
O MMA já dispõe de subsídios sobre o uso de polinizadores produzidos a partir de experiências-piloto financiadas com recursos do Probio em todas as regiões do País. Eles tiveram como foco especialmente entender o processo da polinização biótica (pelos insetos polinizadores), calcular quanto ela vale e identificar que práticas devem ser promovidas. Os estudos, que estão no prelo para publicação, foram feitos com as culturas de cupuaçu, açaí, murici, araticum, granola, mangaba, umbu, algodão, manga, goiaba, maracujá e tomate.

Nas áreas de café, em culturas convencionais (plantas em fileiras e limpas) e agroflorestais (combinadas com espécies florestais), as simulações mostram que houve um aumento de produtividade, chegando a até 15% em plantios convencionais vizinhos a fragmentos de florestas. Esses resultados mostram que não será difícil atribuir valor e remunerar o serviço ambiental de polinização. Segundo os pesquizadores, medir a polinização não é caro e é relativamente fácil. Basta se tomar uma decisão e treinar pessoas para a tarefa.
Um projeto de lei será encaminhado ao Congresso para a criação da Política Nacional de Serviços Ambientais e o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais.