
A investigação da DPMA foi iniciada com base no ofício 1.623/08 da extinta Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), hoje Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que constatou a devastação provocada pelo empreendimento ilegal do PM no trecho de mata que cobria a encosta, com prejuízo também à fauna local, como atesta o documento. Há ainda o risco de avanço para a área do Parque Estadual da Pedra Branca. Além do loteamento, o grupo chefiado pelo policial criou acessos à Favela da Chacrinha pelas ruas Tejo e Urucuia.
A participação do sargento PM na milícia que atua em Vila Valqueire é destacada no inquérito da DPMA, que ainda cita o envolvimento do grupo na exploração de serviço clandestino de TV a cabo, cobrança de taxas de segurança e até assassinatos na região. Num dos casos, Doem foi indiciado em inquérito da 32ª DP (Taquara) por suposta participação em um duplo homicídio.
O comando da Polícia Militar informou por intermédio do setor de relações públicas que o sargento Luiz Monteiro, o Doem, está sendo submetido a conselho de disciplina que vai decidir sobre sua permanência ou não nos quadros da corporação.
Essa baderna está espalhada por toda a cidade, por todo o país, no Rio de Janeiro principalmente. Quem deveria dar exemplo, comete os maiores crimes usando como escudo uma farda, uma bandeira, um cargo, uma instituição. São os criminosos oficiais. Esses são piores que os bandidos comuns. É PM, policial civil, policial federal, vereador, deputado, governador, prefeito, senador, juiz, tudo usando a proteção de seus cargos para garantir a impunidade. Estão fazendo o que querem há anos. Acabou-se a autoridade, desmantelou-se os governos. A população está entregue a bandidos, omissos, covardes e cínicos.