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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Poluição - Países pobres dizem que ricos exportam sua poluição


Nas últimas décadas, muitas fábricas deixaram nações desenvolvidas em busca de mão de obra mais barata e das exigências ambientais menores para baratear seus custos.

Por conta disso, países como a China, que absorvem essa demanda das empresas, dizem que emitem gases-estufa para produzir bens de consumo para os ricos, e querem agora que aqueles que consomem esses bens, não quem os produz, sejam responsabilizados pela emissão de gases do efeito estufa decorrente do processo.

Elliot Diringer, vice-presidente do Centro Pew de Mudança Climática Global, núcleo de estudos da Virgínia (EUA), afirma que a questão não é tão relevante ou crucial para as negociações.

Já Surya Sethi, integrante da delegação indiana, discorda veementemente da posição de Diringer. Segundo ele, o problema climático não será resolvido se se não resolver-se a questão da produção e do consumo, que ocorre nos países industrializados, pois os níveis de consumo atuais são insustentáveis e, se não caírem, não haverá solução para a questão. Uma saída seria criar novas tecnologias que reduzam emissões. Segundo o delegado indiano, nas economias emergentes, exceto na China, o consumo de combustíveis fósseis, que agrava o efeito estufa, está estagnado ou caindo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Mudanças climáticas - Óleo de peixe pode suavizar flatulências de ruminantes, reduzindo o efeito estufa


Vocês devem estar pensando que é brincadeira, né? Mas poucos sabem como os ácidos graxos dos peixes servem para combater a mudança climática! É o que conclui o estudo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores do University College de Dublin, na Irlanda. Os cientistas estudaram o efeito que exerce o óleo dos pescados nas bactérias produtoras de gás metano presentes no intestino dos ruminantes.

A inclusão de uma pequena quantidade de óleo de peixe na dieta dos bovinos, caprinos e ovinos pode contribuir para reduzir suas flatulências, uma grande fonte de gases que causam o efeito estufa. Eles garantem que a produção de metano pelos animais cai em até 25%.

A cada ano, as bactérias que vivem no aparelho digestivo de vacas, cabras e ovelhas produzem 900 bilhões de toneladas de metano (CH4), um gás poluente mais potente que o dióxido de carbono (CO2) e com grande capacidade para absorver o calor do sol e aumentar assim a temperatura do planeta.

Ração com óleo de peixe

A função dessas bactérias é ajudar ao animal a decompor os alimentos (o feno tem alto conteúdo de fibras e é de difícil digestão), em processo no qual se produz metano como resultado de diversas reações químicas.

Apesar da quantidade de metano derivada da ação do homem ser muito menor que a do gado, a ciência começou a estudar formas de reduzir as flatulências dos ruminantes e a sugerir suplementos alimentícios que o consigam.

O estudo microbiológico desenvolvido pelos pesquisadores, descobriu que espécies de bactérias são mais afetadas pelo óleo de pescados e, melhor ainda, descobriram como fazê-lo. Com apenas uma quantidade de 2% deste óleo na alimentação, alteraram de forma significativa a digestão dos ruminantes e o tipo de micróbios envolvidos. Os especialistas advertem apenas que a adição dessas gorduras, procedentes de animais, a espécies herbívoras deve ser muito pequena, já que quantidades grandes podem ser nocivas à saúde delas.

Agora você já sabe! Se você mora na área rural e/ou cria alguns desses animais, e está cansado de respirar aquele ar abafado e mau cheiroso dos currais e estábulos, ou mesmo de pastagens mal cuidadas, lembrando o Seu Creison, "seus problemas acabaram-se!!!". Para diminuir o odor dos puns de suas queridas vaquinhas, ovelhas ou cabras, consulte um veterinário para orientá-lo de como ministrar produtos que contenham o óleo de peixe em suas fórmulas associando-o à ração de seus animaizinhos! E aí é só sair pra galera! Tchau fedor! Tchau efeito estufa! Volte a respirar o ar puro e saudável dos campos e colabore para melhorar o clima do planeta!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Meio ambiente - IPCC pede menos consumo de carne


O presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), Rajendra Pachauri, sugere que as pessoas deveriam parar de comer carne um dia por semana se quiserem fazer uma contribuição pessoal e efetiva ao combate à mudança climática.

