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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Energia – Aquecedor solar artesanal


Há algum tempo, recebemos do nosso amigo Antônio Corrêa Carlos Filho, um material muito interessante sobre a construção de um aquecedor solar de água de baixo custo, elaborado basicamente com garrafas pet. Já existem vários projetos à disposição dos interessados em construir um desses. Após analisar vários destes projetos, Antônio resolveu construir alguns modelos para testes e com os resultados obtidos, fez algumas inovações que melhora o desempenho do equipamento. Elaborou um manual e resolveu divulgar gratuitamente a tecnologia. Segundo ele, a vantagem em construir um aquecedor solar artesanal é o fato de ser ecológico tanto por economizar energia, quanto por aproveitar materiais reciclados. Além de custo baixo, tem a possibilidade de construção modular e utilizar mão de obra familiar em mutirão.

A construção pode ser feita com uma configuração inicial bem básica, adequando aos poucos conforme necessidades, disponibilidade de recursos, experiência e a criatividade de cada um. Embora não se saiba exatamente a durabilidade, (estima-se em 10 anos) de imediato os resultados são idênticos a um equipamento industrializado: água quente, conforto e muita economia na conta de energia.

Segundo Antônio, seu projeto tem dicas muito importantes para quem deseja poupar ainda mais energia, até mesmo para quem usa aquecedores convencionais, sendo mais eficiente por coletar muito mais calor num espaço menor. Isto se dá pelo fato do uso de latas e outras chapas de embalagens dispostas tanto dentro quanto sob as garrafas pet, o que ajuda a captar calor e transmitir via condução, ou seja, além do calor formado dentro das garrafas tem também o calor formado ao lado das garrafas por esta chapa em forma de esteira que fica abaixo das mesmas. Segundo ele, as placas confeccionadas de embalagens tetrapak propostas na maior parte dos projetos artesanais, são menos eficientes que as chapas metálicas, pelo simples fato destas reterem e absorverem muito mais calor, melhorando a dissipação, atingindo a água dentro dos canos.

Para solicitar a apostila em pdf com todas as dicas, basta entrar em contato com o Antônio pelo e.mail: carlosfac@ibest.com.br.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Economia verde - Cuidar do meio ambiente pode valer dinheiro


Cuidar bem do meio ambiente já não envolve apenas a consciência de cada um. Pode valer dinheiro em caixa. Com o ICMS Verde, municípios podem abastecer o cofre público se tomarem iniciativas de defesa da natureza.

Pena que nem todos façam isso. Macaé, por exemplo, ficou em uma posição nada honrosa no ranking das cidades fluminenses que receberam o benefício. A prefeitura reconheceu o erro e já avisou que vai tomar providências.


Esse é um dos municípios que mais recebem royalties do petróleo. Nos últimos anos, vem sendo apresentado como modelo de desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro. Mas a realidade é outra. A miséria continua reinando em Macaé. A desigualdade social aumenta cada vez mais. Onde estão esses recursos? Em obras de fachada, de embelezamento da orla, prioridade de governos irresponsáveis. Saneamento é sempre deixado de lado por esses políticos que o povo já conhece, mas continua votando e elegendo. Acorda macaense! Acorda povo!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Economia - Carbono pode provocar um novo colapso financeiro


A ONG norte-americana Friends of Earth, na semana passada, divulgou o relatório “Subprime Carbon? Re-thinking the World’s Largest New Derivatives Market”, no qual afrima que se uma legislação para o aquecimento global não for estruturada corretamente, há o risco de um enorme mercado de derivativos vinculados ao carbono levar a um colapso financeiro mundial, do mesmo modo que os créditos subprimes do setor imobiliário dos Estados Unidos resultaram na atual crise econômica.

