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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Social – Não temos muito o que comemorar


Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, abolindo a escravidão no Brasil. Mas, infelizmente hoje, 13 de maio de 2009, não temos muito o que comemorar. A escravidão, apesar dos esforços do governo nos últimos anos (não sei se tímidos ou covardes), ainda é uma realidade. A exploração da mão-de-obra por parte daqueles que ainda insistem em conservar os costumes mais imorais dos primórdios da “civilização” e desse país, e a escravidão certamente é o mais vergonhoso que a humanidade pode presenciar, faz parte do nosso dia-a-dia. Parece que é um vírus ou um gene que eles trazem no sangue e insistem em perpetuar. O pior de tudo é que essa classe, esse cancro que insiste em molestar o país, tem inúmeros representantes nas câmaras e governos municipais, estaduais e federal e na iniciativa privada. A maior parte dela é responsável pelos maiores escândalos financeiros e políticos dos últimos tempos. Continuam a todo custo tentando manter o poder para esconder suas ações nefastas atrás de cargos, aparências e benesses. Representam o que é de mais pernicioso na sociedade brasileira. O cancro, essa minoria nociva, se espalhou por todo canto do país, procurando garantir o domínio sobre as classes menos favorecidas. Como a escravidão, eles ainda existem e conseguem ser mantidos pela maioria da população, que por incrível que pareça, se encontra cada vez mais pacífica. A história é sempre a mesma: os miseráveis alimentando o império.


Mascarada ou escancarada, a escravidão está presente desde as áreas mais desenvolvidas do país às áreas mais remotas e carentes de fiscalização do trabalho. Diariamente vemos casos nos meios de comunicação sobre trabalho forçado, privação da liberdade, maus tratos, exploração e abuso do poder político e econômico cometidos por esses herdeiros do poder feudal. É a escravidão nua e crua a desmoralizar a Nação.

Não bastasse isso, ela continua a agir sobre os descendentes negros, visto que estes representam o maior contingente da população que sofre com a miséria, a carência de recursos financeiros e de infraestrutura. Até os dias de hoje, os negros e seus descendentes, continuam sendo sacrificados, tendo que morar em favelas, subempregados, sem transporte digno, se sujeitando aos serviços de saúde e educação públicos da pior qualidade, sofrendo do preconceito racial, dentre outras mazelas. A escravidão está nas nossas barbas.

E, para esse dia que seria extremamente importante estarmos comemorando a extinção desse mal, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) anuncia um novo estudo sobre os padrões do trabalho forçado em todo o mundo, o qual destaca que “o custo de oportunidade” derivado da coerção aos trabalhadores afetados pela escravidão contemporânea supera 20 bilhões de dólares por ano, o que representa um poderoso argumento econômico, bem como um imperativo moral, para que os governos confiram maior prioridade ao tema.

O relatório, intitulado “O Custo da Coerção”, também detalha o número crescente de práticas antiéticas, fraudulentas e criminosas que podem levar as pessoas a situações de trabalho forçado e faz um apelo em busca de um maior esforço para erradicar estas práticas. Acrescenta ainda que, na conjuntura atual, os que mais sofrem são os mais vulneráveis (o que não é novidade para ninguém). Nesses tempos, é ainda mais necessário evitar que os ajustes não ameacem as salvaguardas conquistadas a duras penas para impedir que os trabalhadores, ao longo das cadeias produtivas, sejam submetidos ao trabalho forçado ou ao abuso representado pelo tráfico de pessoas.

A maior parte do trabalho forçado ainda é encontrada nos países em desenvolvimento, frequentemente na economia informal e em regiões isoladas, com pouca infraestrutura, sem fiscalização do trabalho e aplicação da lei. O relatório anterior da OIT sobre trabalho forçado, publicado em 2005, mostrou que cerca de 12,3 milhões de pessoas no mundo inteiro foram de alguma forma vítimas de trabalho forçado ou servidão. Destes, 9,8 milhões são explorados por agentes privados, incluindo mais de 2,4 milhões em trabalho forçado como resultado do tráfico de seres humanos.

