quarta-feira, 8 de abril de 2009

Política - A bandalheira continua rolando


Está nos principais jornais do país hoje: Mais um deputado paga doméstica com verba da Câmara. O Deputado Federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) pagou com dinheiro da Câmara a empregada doméstica Maria Helena de Jesus nos últimos dois anos e meio. Maria Helena recebia um salário de R$ 1.608,10 como secretária parlamentar, mas prestava serviços no apartamento de Jardim no bloco A da Quadra 311 sul em Brasília.

No último dia 3 de março, Maria Helena de Jesus ajudou a organizar um jantar de lançamento da Frente Parlamentar Anticorrupção no apartamento do deputado. A frente surgiu como uma tentativa de resposta às acusações lançadas pelo Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) em entrevista à imprensa. Jardim disse que não vê conflito ético no fato de a empregada ser paga com dinheiro público. O único problema existente, segundo ele, é do ponto de vista regimental. Em seu entendimento, o cargo podia ser usado como apoio ao mandato parlamentar. O deputado declarou que a empregada presta esporadicamente serviços em seu gabinete, servindo café. Jardim afirmou que fez um acordo com Maria Helena e a saída dela do cargo será oficializada na próxima semana.

Há uns dias atrás, outra doméstica que recebia como funcionária do gabinete do deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF) foi exonerada. Lembra desse? Aquele que fazia de tudo para aparecer na televisão durante a CPI dos Correios e tantas outras. Hoje Secretário de Transportes do Distrito Federal e Deputado Federal licenciado, Alberto Fraga (DEM-DF), pagava como secretária de seu gabinete Izolda da Silva Lima, que trabalhava em sua nababesca residência como empregada doméstica. Quando a bom ba explodiu, Fraga solicitou ao seu suplente, o Deputado Osório Adriano (DEM-DF), que exonerasse a secretária parlamentar. Segundo ele, a decisão foi tomada após tomar conhecimento do ato da Mesa Diretora da Câmara de 1997 que diz que os cargos de comissão de secretário parlamentar são para prestação de serviço direto e exclusivo dos gabinetes. Assim que tomou conhecimento deste ato entrou em contato com o Deputado Osório Adriano, afirmando que em sua vida pública sempre cumpriu a lei e continuará cumprindo e que Izolda nunca trabalhou em sua residência como doméstica. Quanta inocência!!!

Outra farra recente foi a que promoveu o Senador Tião Viana (PT-AC), que emprestou a sua filha o telefone celular do Senado em viagem de férias ao México. A conta telefônica foi simplesmente de R$ 14.758,07. No dia 18 de março, depois que o caso veio à tona, o senador depositou a quantia na conta da administração do Senado, tomando o cuidado de não divulgar o valor da conta na época.

O aparelho foi usado durante 20 dias. O senador disse que entregou o celular para a filha por medo de não conseguir falar com ela durante a viagem. Ele disse ainda ter recomendado que ela só recebesse ligações. Os celulares disponibilizados pelo Senado não têm limite de gasto. O diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, afirmou que o caso de Viana é menos grave em comparação com outros em exame pela administração, pelo valor e por ter sido a única vez em que Viana cometeu o desvio.

E assim vai. A farra continua descaradamente. É roubo de toda forma e em tudo quanto é canto. Independentemente de partido. Cinismo e falta de vergonha generalizados.

Dinheiro do povo que deveria estar sendo aplicado em meio ambiente, saúde, saneamento, transportes, habitação, educação, mas está indo para os bolsos dessa gente que não se dá o respeito. Até quando o povo continuará aguentando essa situação humilhante, revoltante?