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terça-feira, 28 de julho de 2009

Meio ambiente – Mais um acidente na Baía de Sepetiba


Há tempos que não postamos nada no blog, principalmente por estarmos cansados de repetir notícias divulgadas na maioria dos meios de comunicação. Principalmente nos últimos meses, quando a roubalheira vem sendo a principal manchete, acompanhada da incompetência e omissão generalizada do Poder Público no país.

Na verdade, estamos reavaliando a eficiência dessa divulgação na mídia, principalmente, no nosso caso. Tudo é denunciado e nada é resolvido. Os bandidos continuam soltos atuando de forma descarada e cínica, roubando o povo e destruindo o meio ambiente. Aliás, o povo continua assistindo e se deixando explorar por essa corja!!! Esse é o povo que todo político safado gosta. Eles podem fazer o que bem entendem com a certeza de que nada acontecerá! O povo ainda bate palme e reelege o vagabundo.


Como praticamente nada foi divulgado sobre o caso do último acidente envolvendo navio de grande porte na Baía de Sepetiba, resolvemos ajudar na divulgação, finalmente blogando após tanto tempo e simplesmente transcrevento a matéria. Aí vai:

Deu no jornal O DIA:
“Uma esteira operada pela empresa Vale S.A, usada para carregar minério em navios que chegam a Mangaratiba, foi parcialmente destruída no último sábado por uma embarcação. O equipamento danificado foi fotografado pelo leitor Sebastião Muniz, que estava pescando com o irmão, quando avistou a estrutura arriada na Ilha Guaíba, como é conhecido o local. O navio envolvido no acidente estaria ancorado próximo ao local. O Conexão Leitor entrou em contato com a Delegacia de Itacuruçá, que informou que a esteira permanece em manutenção e que um inquérito foi instaurado para apurar as causas do acidente. Segundo o comandante Alex Queiroz, não houve danos ao meio ambiente nem feridos.”

O que sempre se previu começa a se confirmar. O número de navios é cada vez maior na baía, consequentemente, o risco de sérios acidentes aumenta a cada dia que passa. Atualmente é normal observarmos verdadeiras filas de navios de grande porte ancorados pela baía esperando a oportunidade para atracação nos portos. Nos últimos meses, os acidentes vêm sendo constantes. Será que não houve danos ambientais realmente? Se não fosse o leitor a fotografar e comunicar ao jornal, nada saberíamos sobre o assunto. Em Mangaratiba, muito pouca gente sabe do acidente. Algum órgão de defesa ambiental esteve no local para comprovar a existência ou não de dano ambiental? Parece que jogar minério de ferro no mar não é mais considerado dano ambiental. No município, o assunto do dia é a cassação do Prefeito. Quase que conseguem abafar o caso do navio!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Política – Será verdade ou mais uma mentira descarada?


O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes, junto com outras figurinhas carimbadas, anunciaram nesta terça-feira (16), na Suíça, um investimento de R$ 1 bilhão para obras de despoluição das Bacias de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e da Baía de Guanabara. Essa história é antiga. Para onde foram os outros tantos bilhões que despoluiriam a Baía de Guanabara, promessa feita há décadas pelos políticos companheiros desses que agora continuam prometendo? A baía e as lagoas da Zona Oeste estão cada vez mais poluídas. Foi o que se constatou nesses últimos tempos.

Esses investimentos na área de meio ambiente são considerados essenciais para a avaliação da candidatura do Rio às Olimpíadas de 2016. Até julho, segundo o prefeito e o governador, a verba será liberada pela Caixa Econômica para as obras de despoluição. O projeto de despoluição da Baía de Guanabara inclui a Baixada Fluminense e São Gonçalo, na Região Metropolitana, que passará a ter uma Estação de Tratamento de Esgoto. Desse valor total, R$ 340 milhões serão disponibilizados pelo governo federal através do PAC para a drenagem da Bacia de Jacarepaguá. Para as duas regiões estão previstas mais da metade das competições.

A promessa é a mesma: “Esta vai ser uma grande oportunidade para os cariocas verem realizadas obras que sempre pediram. Com a liberação dos recursos, aqueles que sofrem com as enchentes em Jacarepaguá ou com a sujeira à beira da Baía de Guanabara (foto à direita), logo vão perceber as mudanças. Para a cidade, o projeto olímpico já começou a deixar o seu legado”, declarou o prefeito. Segundo o governador, a vinda das Olimpíadas vai trazer ainda mais benefícios, e não só para a cidade do Rio, mas para toda a Região Metropolitana.

Canal do Cunha, porta de entrada da cidade

Lagoas de Jacarepaguá

Uma coisa é certa. Se a cidade for realmente aprovada como sede das Olimpíadas de 2016, muito dinheiro vai rolar e fazer a felicidade de muita gente, como sempre. Será que vai sobrar alguma coisa para o povo? A outra pergunta continua: Onde está aquela dinheirama que deveria ser destinada à despoluição da Baía de Guanabara com o famoso PDBG? Também deve ter feito a alegria de muita gente. Gente que continua solta por aí.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Descaso – O mais novo foco de dengue do Rio de Janeiro


Já não bastasse o caos deixado pelo prefeito anterior e que permanece até os dias de hoje, o carioca vê o retrato do descaso e do desperdício do dinheiro público mais uma vez imperando na cidade. Concebida para ser o principal equipamento cultural do Rio, a Cidade da Música, na Barra da Tijuca, é hoje um possível foco de dengue. Considerada a obra mais polêmica e criticada dos últimos tempos, a Cidade da Música construída pelo Prefeito César Maia e inaugurada ainda em obras, no apagar das luzes do seu governo, já consumiu dos cofres públicos mais de R$ 480 milhões e, segundo informações do atual governo, serão, ainda, necessários mais de R$ 100 milhões para sua conclusão. Lembremos que ela foi orçada inicialmente, há mais de cinco anos, em R$ 80 milhões. Nada mais nada menos que um aumento 7 vezes maior em relação ao orçamento original.

Em troca da custosa e delirante Cidade da Música, César Maia conduziu o Rio ao abandono de setores essenciais, como educação, saúde pública e habitação. Destes, a calamidade da epidemia de dengue foi apenas o seu mais danoso exemplo. Na inauguração, entre entulhos e muita lama, após alguns dias tentando obter licenças do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, o então prefeito convocou a COMLURB (esse sim, pessoal trabalhador) para fazer uma maquiagem no local, pois estava difícil disfarçar a situação catastrófica em que se encontrava o seu mais estapafúrdio brinquedinho. Regeu orquestra, cortou fita, descerrou placa, uma verdadeira festa. Levou um tombo, lembram-se? Que situação mais vexaminosa para o final de um governo. Inaugurar às pressas uma obra inacabada e fazer um verdadeiro teatro. Pelo menos estava num local apropriado para representar! Terminou o governo com circo para o povo! Bom, vamos ao que interessa.

Prestes a completar três meses de atividades paralisadas e com a suspensão do contrato com a empresa responsável pela construção, determinações do novo prefeito, Eduardo Paes, no primeiro dia útil do ano até que se conclua uma auditoria nas contas do complexo, o canteiro de obras às margens da Avenida das Américas acumula sujeira, entulho e água parada. Quem passa por ali fica estarrecido com o caos em que se encontra a Cidade da Música. Com o interior ainda inacabado, estão expostas estruturas tubulares, rampas de acesso tomadas por materiais de construção, um verdadeiro abandono. São tubulações, manilhas, latas, restos de madeira, vergalhões e dezenas de carrinhos de mão enferrujados por toda a parte.

Para completar o quadro catastrófico, uma das passagens subterrâneas da obra está alagada e pelo menos quatro caixas d'água sem tampa e latões de metal, tanto no canteiro que faz divisa com o Terminal Alvorada como dentro dos jardins do complexo, constituem um prato cheio para o mosquito da dengue. Lembram-se? Aquele que no ano passado matou mais de 140 pessoas no Rio e infectou milhares de cariocas por todos os bairros da cidade! Ah, já ia me esquecendo. Os carrinhos de mão abandonados também acumulam água nas caçambas para as larvas nadarem.