Segundo a organização, na luz das espetaculares falhas do mercado que se tornaram aparentes no último ano, e com a falta de mecanismos concretos de governança para prevenir tais lacunas, é imprudente criar tão rapidamente um dos maiores derivativos de mercado do mundo. O relatório recomenda que apenas uma forte regulamentação e supervisão poderão assegurar a transparência nos mercados financeiros e, por isso, a governança das negociações de carbono já deve ser incluída nos esforços atuais para regulamentar Wall Street.

O estudo diz que o “subprime do carbono” viria dos créditos de carbono de risco ligado a projetos de compensação de emissões de gases do efeito estufa (GEE) que ainda estão em andamento. Assim, há o risco de as reduções não serem efetivadas e, como o subprime das hipotecas, o crédito de carbono ligado a cada tonelada de gás não reduzido perderia totalmente o seu valor, o que levaria a um colapso no mercado.

Atualmente, a maioria dos créditos de carbono são vendidos como contratos futuros, mas carregam alto risco porque os vendedores com freqüência prometem entregá-los antes do Quadro Executivo do MDL oficialmente emitir os créditos, ou algumas vezes antes mesmo das verificadoras confirmarem quanto de GEEs foi reduzido.

A Friends of Earth ressalta que comprar ou vender carbono, sejam as permissões de emissão ou créditos ligados a projetos, é fundamentalmente um comércio de derivativos, pois atualmente a maioria deles é vendida como contratos futuros. Por isso, não há razão para acreditar que só porque os traders e bancos de investimentos venham a ganhar alguma credencial verde com o comércio de carbono que Wall Street irá naturalmente se comportar de modo mais honroso quando jogando com esta nova classe de derivativos.

O aquecimento global atingiu um ponto de crise no qual é imperativo que o Congresso dos Estados Unidos haja rapidamente trazendo soluções, porém precisa fazê-lo de modo cuidadoso e da forma correta desde o início. Atualmente, os mercados de carbono são relativamente pequenos, porém se os Estados Unidos adotarem o comércio de carbono na escala prevista pelo maior número de projetos de lei “cap and trade”, os derivativos de carbono irão se tornar o maior de todos os produtos derivativos dos próximos quatro ou cinco anos.

A ONG recomenda que os Estados Unidos utilizem estratégias diversificadas para reduzir dramaticamente os GEE, não apenas se baseando no comércio de carbono, como propõe boa parte dos projetos de lei sobre mudanças climáticas em tramitação no Congresso. Apesar de muitos legisladores falarem sobre comércio de carbono como se fosse a única maneira de reduzir os gases do efeito estufa, nenhuma opção resolverá as mudanças climáticas sozinha, sendo necessárias estratégias complementares para isto.

É, todo cuidado é pouco. O mercado financeiro nunca se importou com a questão ambiental. O negócio era encher o bolso e que se dane o planeta, dane-se o meio ambiente. Quando a coisa envolve dinheiro, as orelhas dos especuladores empinam e os olhos crescem. Não custa nada para essa gente se transformar em ambientalista de um dia para outro, como muitos já estão fazendo há algum tempo, e saírem por aí negociando créditos de carbono a revelia. Isso eles sabem fazer muito bem. Mascarados em créditos verdes, eles continuarão a espoliar o planeta e, principalmente, as nações mais pobres é claro.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Economia verde - Seminário debate projeto de lei sobre pagamentos por serviços ambientais


Começa hoje, no auditório do Ed. Marie Prendi Cruz, em Brasília, o Seminário Nacional sobre Pagamentos por Serviços Ambientais. Durante três dias técnicos do Ministério do Meio Ambiente vão debater o tema, a partir das principais experiências de sistemas de pagamento já implementadas no País, com representantes de instituições acadêmicas e científicas e de organizações não governamentais.

O encontro pretende consolidar proposta para aperfeiçoar Projeto de Lei que tramita na Câmara dos Deputados, que irá criar a Política Nacional de Serviços Ambientais e o Programa Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. No ano passado, o Ministério do Meio Ambiente elaborou proposta de projeto de lei sobre Pagamentos por Serviços Ambientais atribuindo às Unidades de Conservação o papel de receber pagamento por serviços ambientais e criando incentivos econômicos para a preservação e restauração de vegetação nativa.