Não dá para comemorar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Economia verde - Cuidar do meio ambiente pode valer dinheiro


Cuidar bem do meio ambiente já não envolve apenas a consciência de cada um. Pode valer dinheiro em caixa. Com o ICMS Verde, municípios podem abastecer o cofre público se tomarem iniciativas de defesa da natureza.

Pena que nem todos façam isso. Macaé, por exemplo, ficou em uma posição nada honrosa no ranking das cidades fluminenses que receberam o benefício. A prefeitura reconheceu o erro e já avisou que vai tomar providências.


Esse é um dos municípios que mais recebem royalties do petróleo. Nos últimos anos, vem sendo apresentado como modelo de desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro. Mas a realidade é outra. A miséria continua reinando em Macaé. A desigualdade social aumenta cada vez mais. Onde estão esses recursos? Em obras de fachada, de embelezamento da orla, prioridade de governos irresponsáveis. Saneamento é sempre deixado de lado por esses políticos que o povo já conhece, mas continua votando e elegendo. Acorda macaense! Acorda povo!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Social - Mundo precisa de US$ 65 bilhões contra pobreza


Segundo uma revisão orçamentária aprovada pelos Membros das Nações Unidas durante a sessão de encerramento da reunião da Comissão sobre População e Desenvolvimento (CPD), na semana passada, em 2010, serão necessários investimentos da ordem de US$ 64,7 bilhões para programas populacionais, essenciais para a redução da pobreza, promoção do desenvolvimento e diminuição da mortalidade materna, no final da última sexta-feira. Um terço desse valor, cerca de US$ 21,6 bilhões, deve vir da assistência internacional, enquanto os dois terços restantes referem-se a investimentos nacionais pelas nações em desenvolvimento.

A nova cifra de
US$ 64,7 bilhões é uma revisão considerável dos US$ 20,5 bilhões (segundo as taxas de câmbio de 1993) previstos para 2010 segundo a Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), realizada no Cairo em 1994. Esta é a primeira vez em 15 anos que as estimativas de custo do Programa de Ação do Cairo são revisadas como exigido por consenso global.

Essa revisão era urgente devido ao crescimento dramático das necessidades atuais, com o aumento estratosférico dos custos da assistência médica e da coleta de dados, já que muitos países se preparam para a rodada 2010 do censo.

As novas cifras foram aprovadas em reconhecimento à necessidade de se aumentarem urgentemente os recursos financeiros para a implementação do Programa do Cairo, segundo resolução adotada durante a reunião. Os Membros das Nações Unidas estão particularmente preocupados com os recursos para o planejamento familiar, que estão muito abaixo do necessário.

Os
US$ 64,7 bilhões foram divididos segundo as categorias de trabalho adotadas no Cairo. Os custos totais em 2010 para saúde sexual e reprodutiva, que incluem planejamento familiar e saúde materna, estão estimados em US$ 27,4 bilhões; US$ 32,5 bilhões para HIV/Aids; e US$ 4,8 bilhões para pesquisa básica, coleta de dados e análise política. As cifras mudam anualmente, subindo de cerca de US$ 67,8 bilhões em 2011 a US$ 69,8 bilhões em 2015.

As novas estimativas refletem de maneira mais adequada as atuais necessidades e estão mais alinhadas com os investimentos necessários para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Segundo Thoraya Ahmed Obaid, Diretora Executiva do UNFPA, o Fundo de População das Nações Unidas, com a desaceleração da crise financeira, agora é o momento de se aumentar o investimento social e redobrar esforços em prol da agenda da CIPD. As experiências compartilhadas pelos países em todo o mundo, mostram claramente a necessidade de ação intensificada e comprometida com a causa.

