
A crise do setor imobiliário nos países ricos está tendo um impacto nas florestas, com a queda da demanda por madeira, mas a FAO também alerta que há uma queda de investimentos, o que deve afetar os esforços de gerência de reservas e de madeira certificada. Um dos temores é de que governos reduzam os investimentos no setor de energia limpa. Iniciativas que dependem de créditos externos para a redução de emissões também podem ser afetadas. Para completar, a contração da economia formal pode acabar dando mais espaço para o setor informal, o que pode provocar um aumento dos cortes ilegais de florestas. Por outro lado, a demanda mundial de produtos e serviços ambientais deve aumentar nas próximas décadas em todo o mundo, pois as políticas energéticas e as relacionadas às mudanças climáticas levam ao aumento do uso da madeira como fonte de energia, embora esta tendência possa ser afetada pela recente crise econômica (a velha máxima de nosso poeta Caetano Veloso: “Ou não!” – resumindo: tudo pode acontecer!).

O relatório destaca que na África, a diminuição das florestas continuará no ritmo atual, elogia a Europa pela política bem desenvolvida de proteção ao meio ambiente e prevê uqe na Ásia e no Pacífico, onde vive a metade da população mundial, com alguns dos países mais populosos do planeta, a demanda de madeira e produtos madeireiros deve continuar aumentando.
Finalizando, a FAO recomendou nesta segunda-feira à comunidade internacional que melhore a gestão do setor florestal diante da nova conjuntura econômica e das mudanças climáticas, adaptando as instituições florestais às rápidas mudanças do meio ambiente, reinventando órgãos públicos no setor florestal, pois eles têm sido lentos na hora de se adaptar às mudanças.