Entre os temas que serão colocados em debate, estarão a identificação dos serviços ambientais mais mensuráveis, os entraves para a implementação dos mecanismos de pagamento, as formas mais eficientes de monitoramento e os riscos do PSA se transformar em instrumento de assistência social. O seminário está dividido entre palestras e debates em grupos de trabalho e se estenderá até o dia 8, quando serão apresentados os resultados.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Economia verde - PIB verde pode se tornar uma realidade


Diante da pressão crescente por mecanismos que contemplem as externalidades das atividades econômico-financeiras, as ciências contábeis começam a rever suas práticas e conceitos. Muitos profissionais da área têm dedicado esforços para integrar as variáveis ambientais e sociais aos mecanismos de aferição do patrimônio das nações, criando ferramentas mais completas do que o Produto Interno Bruto (PIB).

Partindo da premissa de que a forma como uma nação gerencia seus recursos naturais afetará seu desenvolvimento, pesquisadores da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI) elaboraram uma metodologia para mensurar o patrimônio ambiental dos países.

Segundo os autores do estudo intitulado Balanço das Nações, José Roberto Kassai e Nelson Carvalho, é uma falta de inteligência pensar que maximizar o lucro de uma forma exponencial sem fim e continuar gerando toda a depredação do meio ambiente, os problemas sociais, a distribuição de renda, não vai interferir diretamente na sociedade.

Até pouco tempo atrás, a idéia de incluir os recursos naturais na contabilidade das nações parecia uma possibilidade distante. Esse cenário começou a se modificar com a perspectiva ameaçadora das mudanças climáticas e do crescimento populacional. Diante dessa tendência, o desenvolvimento das nações será determinado pelo manejo inteligente dos recursos naturais, habilidade que depende de dados concretos quanto à disponibilidade dos ativos ambientais.

No cenário provável de 2020, de acordo com o estudo, apenas Brasil e Rússia apresentarão patrimônios líquidos "positivos", enquanto os demais países produzirão além do que deveriam. Nesse contexto, a situação geral do mundo será negativa, com um valor deficitário em torno de US$ 3 trilhões.

Por volta de 2050, Brasil e Rússia confirmarão a situação favorável com saldos excedentes de carbono e evidenciarão a importância de suas florestas no cenário global. Já o déficit mundial será elevado para US$ 15,3 trilhões. Nesse contexto, a situação mundial piorará 298%. Enquanto Brasil e Rússia sustentarão uma situação favorável, China e EUA se destacarão como os maiores emissores de carbono e de patrimônio líquido ambiental negativo.

Apesar do cenário pessimista, o Balanço das Nações demonstrou que o déficit global do planeta representa 23,7% do PIB, número que dá espaço para ações corretivas.

Os resultados da pesquisa sinalizam a urgência da transição para uma economia de baixo carbono. Diante do cenário que se visualiza, ou os ecossistemas têm uma recuperação eficiente, ou haverá um ajuste natural da população para cerca de 1 bilhão de habitantes, considerando que a escassez de recursos prejudicaria a espécie humana.

Considerando a rigidez e inércia apresentadas pelo sistema energético padrão, a pesquisa destaca que não há espaço para uma grande ruptura de modelo. Assim, o estudo toma as condições atuais como referência para os próximos anos, reforçando que, com o aumento no preço do petróleo, se observará um crescimento no mercado de energias alternativas.

Para compor a base de dados do Balanço das Nações foram incluídos representantes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China) e de países desenvolvidos como Estados Unidos, Alemanha e Japão.