A agenda principal antes da reunião da Comissão era a contribuição do Programa do Cairo para os ODM. Os países em desenvolvimento defenderam com firmeza a idéia quando, no dia da abertura, declararam que implementação do Programa de Ação da CIPD é crucial para a erradicação da pobreza extrema. Falando em nome do Grupo dos 77 e da China, acrescentaram que o consenso do Cairo tem um impacto direto na habilidade de se alcançar os ODM associados à saúde e aos resultados sociais e econômicos nas áreas relacionadas a crianças, mães, HIV/Aids, gênero, pobreza e emprego.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Trabalho escravo – 2ª mentira: “A escravidão foi extinta em 13 de maio de 1888”


Verdade: Infelizmente, não foi extinta e, atualmente, é tão ou mais desumana que a escravidão do Brasil imperial.

A escravidão contemporânea é diferente da antiga, mas rouba a dignidade do ser humano da mesma maneira. No sistema antigo, a propriedade legal era permitida. Hoje, não. Mas era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. O negro africano era um investimento dispendioso, a que poucas pessoas tinham acesso. Hoje, o custo é quase zero, paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Se o trabalhador fica doente, ele é largado na estrada mais próxima e se alicia outra pessoa.


A soma da pobreza generalizada, proporcionando mão-de-obra farta, com a impunidade do crime, criam condições para que perdurem práticas de escravização, transformando o trabalhador em mero objeto descartável.

Na escravidão contemporânea, não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branca. Os escravos são miseráveis, sem distinção de cor ou credo. Porém, tanto na escravidão imperial como na do Brasil de hoje, mantém-se a ordem por meio de ameaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Eco social – 40% da riqueza mundial está na mão de apenas 1% da população adulta


Um estudo da Universidade das Nações Unidas lançado em Londres nesta terça-feira, indica que dois quintos da riqueza mundial estão concentrados nas mãos de 37 milhões de indivíduos, ou 1% da população adulta. Se considerados os 10% mais ricos do mundo, a proporção da riqueza mundial nas mãos desse grupo é de 85,2%.

Na outra ponta, os 50% mais pobres do mundo são donos de apenas 1% da riqueza global.

O estudo, compilado no livro "Personal Wealth From a Global Perspective" (Riqueza pessoal a partir de uma
perspectiva global), é a mais ampla iniciativa para investigar o tamanho da desigualdade na distribuição da riqueza pelo mundo. Segundo o coordenador do estudo, o economista James Davies, um pequeno grau de desigualdade entre os países tem um efeito positivo para o desenvolvimento, por servir como incentivo ao empreendedorismo, pois para ele, os candidatos a ser empreendedores precisam ter algum incentivo, precisam pensar que podem ficar ricos, para se aventurarem.

Os países ricos, durante seu processo de desenvolvimento nos séculos 18 e 19, tiveram um aumento na desigualdade em um primeiro momento, seguido de uma redução, provocada principalmente pela elevação do nível de renda da classe média. Muitos países em desenvolvimento acelerado como a China, por exemplo, podem estar seguindo esse pa
drão hoje, com um aumento na desigualdade.

O estudo adverte que a desigualdade extrema, como no caso do Brasil, é prejudicial ao crescimento econômico. A desigualdade deve ser combatida principalmente em setores como educação. Também mostra o nível de concentração da riqueza individual entre os países. Estados Unidos e Japão concentram 64,3% dos indivíduos entre o grupo de 1% mais ricos do mundo. O Brasil tem 0,6% dos indivíduos nesse grupo, que representam aqueles com patrimônio superior a US$ 512,4 mil.

Entre os 10% mais pobres do mundo, 26,5% estão na Índia, 6,4% na China e 2,2% no Brasil. Os Estados Unidos têm apenas 0,2% de sua população nesse grupo, com patrimônio total inferior a US$ 178.

Os dados da pesquisa mostram ainda que, apesar do forte crescimento da China nas últimas três décadas, os chineses ainda concentram apenas 2,6% da riqueza mundial, apesar de representarem 22,8% da população. Os indianos, que são 15,4% da população mundial, detêm 0,9% da riqueza global. Na África, que tem 10,2% da população, está apenas 1% da riqueza mundial.