Prêmio Nobel da Paz 2007, Pachauri destacou a importância de mudanças na dieta, devido à grande quantidade de emissões de dióxido de carbono e outros problemas ambientais associados à criação de gado. Na opinião do economista indiano, que é vegetariano, é relativamente fácil mudar os hábitos alimentares em comparação à modificação dos sistemas de transporte.

Após eliminar o consumo de carne um dia por semana, Pachauri propõe continuar reduzindo. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) estimou que o setor de criação de gado representa 20% das emissões globais de gases do efeito estufa. Além disso, também é uma das principais causas da degradação do solo e dos recursos hídricos. Segundo a FAO, o consumo de carne vai duplicar em meados deste século.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Marketing verde - Parece, mas não é: como identificar o falso sustentável


No balaio do falso sustentável, há pelo menos dois comportamentos distintos que têm em comum o fato de não contribuírem de verdade para uma mudança de paradigmas. Um é o do empresário "ingênuo", que até quer fazer algo, mas não se informa sobre o assunto, age de modo equivocado e acaba não contribuindo para uma modificação do processo. Outro é aquele que, apesar de adotar um discurso em que se define como sustentável, não age de acordo, mantendo velhos padrões de produção voltados apenas para o lucro dos acionistas.

É o que em inglês recebeu o nome de greenwashing, ou seja, lavar sua imagem dizendo que é uma empresa verde, mas que continua provocando impacto ambiental.

Um dos modos mais comuns de fazer isso é, por exemplo, financiar uma ONG com alguma atividade ambiental para esconder que promove impactos pesados, como desmatamento, poluição. Nesses casos costuma-se investir em um marketing agressivo, mas ele é descolado da gestão. Essas informações não aparecem nos relatórios de sustentabilidade, não há transparência.

No exterior, em especial nos países desenvolvidos, esse movimento já é tão disseminado que resultou numa lista dos seis principais pecados do greenwashing, elaborada pela agência canadense de marketing ambiental TerraChoice. Há 20 anos observando propagandas de apelo verde, a equipe da agência percebeu que o greenwashing cresceu à medida que aumentou o interesse do público por questões ambientais.

A análise das promessas nas embalagens de mais de mil produtos disponíveis em mercados americanos serviu de base para a definição dos pecados. O primeiro e mais comum é o dos malefícios esquecidos - produto destaca um benefício ambiental, como ser reciclável, mas não menciona quanta energia é gasta para sua produção, ou diz que é feito sem testes em animais, mas sua decomposição pode prejudicar a cadeia alimentar.

Outros problemas observados pela equipe são: falta de provas (como lâmpadas que anunciam maior eficiência energética sem apresentar qualquer estudo comprovando); promessa vaga (produto traz dizeres como "verde", "ambientalmente produzido" ou que é "livre de químicos" sem detalhamento); irrelevância (destaca um benefício que é uma obrigação, como ser livre de CFC, substância banida do mercado americano) e a mentira mesmo. O último é o chamado "pecado de dois demônios", que até traz alguns benefícios reais, mas em produtos cuja categoria é questionada, como cigarros orgânicos.

Erro de avaliação - Entre os "equivocados", é comum a empresa confundir sustentabilidade com filantropia e assistencialismo, como adotar uma creche ou uma praça e dizer com isso que é sustentável. Não adianta, por exemplo, plantar árvores, sem rever o nível das suas emissões de gases de efeito estufa, fazer gestão de resíduos ou diminuir o consumo de água.

Muitas estão ainda mais longe disso, porque nunca inventariaram suas emissões para identificar fontes onde é possível fazer reduções. Outras têm o dever de reduzir emissões estabelecido por órgãos ambientais, mas anunciam isso como se fosse uma posição inovadora da empresa. Nessa linha de contar vantagem em cima do cumprimento da lei também é comum ver empresas se vangloriando de respeitar a reserva legal e as matas ciliares.

Ainda mais grave é fazer apenas algumas mudanças consideradas "cosméticas" sem observar o impacto de sua cadeia de produção. De que adianta uma construtora, por exemplo, fazer um prédio com captação da água de chuva e aquecimento solar da água de chuveiro sem olhar para seus materiais. A madeira vem de desmatamento? A fabricação do aço tem trabalho escravo, a olaria usa trabalho infantil?. (Fonte: Estadão Online)