O maior desafio na concepção do estudo foi justamente quebrar os próprios conceitos e preconceitos da contabilidade. A pesquisa se dividiu em três fases. Na primeira, os saldos residuais de carbono de cada país foram apurados e convertidos para o valor em dólares. Em seguida, o PIB de cada nação foi transformado em unidades equivalentes per capita de número de habitantes e de consumo médio de energia em TEP (tonelada equivalente de petróleo). A última etapa consistiu no fechamento dos balanços contábeis dos países pela técnica de balanço perguntado, um levantamento das informações a partir de questionário que permite diagnosticar a situação financeira.

Após essa fase, os pesquisadores utilizaram a fórmula padrão da contabilidade: ativo menos passivo igual a patrimônio líquido. O ativo foi representado pelo PIB equivalente em dólares per capita; o passivo, pela obrigação ambiental de cada cidadão na meta de redução de carbono; e o patrimônio líquido diz respeito ao saldo residual - superavitário ou deficitário - de cada cidadão ou país em relação às outras nações.

De acordo com o Balanço das Nações, os sistemas de contas nacionais ainda são incompletos em relação à avaliação dos recursos naturais. O melhor exemplo dessa deficiência é o PIB - Produto Interno Bruto, que não reconhece tais aspectos. Para o economista Sérgio Besserman Vianna, o cálculo do PIB apresenta questionamentos desde que foi criado, explicando que a rigor, os trabalhos para que houvesse contas nacionais em condições de emitir a produção das riquezas de um país se dirigia para o produto interno líquido (PIL) que considerava as amortizações e tornava o cálculo muito complexo. Além disso, havia uma correlação muito forte na evolução do PIB e do PIL. Então, optou-se pelo primeiro. Em seguida, houve a percepção do problema da não inclusão dos custos dos recursos naturais.

Uma alternativa que tem sido discutida para resolver esse impasse é o chamado PIB verde que oferece um bottom line pelo qual é possível avaliar o quanto os mercados consumidores afetam bens públicos, permitindo comparabilidade entre períodos para uma mesma nação e entre nações em quaisquer períodos.

Dessa forma, o PIB verde contabiliza todos os bens e serviços públicos, em valores não monetários, como a quantidade de água potável ou o tamanho das áreas verdes de uma cidade.

O patrimônio líquido ambiental (PLA), proposto pelo Balanço das Nações, seria uma forma de avaliação do PIB verde. Para os autores, atualmente é moda criticar o PIB, o que se mostra fácil porque a medida permanece até hoje e se manteve forte por longa data. O ponto positivo é que as sociedades estão começando a despertar para uma nova necessidade não apenas centrada no poder econômico. O lucro com reputação ambiental deve constituir uma nova tendência para a economia nos próximos anos, com base em aspectos como precificação do carbono, investimento em tecnologias de eficiência energética e mudança no atual comportamental do consumo.

Para Besserman, a primeira questão que se coloca nesse contexto, antes mesmo de mensurar, é considerar os custos ambientais na tomada de decisões. Isso ocorrerá primeiramente em relação aos gases de efeito estufa que, segundo o economista, o Brasil já deu um passo importante na direção da redução de CO2 estabelecendo metas para diminuir o desmatamento. No entanto, não manteve outras ações paralelas para ter benefícios concretos. No plano energético, por exemplo, o papel das termoelétricas que utilizam combustíveis fósseis mais do que compensa a redução das emissões presentes nas metas de desmatamento. Para ele, o Brasil deveria se posicionar para não perder uma grande oportunidade. Na expressão do professor Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), dado que agenda do século XXI inclui obrigatoriamente o tema sustentabilidade como prioridade, o Brasil poderia se posicionar como potência ambiental.

No contexto mundial, Besserman destaca ressalvas aos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) e seqüestro de carbono por meio de projetos de reflorestamento e manutenção florestal. Para ele é necessário estabelecer - em Copenhague ou por meio do G20 - uma forma pela qual a governança global consiga responder às mudanças climáticas e também redefinir as transações de crédito de carbono. As soluções não vão sair das gavetas dos tecnocratas. É preciso que o mercado aposte em diversas alternativas e a sinalização para isso se dá por meio da flexibilização das formas de redução das emissões que propiciem investimentos mais efetivos.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Eco social – 40% da riqueza mundial está na mão de apenas 1% da população adulta


Um estudo da Universidade das Nações Unidas lançado em Londres nesta terça-feira, indica que dois quintos da riqueza mundial estão concentrados nas mãos de 37 milhões de indivíduos, ou 1% da população adulta. Se considerados os 10% mais ricos do mundo, a proporção da riqueza mundial nas mãos desse grupo é de 85,2%.

