Nesta última sexta-feira (27), a Usiminas arrematou o terreno da Ingá Mercantil, em Itaguaí, RJ, por R$ 72 milhões de reais, para a construção de um porto destinado à exportação de minério. O maior passivo ambiental do país e um processo de falência emperrado há 11 anos, estão próximos de ser solucionados.
Avaliado em R$ 120 milhões, o imóvel de 968 mil metros quadrados, com uma área contaminada de 260 mil metros quadrados, não recebeu o lance mínimo e foi autorizado pelo representante do Ministério Público na massa falida, José Marinho Paulo Junior, a proceder à venda condicional. A Usiminas ofereceu 60% do lance mínimo, o que é considerado aceitável.
A Usiminas é uma das maiores siderúrgicas do país e uma das 20 maiores do mundo. Este é o primeiro empreendimento da empresa no Estado do Rio de Janeiro, que já possui investimentos no Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo.
O objetivo da empresa é a construção de um porto para exportação de minério de uma mina recentemente adquirida em território mineiro.
Segundo o administrador judicial da massa falida da Ingá, Jarbas Barsanti, esse valor não é o ideal, mas foi o melhor que se conseguiu para resolver passivos trabalhistas e pagar as indenizações a pescadores locais. O quadro dos credores é de R$ 127 milhões. A solução definitiva de descontaminação do local está a cargo da Usiminas.
As ações até agora implementadas compreenderam, além do o estudo geotécnico ambiental da área da planta industrial e da região periférica, a instalação de uma barreira hidráulica para contenção do fluxo do lençol freático, tratamento dos efluentes líquidos do lago, implantação de um sistema de monitoramento da área e descomissionamento da área da planta industrial.