O novo prefeito, até hoje, não demonstrou a menor preocupação em informar a população a quanto anda essa auditoria, o que realmente já foi apurado e qual o futuro da Cidade da Música. Em viagem de trabalho aos Estados Unidos, somente ontem Eduardo Paes respondeu, através de sua assessoria de imprensa, que não há data prevista para a retomada das obras, uma vez que elas dependem do resultado da tal auditoria, a qual tem prazo para encerramento de 120 dias, isto é, encerra-se em abril.


Como bom menino, que aprendeu muito com o ex prefeito, o seu professor, o novo prefeito, pelo menos, deveria convocar a COMLURB para dar um jeito nessa pouca vergonha, como foi feito na fajuta inauguração por determinação de seu mestre. E mais! Onde estão os secretários de saúde, de obras, o vice prefeito, que na ausência do titular não tomam qualquer providência?

Finalizando, o caso virou pendenga política como tipicamente ocorre em todo o país. O Ministério Público Estadual aceitou representação feita pelo vereador Carlo Caiado (DEM), que reclama da demora na retomada das obras e alega que o ex prefeito teria deixado recursos numa conta bancária aberta para custear a conclusão do empreendimento. O vereador acusa Paes de perseguição política.

Não sei quem é mais cara de pau! A oposição ou a situação. A verdade é que o carioca não pode esquecer dos milhões de reais aplicados no projeto, resultado dos impostos pagos por todos nós. Até quando aturaremos tanto cinismo? Até quando o povo continuará a eleger esses tipos?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Mídia – Desinformação – o bote da coral


Todos os dias pela manhã, procuro ler os principais jornais do país na internet e hoje, me deparei com uma das manchetes de O Globo Online sobre uma emboscada armada por um ex-prefeito para o novo prefeito de uma cidade baiana, que dizia:

Antecessor deixa emboscada para prefeito eleito na Bahia: uma co
bra-coral venenosa pronta para dar o bote

Alguns prefeitos baianos que acabam de assumir o mandato, geralmente substituindo um adversário político, têm encontrado, além de cofres vazios, dívidas e máquina pública sucateada, surpresas insólitas. Foi o caso de José Raimundo Laudano Santos (PMDB), prefeito de Almadina, Sul do estado. Ele achou na sala de trabalho uma cobra-coral venenosa. Estava à espreita para o bote bem embaixo da cadeira do prefeito. O bicho foi morto por alguns assessores que foram à prefeitura checar as condições do local. O caso alimentou a velha maldição do folclórico ex-governador Otávio Mangabeira segundo a qual "pense num absurdo, a Bahia tem um precedente".


Logo que li, achei que alguma coisa estava errada, pois desde menino (sempre me interessei por história natural, ecologia, etc.), depois na universidade e na minha vida profissional de quase 30 anos (sou Engenheiro Florestal), sempre soube através dos livros, de experientes professores e cientistas, como também pela minha própria e pequena experiência, que a cobra coral verdadeira não dá bote. De qualquer forma, fui procurar confirmar a informação, numa busca rápida (30 segundos no máximo) na internet, no site daquela que é uma das mais renomadas, senão a mais renomada, instituição de pesquisa sobre o assunto, o Instituto Butantã. Confirmando meus parcos conhecimentos, encontrei a seguinte informação: “As corais verdadeiras não dão bote e normalmente se abrigam debaixo de troncos de árvores, folhas ou outros locais úmidos em todas as regiões do país”.


Indo mais adiante um pouco, a coral
verdadeira somente morde (veja bem, morde. Não dá bote ou se coloca em posição de ataque como a maioria das serpentes peçonhentas) quando se sente ameaçada, e isso ocorre normalmente quando o incauto está desprotegido e coloca a mão ou pisa em alguma toca ou fenda na natureza que sirva de abrigo ao animal. De outra forma, é muito difícil imaginar-se um ataque por essa espécie. Por isso, mais uma vez, cuidado com as manchetes de jornais, porque ao invés de informarem poderão estar desinformando. Aliás, o que a gente mais vê ultimamente na ânsia de dar um “furo de reportagem” ou mesmo no desespero para vender notícias.

Agora, se o fato de um antecessor armar uma emboscada com uma cobra venenosa como a coral verdadeira para o novo prefeito se confirmar, o IBAMA os ambientalistas e estudiosos da área terão que começar a ficar preocupados, pois se a moda pega, a espécie será extinta rapidamente no país.