Na outra ponta, os 50% mais pobres do mundo são donos de apenas 1% da riqueza global.

O estudo, compilado no livro "Personal Wealth From a Global Perspective" (Riqueza pessoal a partir de uma
perspectiva global), é a mais ampla iniciativa para investigar o tamanho da desigualdade na distribuição da riqueza pelo mundo. Segundo o coordenador do estudo, o economista James Davies, um pequeno grau de desigualdade entre os países tem um efeito positivo para o desenvolvimento, por servir como incentivo ao empreendedorismo, pois para ele, os candidatos a ser empreendedores precisam ter algum incentivo, precisam pensar que podem ficar ricos, para se aventurarem.

Os países ricos, durante seu processo de desenvolvimento nos séculos 18 e 19, tiveram um aumento na desigualdade em um primeiro momento, seguido de uma redução, provocada principalmente pela elevação do nível de renda da classe média. Muitos países em desenvolvimento acelerado como a China, por exemplo, podem estar seguindo esse pa
drão hoje, com um aumento na desigualdade.

O estudo adverte que a desigualdade extrema, como no caso do Brasil, é prejudicial ao crescimento econômico. A desigualdade deve ser combatida principalmente em setores como educação. Também mostra o nível de concentração da riqueza individual entre os países. Estados Unidos e Japão concentram 64,3% dos indivíduos entre o grupo de 1% mais ricos do mundo. O Brasil tem 0,6% dos indivíduos nesse grupo, que representam aqueles com patrimônio superior a US$ 512,4 mil.

Entre os 10% mais pobres do mundo, 26,5% estão na Índia, 6,4% na China e 2,2% no Brasil. Os Estados Unidos têm apenas 0,2% de sua população nesse grupo, com patrimônio total inferior a US$ 178.

Os dados da pesquisa mostram ainda que, apesar do forte crescimento da China nas últimas três décadas, os chineses ainda concentram apenas 2,6% da riqueza mundial, apesar de representarem 22,8% da população. Os indianos, que são 15,4% da população mundial, detêm 0,9% da riqueza global. Na África, que tem 10,2% da população, está apenas 1% da riqueza mundial.

Na outra ponta, a América do Norte, com 6,1% da população mundial, concentra 34,4% da riqueza, enquanto a Europa, que tem 14,9% da população, detém 29,6% da riqueza. O grupo de países ricos da Ásia e do Pacífico, que inclui o Japão, tem apenas 5% da população mundial, mas concentra 24,1% da riqueza global.

Essa é a principal causa da fome, da miséria e da degradação ambiental no planeta. A ganância de poucos em concentrar cada vez mais riqueza. Não podemos nos esquecer que é claro que ela vem seguida de outras mazelas também importantes, com destaque para a corrupção. Falando de Brasil, parece que eles ainda não entenderam. Continuam explorando, roubando e enganando o povo.

domingo, 22 de março de 2009

Meio ambiente - Secretário alemão preconiza ecologia como economia do século 21


O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, Matthias Machnig, emitiu um alerta sobre a necessidade de medidas urgentes para conter os efeitos das mudanças climáticas no mundo. Para Matthias Machnig, a redução das mudanças climáticas depende de uma revolução industrial. Durante o Congresso Ecogerma 2009, realizado em São Paulo, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, o secretário alemão pregou a mudança do modelo industrial em vigor. Para ele, economia e ecologia são duas áreas que nunca estiveram tão próximas como nos dias atuais. Apesar da crise nos mercados financeiros, países de todo o mundo jamais observaram um crescimento econômico tão grande como nos últimos 20 anos, acompanhado por um aumento dramático da população mundial, que chegou a mais de 6 bilhões de pessoas.

