
As declarações causaram espanto em alguns ativistas que dizem que o uso de preservativos é um dos únicos métodos comprovadamente eficazes de combate à doença. Para eles, a oposição do Papa aos preservativos indica que dogmas religiosos são mais importantes para ele do que as vidas dos africanos.
Na última quarta-feira, a França condenou as declarações do Papa, qualificando-as como “uma ameaça”. Segundo os franceses, enquanto não lhes cabe julgar a doutrina da Igreja, consideram que tais comentários são uma ameaça às políticas de saúde pública e a obrigação de proteger a vida humana.

Estimativas apontam que cerca de 22 milhões de pessoas são infectadas com o vírus do HIV na África, ao sul do Deserto do Saara, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2007. O total representa dois terços de todos os infectados do mundo. Mesmo com o grande apelo sobre as doenças sexualmente transmissíveis e pelo uso de preservativos, milhares de pessoas morrem no mundo inteiro.