quarta-feira, 9 de julho de 2008

Conservação - Mais da metade das unidades de conservação do país não têm fiscais

A notícia veiculada ontem nos principais jornais, afirma que das 299 unidades de conservação do país 82 não têm gestor responsável, 173 não contam com fiscais e 53 não seguem planos de manejo. Os dados fazem parte de um diagnóstico das unidades de conservação elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Ao divulgar os dados, o ministro Carlos Minc afirmou que a situação dessas unidades é reflexo da falta de investimentos, tanto financeiros quanto de humanos nessa área. Segundo ele, para tentar reverter a situação, até o final deste mês vai tentar nomear gestores para as unidades de conservação. Ele informou que pretende contratar mil brigadistas para a fiscalização dessas unidades.

Essa realidade é antiga. Também não é novidade nenhuma, mas agora é registrada e veiculada na mídia. Não existe gestão ambiental sem fiscalização. A coisa é básica! Tem que explicar para esses políticos despreparados (acredito que mal intencionados, isso sim) que não adianta ficar criando unidades de conservação no papel. Elas precisam ser opercionalizadas e para isso, precisam de pessoal capacitado, equipamentos e recursos financeiros para planos de manejo, conservação e preservação. Os órgãos responsáveis pela gestão dos recursos naturais no Brasil estão totalmente falidos. Todos sabem o que deve ser feito. Basta agir. Mas eles gostam de ficar discutindo “soluções”. Se essas soluções realmente se concretizarem, eles vão perder as mamatas de cargos públicos e eletivos, vão perder o lugarzinho num órgão público, o salário garantido no final do mês. Ação que é bom, nada. Para que agir? Vamos ficar discutindo infinitamente. É isso que está contecendo há décadas.


Enquanto eles discutem e garantem seus salários, as matas vão sendo destruídas, os rios vão sendo poluídos, o tráfico de animais silvestres amplia-se cada vez mais, os projetos de saneamento básico vão se arrastando, a saúde da população cada vez pior, a educação em total falência, etc. etc. Isso também é corrupção! Usar o dinheiro público para ficar procrastinando. Vamos ver até quando vai a discussão sobre a situação das unidades de conservação do país. Quantas reuniões (repones) de gabinete, ministeriais, vão ter que acontecer ainda. Vamos ver quanto o senhor presidente, os senhores ministros, diretores, chefes de departamento, que garantem os seus vencimentos há muito tempo, vão continuar empurrando com a barriga e enganando o povo brasileiro, que na situação em que se encontra, parece que gosta de ser enganado. Chega de blá, blá, blá. Precisa-se de ação.