Na outra ponta, a América do Norte, com 6,1% da população mundial, concentra 34,4% da riqueza, enquanto a Europa, que tem 14,9% da população, detém 29,6% da riqueza. O grupo de países ricos da Ásia e do Pacífico, que inclui o Japão, tem apenas 5% da população mundial, mas concentra 24,1% da riqueza global.

Essa é a principal causa da fome, da miséria e da degradação ambiental no planeta. A ganância de poucos em concentrar cada vez mais riqueza. Não podemos nos esquecer que é claro que ela vem seguida de outras mazelas também importantes, com destaque para a corrupção. Falando de Brasil, parece que eles ainda não entenderam. Continuam explorando, roubando e enganando o povo.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Realidade - A falência do extrativismo florestal


Do Blog da Amazônia

A recondução de Derci Teles de Carvalho à presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri foi o fato mais marcante da organização desde que Chico Mendes foi assassinado com um tiro de espingarda há 20 anos.

Contrariando a hegemonia política do PT e do governo estadual, a ex-militante petista, agora filiada ao PV, conduz há dois anos e seis meses o sindicato que é tão famoso quanto o nome do seringueiro que o presidia quando tombou vítima de uma emboscada em sua própria casa.

Quando presidiu o sindicato pela primeira vez (1981-1982), antes mesmo de Chico Mendes, Derci Teles de Carvalho se tornou a prim
eira mulher no país a dirigir uma organização de trabalhadores rurais.

Na quarta-feira, dois dias após a abertura da Semana Chico
Mendes, organizada no Acre para marcar os 20 anos da morte do seringueiro de Xapuri, a presidente do sindicato surpreendeu ao distribuir uma nota criticando a programação quando está em curso operação do Ibama para expulsar ocupantes ilegais da Reserva Extrativista Chico Mendes.

Contrariando apelos de Anselmo Forneck, gerente do Ibama no
Acre, Derci Carvalho distribuiu a nota para lembrar que, após dezoito anos de criação da reserva, não existe política para que os seringueiros possam viver com dignidade exclusivamente da produção extrativista.

- A pecuária só se expandiu dentro da reserva extrativista por falta dessa alternativa de geração de renda. O extrativismo florestal no Acre está falido - afirma Derci Carvalho com exclusividade ao Blog da Amazônia.

Por causa de manifestações críticas como essa, a entidade da ex-companheira de lutas de Chico Mendes foi alijada de todos os eventos organizados no
Estado para marcar os 20 anos do assassinato do seringueiro.

SEMANA CHICO MENDES

Xapuri está se preparando para receber os convidados do governo do Acre e do Comitê Chico Mendes. Nos últimos dois dias, a igreja e o meio-fio estão sendo pintados, debastado o matagal que invade as ruas e os buracos e esgotos a céu aberto sinalizados com vistosos tapumes.

Na BR-317, a placa indica a Estrada da Borracha que dá
acesso a Xapuri; ao fundo, outdoor do "governo da floresta"
com a mensagem "Chico
Mendes Vive!"

Tapumes foram instalados na rua que leva à casa ao
fundo, onde Chico Mendes viveu e foi assassinado
no dia 22 de dezembro de 1988


Detalhe do buraco e do tapume

Tapume oculta parcialmente um esgoto a céu aberto
a 20 metros de distância da Casa de Chico Mendes,
que foi tombada como patrimônio nacional


A casa de Chico Mendes

Leia a entrevista de Derci ao Blog da Amazônia clicando aqui

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Crime - 925 milhões de famintos no planeta


O número de pessoas com fome no mundo passou de 850 milhões para 925 milhões em 2007, devido à disparada dos preços dos alimentos, anunciou nesta quarta-feira (17) em Roma o diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Jacques Diuf.

