Pedaços de um balão caíram sobre um prédio em Vila Valqueire, na Zona Oeste, neste domingo. Resultado: dois apartamentos incendiados e uma pessoa morta. Para quem perdeu tudo, para a família do rapaz que morreu, ficam apenas a revolta e a indignação.
Segundo os moradores do condomínio, um homem tentou apagar o incêndio no alto do prédio, mas acabou caindo de uma altura de 3 andares, pois as telhas de fibra não resistiram ao calor. Hilbert da Silva Faria, de 28 anos, teve traumatismo craniano e morreu no hospital.
A falta de respeito e educação é generalizada. Não bastam as constantes campanhas sobre o problema. Esses marginais continuam desrespeitando a lei e causando verdadeiras tragédias. Se divertem pondo em risco não só florestas e matas, mas a vida humana. São grupos inteiros, clubes de baloeiros que simplesmente ignoram a lei. Formam verdadeiras gangs armadas, usando motos e veículos sem placas, invadem casas, prédios, condomínios sem a menor preocupação para recuperarem um balão.
Há pouco tempo atrás, um programa de televisão exibiu imagens de uma reunião de baloeiros num desses clubes. Os dirigentes e muitos dos sócios presentes eram militares. Falta de vergonha na cara dessa gente toda. O pior de tudo é que a polícia sabe onde ficam esses clubes, onde essa cambada se reúne, sabe quem é quem nessa patifaria toda e nada faz.
Em Piabetá, na Baixada Fluminense, policiais do Batalhão Florestal apreenderam na madrugada de domingo mais de 50 balões, além de fogos e bandeiras que seriam usados em um festival. Alguns balões com até 15 metros. Aproximadamente mil pessoas participavam de um festival de balão. Nove pessoas foram presas, autuadas em flagrante e responderão processo. A pena é de um a três anos e multa.
Vocês acham mesmo que vai acontecer alguma coisa com essa gente?