Ainda segundo Machnig, os problemas do mundo contemporâneo convergem para o fato de que a maior parte da população vive em sociedades industrializadas, consumindo altas quantidades de energia de diferentes fontes e esgotando os recursos do solo usado para a produção de alimentos. Para e
le, tudo indica que, depois que a crise passar, o crescimento populacional e econômico mundial continuará e isso nos faz concluir que a ecologia será a economia do século 21, as tecnologias verdes serão um dos maiores impulsionadores da recuperação econômica dos próximos anos.

Nesse cenário, Machnig estima que os serviços ecológicos estarão cada vez mais próximos da economia. As emissões anuais de dióxido de carbono, segundo citou, chegaram ao patamar dos 28 bilhões de toneladas e estimativas indicam que, em 2050, serão pelo menos 60 bilhões de toneladas emitidas na atmosfera assim, uma das metas necessárias para a estabilização climática é a redução de 50% das emissões globais até 2050, mesmo sabendo que até lá a população mundial será maior e, provavelmente, teremos mais indústrias. Por isso, também está convencido de que a única saída para atingir as metas ambientais é o início de uma terceira revolução industrial, que garanta a redução drástica do consumo energético nos próximos anos. Essa terceira revolução industrial deveria ser subsidiada, em um primeiro momento, pelo investimento maciço em novas tecnologias para redução das emissões de gases poluentes, acompanhada pela aceleração dos esforços mundiais em pesquisa e desenvolvimento para a identificação de inovações na área.

O secretário ressalta que dispositivos inteligentes em veículos e edificações, por exemplo, devem não apenas consumir menos energia em curto prazo como também promover a redução das emissões dos gases, que as empresas precisam aumentar a competitividade sendo mais amigáveis com o meio ambiente, mas essa terceira revolução industrial também só será viável se as empresas conseguirem garantir os empregos, evitando transformar as soluções na área energética em novos problemas sociais. Sairão na frente as empresas que conseguirem ver oportunidades de negócio nessas mudanças de paradigmas ambientais, econômicos e de emprego.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Meio ambiente - Mundo tem que abandonar obsessão por crescimento


Em plena crise global, com governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, a revista especializada britânica "New Scientist" foi às bancas nesta semana com uma capa na qual defende que a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser repensada.

Em uma série de entrevistas e artigos de especialistas em desenvolvimento sustentável, a revista pinta um quadro em que todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto nosso sistema econômico continuar em busca de crescimento.

“A Ciência nos diz que se for para levarmos a sério as tentativas de salvar o planeta, temos que remodelar nossa economia”, afirma a revista. O grande problema na equação do crescimento econômico está no fato de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados. Os economistas não perceberam um fato simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. A Terra já não está conseguindo sustentar a economia existente, muito menos uma que continue crescendo.

O fato de o nosso sistema econômico ser baseado na busca do crescimento acima de tudo, faz com que o mundo esteja caminhando para um desastre ecológico e também econômico, dadas as limitações dos recursos. Para evitar este desastre, é preciso mudar o foco do crescimento quantitativo para um qualitativo e impor limites nas taxas de consumo dos recursos naturais da Terra.

Nesta economia de estado sólido, os valores das mercadorias ainda podem aumentar, por exemplo, por causa de inovações tecnológicas ou melhor distribuição. Mas o tamanho físico dessa economia deve ser mantido em um nível que o planeta consiga sustentar.