O índice FAO dos preços dos alimentos teve aumento de 12% em 2006 com relação ao ano anterior, de 24% em 2007 e de 50% durante os sete primeiros meses deste ano. Será preciso investir US$ 30 bilhões por ano para duplicar a produção de alimentos e acabar com a fome. Esse valor é necessário para dobrar a produção de alimentos para dar de comer a 9 bilhões de pessoas. Este valor é bastante modesto, se comparado às somas desembolsadas pelos países membros da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) em apoio à sua agricultura (US$ 376 bilhões) ou a seus gastos com armamento (US$ 1,2 trilhão em 2006).

Os países membros da FAO se comprometeram durante a cúpula no início de junho em Roma a reduzir pela metade o número de pessoas que sofrem de fome até 2015. Com as tendências observadas hoje, esta meta seria alcançada em 2150 em vez de 2015.

Não é só devido à inflação e falta de alimentos que o número de famintos vem crescendo no mundo. Aliás, alimento existe em abundância, sem contar o potencial para produzi-los. É principalmente pela ganância, o egoísmo e o consumo desenfreado de poucos abastados que se acham no direito de esgotar os recursos naturais para encher seus bolsos, suas barrigas e proporcionar-lhes os mais escandalosos prazeres. É pela desumanidade de políticos corruptos e empresários inescrupulosos, acostumados a explorar os menos favorecidos. É pela falta de coragem de alguns políticos de promover real distribuição de renda e não assistencialismo barato. Pela falta de vergonha de políticos que não dão atenção às necessidades básicas de seu povo, como educação, saúde, saneamento e habitação. A inflação é conseqüência dessas desgraças que estão presentes em todos os países. É inadmissível, desumana e vergonhosa a concentração de riqueza que vem se consolidando nas últimas décadas no planeta Terra.
Consumismo foi o maior crime sócio-ambiental do século passado e continua a ser no início deste século. Até quando essa gente continuará cega?

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Meio ambiente – Príncipe Charles afirma que transgênicos causarão a pior catástrofe ecológica


O desenvolvimento em massa de culturas transgênicas pode provocar a pior catástrofe ambiental jamais vista no mundo, afirmou nesta quarta-feira (13) o príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra e fervoroso defensor da causa ecológica. Segundo ele, depender de "grupos gigantescos" para a produção de alimentos em vez de pequenos agricultores irá terminar com um "desastre total".

E o príncipe continua: "se as pessoas acham que, de um modo ou de outro, isto vai funcionar porque eles vão ter uma nova forma de técnica genética engenhosa, então não contem comigo, porque isto vai ser a maior catástrofe ambiental de todos os tempos".

O Banco Mundial afirmou que os preços dos aliment
os quase dobraram nos três últimos anos e que dois bilhões de pessoas foram afetadas pela atual crise de alimentos.

Até o príncipe Charles, que não é nenhum especialista, enxerga isso. Se o desenvolvimento e produção de transgênicos e o controle por parte de monopólios internacionais fosse tão bom, porque o mundo passa por essa crise alimentar, somente pelo crescimento populacional? Os transgênicos estão espalhados pelo mundo todo e, segundo os “especialistas”, são responsáveis pelo aumento da produtividade agropecuária, são mais resistentes a pragas e doenças, respondem mais facilmente à fertilização e correção do solo, são mais resistentes às mudanças climáticas, etc. No Brasil, por exemplo, grande parte da produção de alimentos é proveniente de organismos geneticamente modificados, “melhorados” segundo os mesmos especialistas. Isso há décadas. Basta ver a quantidade de sementes modificadas colocadas no mercado anualmente. Não há novidade alguma. E a crise está aí. Onde está a eficiência desses transgênicos? A sim, está no bolso daqueles que possuem suas patentes!

Só falta o príncipe e sua família abdicarem de grande parte de suas fortunas para ajudarem no combate à miséria e a injustiça que assola o planeta. Será que ele(s) topa(m)?