segunda-feira, 20 de abril de 2009
Saúde - Hospital Universitário de Londrina-PR encontra bactéria multirresistente
As novas internações foram suspensas no nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário (HU) de Londrina, PR, neste final de semana. O atendimento em quase todo o Pronto Socorro (PS) também foi prejudicado. Além disso, a direção do hospital pediu aos serviços de emergência que só encaminhem casos graves à instituição. Pacientes de Londrina e região que necessitarem nas próximas horas de atendimento hospitalar serão levados ou devem procurar outros serviços locais, como Santa Casa e Evangélico. Em casos de menor gravidade, a recomendação é recorrer aos serviços secundários (PAI, PAM e hospitais das zonas norte e sul) e primários (postos de saúde). Serviços de transporte de pacientes, como Samu e Siate, já estariam orientados a se dirigirem também a outros hospitais da cidade, evitando o HU. As medidas foram tomadas depois que uma bactéria multirresistente foi encontrada no HU.
A bactéria, identificada como Klebsiella spp ou Enterobacter, resistente aos carbapenens (potentes agentes utilizados para tratamento de infecções por microrganismos Gram-negativos, devido a grande estabilidade destes frente a hidrólise por grande parte das beta-lactamases), foi detectada no fim de fevereiro em um paciente da região de Londrina, vítima de um acidente, que esteve internado em Goiás. O paciente ficou alguns dias no Pronto Socorro e, quando identificada a presença da bactéria, acabou isolado em um quarto, onde permanece até o momento.
O segundo caso foi registrado no dia 10 de março. Trata-se de uma bactéria multirresistente, da família Enterobacteriaceae, que pode provocar infecção urinária, gastrintestinal, pneumonia, além de contaminar o sítio cirúrgico (região do corpo onde se realizou alguma cirurgia) ou apenas ficar hospedada no organismo.
O micro-organismo se espalha rapidamente e pode provocar infecções graves com risco de morte. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário (CCIH) confirmou oito pacientes contaminados e, no sábado, sete ainda estavam sob suspeita. A bactéria nunca havia sido encontrada no hospital, que está passando por uma grande operação de desinfecção dos setores interditados, não havendo prazo para finalizar os trabalhos. A rápida proliferação da bactéria e a superlotação do hospital contribuem para a rapidez do surto.
Mais um caso de infecção hospital grave em um Hospital Universitário. Essa é a situação da saúde no Brasil.
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