A revista também traz um artigo que discute o argumento de que o crescimento econômico é necessário para erradicar a pobreza e que quanto mais ricos ficam alguns, a vida dos mais pobres também melhora. É a chamada Teoria do Gotejamento. Este argumento, além de "não ser sincero", sob qualquer avaliação, é "impossível". Durante os anos 1980, para cada US$ 100 adicionados na economia global, cerca de US$ 2,20 eram repassados para aqueles que estavam abaixo da linha de pobreza. Durante a década de 1990, esse valor passou para US$ 0,60. Essa desigualdade significa que para que os pobres se tornem um pouco menos pobres, os ricos tem que ficar muito mais ricos. Isto pode até parecer justo para alguns, mas não é sustentável. A humanidade está indo além da capacidade da biosfera sustentar nossas atividades anuais desde meados dos anos 1980. Em 2008, foi ultrapassada essa capacidade anual em 23 de setembro, cinco dias antes do ano anterior. É impossível que um dia toda a humanidade tenha o padrão de vida dos países desenvolvidos. Seriam necessários pelo menos três planetas Terra para sustentar essas necessidades se todos vivessem nos padrões da Grã-Bretanha. Cinco se vivêssemos como os americanos. A Terra estaria inabitável há muito tempo antes que o crescimento econômico pudesse erradicar a pobreza.

Para que o mundo possa ter uma economia ecologicamente sustentável, é preciso acabar com o preconceito de alguns em relação ao conceito de "redistribuição", o único modo viável de acabar com a pobreza. Foi preciso somente alguns dias para que os governos do Reino Unido e dos EUA abandonassem décadas de doutrinas econômicas para tentar resgatar o sistema financeiro de um colapso. Por que têm que demorar mais para introduzirem um plano para deter o colapso do planeta trazido por uma conduta irresponsável e ainda mais perigosa chamada obsessão pelo crescimento?

terça-feira, 24 de junho de 2008

Economia - Inflação fará com que o mundo reduza o crescimento


"A inflação já atingiu níveis de crise global. A variação de preços está entre os dois dígitos em vários países, como Índia, Rússia, Argentina e Venezuela. Isso significa que o mundo terá que elevar a taxa de juros e reduzir o ritmo de crescimento. Depois de cinco anos, teremos uma expansão mundial mais baixa."


E
sse é o destaque do Blog da comentarista de economia Miriam Leitão na capa do Globo On Line.

Só agora os senhores especialistas estão vendo isso? Há muito tempo que ambientalistas vêm alertando para a forma como a economia mundial vem se "desenvolvendo". Não há planeta que sustente crescimentos como temos visto nessas últimas décadas. Uma hora tem de haver um colapso! E a hora está chegando. Não vê quem é cego ou não quer enxergar e continuar espoliando recursos naturais.

A China, até pouco tempo atrás, era dada, pelos senhores especialistas, como exemplo de país em desenvolvimento. Todos deviam seguir o seu exemplo! A comentarista Miriam Leitão era uma das que defendiam o "crescimento" fabuloso da China, em comparação ao medíocre crescimento brasileiro. A China nunca cresceu a taxas de dois dígitos! Na realidade, crescendo a esse nível, a China terá que desembolsar outro tanto na recuperação ambiental, caso queira ter o mínimo de qualidade de vida para sua população. Resumindo: o que lucra tem de ser investido em recuperação do meio ambiente.

A China, como outros países, "crescem" às custas da destruição desenfreada. Da falta de consciência, comum à maioria dos economistas e governantes, que esquecem conceitos básicos de sustentabilidade. Ou seja: uma economia só se sustenta respeitando-se os estoques de recursos naturais, utilizando-os de forma racional. É básico! E muitos desses economistas que só enxergam o resultado financeiro, esquecendo-se da matéria-prima que garante esse resultado (os recursos naturais), hoje se passam por ambientalistas! Muitos dirigiram e dirigem bancos, empresas, etc., que até pouco tempo atrás só pensavam em alferir lucros não importando-se por quais meios. Evidentemente, contribuindo, direta ou indiretamente, para enormes passivos ambientais. Hoje veiculam propagandas nas mídias, mostrando-se verdadeiros defensores do meio ambiente.
Cuidado com as propagandas enganosas!