
Em entrevista à rádio CBN, o ministro afirmou que somente o cultivo de áreas devastadas, onde já existem pastagens ou lavouras, no entorno do Pantanal, seriam aproveitadas para esse fim. Segundo ele, não haverá nenhuma usina de cana no Pantanal e o ecossistema está protegido por leis e que ainda tomará providências para ampliar essa proteção. O que está sendo discutido são áreas degradadas do entorno do Pantanal, e nessas áreas deverão ser permitidas apenas lavouras formadas por plantio direto, sem agrotóxicos, para não contaminar os rios.
A emenda é tão ruim quanto o soneto. Permitir monoculturas nas áreas acima do Pantanal, mesmo sendo áreas devastadas, continua sendo crime, com plantio direto ou não. Certamente, não haverá controle sobre esses plantios que garanta a não utilização de agrotóxicos. Essas áreas deveriam ser recuperadas principalmente com o plantio das matas ciliares, protegendo nascentes e margens de rios além da rica fauna da região, que no máximo, deveria ser utilizada para ecoturismo, sua maior vocação. É inviável defender o desenvolvimento de monoculturas na região. Se a intenção se consolidar, constituir-se-á em crime ambiental.