindo: tudo pode acontecer!).

Para o órgão, plantar árvores, aumentar os investimentos em gestão florestal sustentável, uma promoção ativa da madeira na construção com critérios ambientais e energias renováveis, devem ser parte integral do desenvolvimento verde.

O relatório destaca que na África, a diminuição das florestas continuará no ritmo atual, elogia a Europa pela política bem desenvolvida de proteção ao meio ambiente e prevê uqe na Ásia e no Pacífico, onde vive a metade da população mundial, com alguns dos países mais populosos do planeta, a demanda de madeira e produtos madeireiros deve continuar aumentando.

Finalizando, a FAO recomendou nesta segunda-feira à comunidade internacional que melhore a gestão do setor florestal diante da nova conjuntura econômica e das mudanças climáticas, adaptando as instituições florestais às rápidas mudanças do meio ambiente, reinventando órgãos públicos no setor florestal, pois eles têm sido lentos na hora de se adaptar às mudanças.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Crime - 925 milhões de famintos no planeta


O número de pessoas com fome no mundo passou de 850 milhões para 925 milhões em 2007, devido à disparada dos preços dos alimentos, anunciou nesta quarta-feira (17) em Roma o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Jacques Diuf.

O índice FAO dos preços dos alimentos teve aumento de 12% em 2006 com relação ao ano anterior, de 24% em 2007 e de 50% durante os sete primeiros meses deste ano. Será preciso investir US$ 30 bilhões por ano para duplicar a produção de alimentos e acabar com a fome. Esse valor é necessário para dobrar a produção de alimentos para dar de comer a 9 bilhões de pessoas. Este valor é bastante modesto, se comparado às somas desembolsadas pelos países membros da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em apoio à sua agricultura (US$ 376 bilhões) ou a seus gastos com armamento (US$ 1,2 trilhão em 2006).

Os países membros da FAO se comprometeram durante a cúpula no início de junho em Roma a reduzir pela metade o número de pessoas que sofrem de fome até 2015. Com as tendências observadas hoje, esta meta seria alcançada em 2150 em vez de 2015.

Não é só devido à inflação e falta de alimentos que o número de famintos vem crescendo no mundo. Aliás, alimento existe em abundância, sem contar o potencial para produzi-los. É principalmente pela ganância, o egoísmo e o consumo desenfreado de poucos abastados que se acham no direito de esgotar os recursos naturais para encher seus bolsos, suas barrigas e proporcionar-lhes os mais escandalosos prazeres. É pela desumanidade de políticos corruptos e empresários inescrupulosos, acostumados a explorar os menos favorecidos. É pela falta de coragem de alguns políticos de promover real distribuição de renda e não assistencialismo barato. Pela falta de vergonha de políticos que não dão atenção às necessidades básicas de seu povo, como educação, saúde, saneamento e habitação. A inflação é conseqüência dessas desgraças que estão presentes em todos os países. É inadmissível, desumana e vergonhosa a concentração de riqueza que vem se consolidando nas últimas décadas no planeta Terra.
Consumismo foi o maior crime sócio-ambiental do século passado e continua a ser no início deste século. Até quando essa gente continuará cega?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Meio ambiente - IPCC pede menos consumo de carne


O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), Rajendra Pachauri, sugere que as pessoas deveriam parar de comer carne um dia por semana se quiserem fazer uma contribuição pessoal e efetiva ao combate à mudança climática.

Prêmio Nobel da Paz 2007, Pachauri destacou a importância de mudanças na dieta, devido à grande quantidade de emissões de dióxido de carbono e outros problemas ambientais associados à criação de gado. Na opinião do economista indiano, que é vegetariano, é relativamente fácil mudar os hábitos alimentares em comparação à modificação dos sistemas de transporte.

Após eliminar o consumo de carne um dia por semana, Pachauri propõe continuar reduzindo. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) estimou que o setor de criação de gado representa 20% das emissões globais de gases do efeito estufa. Além disso, também é uma das principais causas da degradação do solo e dos recursos hídricos. Segundo a FAO, o consumo de carne vai duplicar em meados deste século.